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XI: TEATRO
XI: TEATRO [Trovador e bufão encenam uma peça teatral]: TROVADOR: Oh céus do glorioso DeusRetira o pecado imundo de mim,Faça-me andar longe do inimigo com suas línguas venenosas que andam perto de mimMande o povo se acalmar ao invés de se enfurecerMande os anjos virem até nós Leva o véu cintilante da bondade para nos cobrirmos todosLeva, Pai celestial para em teus braços podermos descansar BOBO: Eu já vi arrebatadores malucos querendo aprender comigo, mas parece que tem ainda um! TROVADOR: Ora, ora, seu canastrão. Já viu aquela dama magérrima de olhos verdes e cabelos loiros ondulados olhando na sua direção? 
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XIII: VÊNUS E MARTE
XIII: VÊNUS E MARTE [Trovador e bufão encenam uma peça teatral]: BOBO: Até dizer assim: tome conta da sua popança que eu cuido da minha. Mas até vocês mudarem, nessas famílias humana, lá vieram os extraterrestres uns de Vênus e outros de Marte e eu já me despedi... TROVADOR: Olha quantas mentiras estamos preparando: um está em Vênus outro está em Marte. Oh, magnânimo coração! BOBO: Tolos são vocês que não acreditam em mim. As sombras querem te engolir diante da luz do sol. Meus irmãos caídos seria meu último adeus! Por todas as paisagens  Que eu não passei           Uns bem trouxas ali e eu mais
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XIII: CORRER LIVRE
XIII: CORRER LIVRE ÍNDIO: Agora podemos contar histórias ao redor do fogo. Há muito tempo fiquei aqui acorrentado e hoje eu posso correr livre, nesta vastidão da natureza, tenho que proteger, pois ela é tudo o que temos. Será que eu posso ver a sua estrela? Eu gostaria de ver na noite a estrela que me guia. ALQUIMISTA: Se eu tiver uma fé morta, que me levem ao túmulo e me deixem por com uma espada cravada no peito como o de vida para trás. Um triste final infeliz é o meu corpo começa a pousar na miséria do espírito, pois durmo com meus pecados. ÍNDIO: Não diga isso, você está a salvo agora, faz parte de nossa tribo. ALQUIMISTA: Você já viu um espelho? ÍNDIO: Já. ALQUIMISTA: Mas os meus s&ati
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XIV – ORÁCULO
XIV – ORÁCULO CIGANA: Então veio ao oráculo... Qual é a palavra em silêncio que você gostaria de ouvir? Sua fé então não é o bastante para entender o significado dos sonhos? CAVALEIRO: Eu queria poder saber se sou apenas um miserável espiritualmente. CIGANA: Poderia vir mais do seu coração e menos apenas dos seus sentidos. CAVALEIRO: Perto e longe disso. Eu só queria abri-lo para alguém que me amasse. CIGANA: Cuidado para não abrir demais. A vida entra em colapso quando não se sabe o que se quer. CAVALEIRO: Há anos havia me apaixonado, mas era por uma moça que estava procurando. Mas ela está morta, nunca mais a vi. CIGANA: Então quer saber o que o orá
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XV - NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS
XV - NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS CAVALEIRO: Acho que você quer falar das viagens que já fez... ESCUDEIRO: Ah sim, como era belo o caminho com a bela a estação quando as montanhas estão cobertas de gelo, com desenhos brancos e lilás, com nuvens mais perto do sólo contrastando a paisagem de clima quente. Nós víamos os animais e os campos de batalha com mortos caídos e fogo em torno deles, o que era desagradável. CAVALEIRO: Temos uma nova viagem. Temos que salvar alguém. ESCUDEIRO: Sim, já que a água afunda nossos corpos, assim que sobe aos céus ou desce como a chuva. Não sei o que dizer às vezes, maravilhoso seria mergulhar com asas para voar como se eu fosse um anjo. CAVALEIRO: Ver os lírios do campo rapidamente como eu rodopiando e enxerg
