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Todos os capítulos do O Espelho Mágico: Capítulo 11 - Capítulo 20
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11 - CENA XI: NA FLORESTA PROIBIDA
CENA XI: NA FLORESTA PROIBIDA CAVALEIRO: Até agora não avistamos nada de muito especial ou diferente demais... CAMPONESA: Temos belas árvores, ainda o sol irradia sua luz por entre as árvores que nos cobrem de escuridão. É um bosque parece como qualquer outro. SENHOR CEGO: Vocês tem visão, eu já não tenho... Por acaso não tem um lago aqui onde possamos atravessar? CAVALEIRO: Lembre-se, aqui ninguém pode se banhar nesse lago, pois ele é muito fundo e mortes aconteceram com muitos que tentaram transpassá-lo. [Ouve-se um barulho]. SENHOR CEGO: Alguém ouviu isso? CAVALEIRO: Isso o quê? SENHOR CEGO: Silêncio... Não se movam... [Ouve-se um som]
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12 - CENA XII: A MORADA DA FLORESTA
CENA XII: A MORADA DA FLORESTA [Avista-se uma morada no meio da floresta]. CAVALEIRO: Ô de casa! Tem alguém aí? [Entra em cena um anão]. ANÃO: Sim, eu! Ora essa, o que fazem aqui perto de minha humilde casa? CAVALEIRO: Uma amiga está se sentindo mal, estamos numa floresta e a vila fica muito longe daqui, será que poderia ajudá-la? ANÃO: Claro, entrem, sintam-se à vontade! [...] O que ela tem? SENHOR CEGO: Não será uma picada de cobra? Ou de aranha? ANÃO: Se for é uma situação de emergência. Tenho algumas medicinas aqui que poderiam ajudá-la. Tome um gole de água... Se quiser posso lhe fazer um chá... CAMPONESA
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13 - CENA XIII: A MORADA DA MAGA
13 - CENA XIII: A MORADA DA MAGA CAMPONESA: Essa noite eu ouvi o som das corujas. Onde já estamos? SENHOR CEGO: Mas você é ansiosa, hem! Que pena que eu não posso me vislumbrar com o que você vê, será que algum de vocês poderia me descrever como é a floresta? CAVALEIRO: Claro. Aqui nós temos uma floresta fechada, com folhas verdes cheias de orvalho (gotinhas de água), que brilham diante da estrela solar. Aqui é tão bonito que o chão marrom e esverdeado tem árvores que choram suas barbas-de-pau, com um lindo jardim de flores roxas, vermelhas e até mesmo rosadas. As árvores parecem proteger todo o ambiente com mãos enormes, que são seus troncos. SENHOR CEGO: Com certeza é um lugar lindo. Um anjo veio até mim esta noite. Veio cantar para mim e di
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14 - CENA XIV: A SEREIA
14 - CENA XIV: A SEREIA CAVALEIRO: Alguém pode ouvir o canto dos elfos nesta floresta? Será que a hamadríade quer nos levar até o cálice de ouro? CAMPONESA: Eu posso pedir para um elfo tocar flauta? ANÃO: Vejam! Estamos perto do lago. SENHOR CEGO: Muito cuidado com esse lago, ele é muito fundo e podemos morrer entrando nele. CAMPONESA: Eu posso ouvir um canto de ninfas agora, vocês também? CAVALEIRO: Como você consegue? CAMPONESA: Eu posso ver através do espelho todas criaturas mágicas desse mundo... A ninfa está nos guiando até o lago... CAVALEIRO: Então vamos até lá! CAMPONESA: De repente ela entra na água... Vamos chegar mais perto...
