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Todos os capítulos do A Dama da Morte: Capítulo 11 - Capítulo 20
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Capítulo 11 – A ilha das bonecas
Eu sempre vejo o que faz bem para minha pele. Uso minha sombrinha, pois quero me proteger do sol. Desde que consegui me elevar de uma luz falsa, eu tracei meu caminho: eu não tenho funcionários para me acompanharem nessa viagem. Eu vi o meu boneco mumificado: meu filho falecido. Tenho tanta saudade dele.... É algo indescritível. Por isso há sempre uma frase repetindo na memória: “Dê-me um sinal, abra-me um caminho de luz”. Meu bonequinho tinha rosto pálido de morte e eu às vezes tinha medo que ele sumisse daqui de casa, mas com graça está tudo certo. Eu vivo sonhando comigo mesma cavalgando em um unicórnio. Acho que essas criaturas são tão dóceis e mágicas, quem sabe eu mesma escreva meu próprio conto de fadas um dia e que ele se torne real. Querida Aurora, Venh
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Capítulo 12 – O cemitério
“O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7). Fui até onde pude, mas eu não conseguia reunir tudo que eu tinha feito em minha memória. Isso me fazia me embaraçar ao falar com as pessoas. Não é qualquer um que é especial, assim para me entender. Como poderia nevar como antes? Como eu poderia ver bosques antes vermelhos ficarem verdejantes? Como eu poderia assegurar que eu vi uma sereia segurando uma criança em seus braços? Como isso ficaria para os outros? Quem era a criança perdida? Como ela pode se desfazer em areia, como se fosse de barro? Eu pensei: acho que nos transformamos em barro, em pó, ao falecermos.Eu pensava o tempo todo no que significava o lobo e a moça de branco, e só pensava que poderia ser apenas um aviso prévio de morte,
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Capítulo 13 – O sonho
Em meio ao mar, num barco, sentada na proa, eu remava até uma ilha desconhecida. Nenhum pé havia pisado nela antes. Sem mapas do tesouro, num caminho incerto e imaginário, eu ia, mas para encontrar relíquias. Os espíritos me acompanhavam.Enquanto remava me via em estado de transe; avistei animais selvagens correndo velozes pela beira da praia. O lugar longínquo e deserto queria me contar uma história para descansar; era o clamor do destino que me aguçava os sentidos: dessa forma eu sentia que algo bom estava para acontecer, de forma bruta e suave para me retirar do buraco de sentinela em que eu já havia caído.O contraste das ondas azuis me guiavam e as águas pareciam mais mornas do que de costume. E eu, ia com coragem, sem estar paralisada de medo, nem embriagada pela ternura dos recifes de corais e peixes nadando... Eu via aquelas águas batendo nas rochas, fazendo o seu cantar puro,
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Capítulo 14 – O agradecimento
Aurora recebe uma carta distante de uma das pessoas que havia atendido há muito tempo. Era comum falarem sobre casas mal-assombradas, ainda mais os jornais da época divulgaram lugares que eram impropríssimos para entrarem depois de certas manifestações sobrenaturais: Srta. Aurora Morwenna, Queremos agradecê-la por ter vindo até nós. Felizmente depois da expulsão de prováveis entidades que pairavam sobre nossa casa, tudo ficou mais calmo e em paz. Bem, não temos culpa destes problemas terem nos afetado tanto, somos humanos para errarmos, e muitas mentiras e ilusões são criadas sobre operações paranormais; mas sabemos que estiveste aqui para nos ajudar e por isso escrevemos como forma de gratidão. Obrigada. Kellen Tupiassa – Àfrica. Ler mais
Capítulo 15 – Uma carta a Lord Pierre
Aurora pega um bico de pena e nanquim e começa a escrever com carinho para seu amigo: Querido Lord Pierre, Vós dizeis que a aventura pela selva é arrebatadora para se tornar uma viagem inesquecível ao centro do cosmos. Vós dizeis que vale a pena lutar por algo em vida, um propósito, uma busca por um destino que se trace ao longo do tempo, perto das praias onde nos perdemos um pouco para ver como a brisa é fresca.Vós dizeis que se perdermos o amor, nada temos pelo que viver. Vós estais certo, de alguma forma em muitas poesias e é então que o dia amanhece mais claro.É preciso querer viver os ensinamentos, não só testemunhar a existência. Vós dissestes: “Deus abençoe” e o eco dele se alastrou pela atmosfera. Ler mais