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XVI – A UM PASSO DA SUA LUZ
XVI – A UM PASSO DA SUA LUZ CAVALEIRO: Avistei você aqui, graças a Deus meu nobre amigo. ALQUIMISTA: É uma honra vê-los novamente. Fiz uma súplica para revê-los cavaleiro, escudeiro, monge. MONGE: Irmão que bom te ver agora, você precisa de um local seguro. “Deleite-se no Senhor e ele atenderá os desejos do coração” (Salmos 37.4). ALQUIMISTA: Eu vi em meu espelho, um outro eu. Era como uma passagem para uma secreta saída. Lá eu poderia falar sobre cosmologia? A vida humana retratada é como uma esfera, um círculo dividido em doze partes e signos do zodíaco representando cada planeta ao redor de nossa espécie. Lá a nossa corrente de imaginação se desprende. É de lá que vem os monstros, os nossos para&iac
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XVII - DIAS FINAIS
XVII - DIAS FINAIS ALQUIMISTA: Esses são dias finais. Estamos a esperar a nau para navegar por mares ainda não descobertos. Aqui é belo, mas imagine: temos que ter cuidado com as criaturas ferozes. ESCUDEIRO: Cuidado com o Filho de Leviatã! Cuidado com as tempestades de Poseidon! Cuidado com o Ciclope! Cuidado com a Hidra! Eu só tenho um escudo e uma espada para enfrentá-los todos. E não quero nem imaginar um dragão! PIRATA: Esse filho de Leviatã emerge como um polvo gigantesco das águas ou um dragão voador, que enrola a presa e a esmaga para engoli-la. Ou pode ser um peixe assombroso com dentes afiados que agarra como um tubarão enorme. ALQUIMISTA: Será que nossa nau é forte o bastante para fugir dela? O deus Poseidon é o rei de todos os mares e o ciclope que &ea
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XVIII - CEMITÉRIO DOS INOCENTES
XVIII - CEMITÉRIO DOS INOCENTES ESCUDEIRO: Existia uma donzela em minhas reminiscências. Eu a olhava como se nunca tivesse antes olhado alguém antes. Parecia que juntos nos completavam. Certo dia, após cavalgarmos a noite inteira, seus pés cansados pediram para parar a longa jornada. Em um grande rio, via a vida exuberante dos animais que passavam ali, mas que não cantavam. O olhar era de alguém na espera por ternura há anos, com olhos verdes como safira que me olhavam como duas portas secretas. Eu às vezes me queixava por estar tão longe dela. O seu coração batia como se batesse num tambor, cada vez mais rápido. Suas mãos continuaram a gelar e suas pernas e braços ficaram trêmulos, aflitos com o futuro que não se pode revelar. CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem
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XIX - PORTA SECRETA:
XIX - PORTA SECRETA: CAVALEIRO: Procuramos a donzela em perigo, jamais a encontramos. Nem nos vales, nem nas proximidades do reino e nem nas cidadelas. Às vezes imagino a suavidade da moça que amava os animais. [...]. Silêncio! Eu vi um vulto. Parece que foi uma criatura esquisita vindo por detrás de nós! Embanhem as espadas! Shhhh... ESCUDEIRO: Pode ser uma mantícora, um dragão, um devorador de sombras... CAVALEIRO: Vai vigiar ali atrás escudeiro... ESCUDEIRO: Vamos pegar esse barco e remar. CAVALEIRO: Mas você só viu um vulto. ESCUDEIRO: E você pensou ser uma criatura das trevas? CAVALEIRO: Ora tudo por causa de um javali. ESCUDEIRO: Aqui está tudo escuro, só há uma clareira por causa do b
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XX – O REINO DOS MORTOS
XX – O REINO DOS MORTOS                                                                                                CAVALEIRO: Altíssimo sonda-me nesta aurora. Tu és tão mais fundo quanto o perfeito abismo de escuridão da dor que me afronta. Mas tu me conheces bem. Tão bem quanto às profundezas dos oceanos, quanta a vasta terra onde pisam meus pés, quanto o grandioso céu que me rodeia. Há visões
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