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15 - CENA XV: AS CRIATURAS MÁGICAS
15 - CENA XV: AS CRIATURAS MÁGICAS PADRE: Eis com a graça do Senhor Jesus Cristo que nossa Igreja é considerada o caminho para o Reino dos Céus! Mas estamos com problemas... Temos que abrir os olhos para que ninguém tome de nós a fé. Sabem aquela casa velha que vocês têm? Então, paguem o dízimo com ela, ofertem na Igreja seus velhos bens e tornem-se nossos servos. Deus os abençoará e dará uma nova casa melhor para vocês. Façam isso pela graça de Jesus Cristo! O Deus do ouro e da prata, esse é fiel e os abençoará com uma casa nova! Amém. [...] Mas senhoras e senhores, temos que abrir os olhos para termos cautela com outras criaturas que são a tentação do diabo! São as criaturas mágicas! As bruxas demoníacas querem que vocês as enxerguem para
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16 - CENA XVI: OS BANDIDOS
16 - CENA XVI: OS BANDIDOS BANDIDO I: Há-há-há! Então é que estamos sendo condenados por enxergarmos fadas! Ora essa! Há-há-há! BANDIDO II: Ai chefinho, você foi é corneado umas trocentas vezes por aquela mulher que o senhor gostava... BANDIDO I: Ora, seu gambá de merda! Corneado? BANDIDO II: Sim, o senhor foi chifrado por umas quantas mulheres já e nenhuma delas enxergava fadas? BANDIDO I: Olha o que eu quero com uma bruxa seu merdão? Imagina eu sendo transformado em sapo por aquelas infelizes? BANDIDO II: Sim, mas chefinho eu estou com um problema gravíssimo. BANDIDO I: Ah, problemas você sempre teve! E agora bicho ruim, qual é o grave da situação? BANDIDO II:
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17 - CENA XVII: O MEDO DA INQUISIÇÃO
17 - CENA XVII: O MEDO DA INQUISIÇÃO CAMPONESA: E agora? Como posso viver? Eu tenho um espelho mágico que me abre a visão do mundo, é como uma tranca de porta fechada que se abre totalmente para um outro universo paralelo ao nosso... SENHOR CEGO: Não tenha medo deles, se não eles te matam... Estamos no mesmo barco. Se você encontrou uma ninfa, uma sereia, o que me dirá se não encontrará fadas e faunos? Aqui nessa floresta podem existir mais criaturas, basta você acreditar que elas virão até você... CAVALEIRO: É mesmo, essas são as notícias do padre, quem ver criaturas mágicas será punido. Que absurdo! As crenças deveriam ser mais respeitadas... ANÃO: Há muito tempo, já existiam seres que viam criaturas do
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18 - CENA XVIII: O JARDIM DOS FAUNOS
18 - CENA XVIII: O JARDIM DOS FAUNOS SENHOR CEGO: Onde nós estamos? CAMPONESA: Onde talvez deveríamos estar... CAVALEIRO: Este não é o lugar onde pode estar o cálice? ANÃO: Vejam, lá longe há um brilho... Um brilho de ouro... Lá longe tem algo que pode ser belíssimo para vermos... Vamos lá! SENHOR CEGO: Deve ser belo e encantador o que os aguarda... Alguém pode descrever para mim o que vê? CAVALEIRO: A floresta está sendo coberta pelos raios fúlgidos do sol nesta bela manhã. Os pássaros coloridos estão como os enfeites das árvores que quietas e balançantes ao vento estão... Elas dançam com a cantoria das aves... Eu escuto o som das águas transparentes perto de nó
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19 - CENA XIX: O MONSTRO
19 - CENA XIX: O MONSTRO BRUXA: Então, encontraram o cálice graças ao espelho mágico. Mas há uma inquietação dentro de mim. Temo ser morta. Aqueles que enxergam fadas e elfos serão mortos pela inquisição. Oh, céus! O que fazer? Será que eu teria que inventar uma história só para fugir deles? Eles me colocariam em uma prisão para bruxas e depois me incendiariam. Estas pessoas não merecem a vida que tem. Elas são muito más. Usam a palavra santa de Jesus para martirizar inocentes, para destruir ao invés de edificar. Mas eu tenho que escapar deste horror. Eu lhes direi que enquanto matam as bruxas, seus deuses se vingam com seu monstro de todos os mares. Ele dorme quietamente nas profundezas do oceano e se vingará daqueles que maltrataram seu povo inocente. Quando ele acordar destruirá aq
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20 - CENA XX: NO JARDIM DOS FAUNOS
20 - CENA XX: NO JARDIM DOS FAUNOS FAUNO: Então, você pode me ver no espelho? CAMPONESA: Sim, posso. SENHOR CEGO: Este parece um lindo dia, pena que não posso ver nada. Aqui é o Jardim dos Faunos... CAVALEIRO: Nunca imaginei pisar aqui. Aqui é belíssimo. FAUNO: Tenho algo para lhe contar: Diz a lenda que há uma flauta tocada pelos faunos que pode acordar um monstro das profundezas do oceano. Este monstro é um gigante que pode destruir o seu reino e o nosso. ANÃO: O que são faunos afinal de contas? FAUNO: Somos criaturas metade humana, metade bode. Vivemos em um jardim escondido dos humanos. Muitos são maus e podem nos atacar. Muitos têm medo de nós, pois pensam que somos criaturas das trevas, enfeitiçadas, amaldiçoadas.
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