Capítulo 16 – A vila sagrada
De quem era a música indígena? – perguntava-se Aurora. Provavelmente era de algum Xamã que vivera na vila sagrada.Então talvez ele me leve a outros mundos espirituais... E talvez eu mergulhe em outros reinos sobrenaturais para me encontrar de novo.Aos poucos ao olhar o chão, vê pegadas na terra, e escuta um som baixinho que a conduz a uma vila.“Será que entrarei em transe?” – perguntava-se Aurora.Entrou no matagal e sentiu o orvalho das plantas, o que era maravilhoso. E lá havia uma cerimônia indígena xamânica. Aurora pede licença para sentar-se com eles em algumas pedras em torno de uma fogueira. Ficou ali e viu-os prepararem uma bebida sagrada, igual ao que seu ex-esposo tomara. Os índios disseram que era para espantar os espíritos ruins de perto para deixar uma luz branca tomar conta da alma. Tratava-se de uma cura ancestr
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Capítulo 17 – A carta de despedida de Aurora
Aurora está confusa, pensa em coisas surreais e lembra-se do seu passado.Eu nunca quis deixar ninguém para baixo, nunca quis desejar o mal para ninguém. Eu nunca quis prejudicá-lo. Se em mim habitou a maldade por algum tempo, eu quis que isso fosse embora. Se eu falhei, o peso da culpa precisaria ir embora. Se eu me senti amada por um tempo, eu fiz as nuvens cor púrpura se dissiparem através do sol rosado que nascia por detrás das montanhas, para tentar me cobrir pelo amor que eu não tinha. Entrei em sintonia com os sons imaginários de minhas orquestras e não me deixei levar por qualquer coisa, porque minha mente me foi bem contraditória esse tempo todo, ela me fez navegar num barco antigo entre o claro do dia e a escuridão da meia-noite.  Se eu escutei vozes dentro da minha cabeça e pensei que eram eles conversando comigo, tentando me chamar para ir até onde estava
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Capítulo 18 – Tristeza
As armaduras dos meus anjos parecem enferrujadas, já os mensageiros não ressurgem das trevas para clarear a escuridão e então reina em mim uma tristeza, um soluço no meu coração e eu sinto precisar de convalescença.O choro veio, me fez ficar cegada pelas lágrimas; a chuva povoou a terra celeste e a respiração entrou em desespero. Eu me vejo o tempo todo me questionando sobre o que eu gostaria de viver e sobre minhas necessidades mais íntimas. É então que eu me pergunto: “Será que eu consigo lidar com esse peso que carrego, o fardo das minhas emoções de angústia em meu interior?”Ah, se eu pudesse rever o meu filho novamente, se eu pudesse vê-lo bem mais uma vez... Se ele chorasse eu enxugaria todas as suas lágrimas. Me vi tão enfraquecida, tão sem ânimo, deixando meu céu escurecer, deixando-o
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Capítulo 19 – Os ilusionistas
Acordei no outro dia com uma sensação de garganta seca. Uma angústia declarava estar nascendo de novo para me usar como seu corpo, devorando as minhas poucas energias.Eu costumava sonhar com os ilusionistas. Mas na selva eu sentia um estranho e profundo sentimento, de que algo me acompanhava, ou estaria me vigiando de longe. Inúmeros foram os números de mágica que eles fizeram. Eu sonhava despertar para outra realidade, a pela qual eu tinha um amor proibido queimando dentro do peito. Não era de se imaginar que alguém como eu pudesse sofrer tanto com aquilo que eu precisava verificar se era possível ou não: enxergar fantasmas.Almas penadas sempre viveram infelizes vagando por entre nós em lugares quase praticamente abandonados. Elas nunca me trouxeram problemas, mas eu acredito que muitas delas ainda estão em suas tumbas descansando e quando chega o momento de despertar, elas amanhecem
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Capítulo 20 – A escultura
Um museu poderia ter algo como a escultura que eu tinha visto em sonho. A mitologia grega tinha suas façanhas que cobriam o mundo de enigmas como nunca, como a deusa Hécate. Era o que eu procurava entender. O que ela estaria fazendo em minhas doces ilusões mentais, devaneios sem correspondência com a realidade? Ou será que a mente estava atordoada e ídolos surgiam para eu escolher me afastar de Deus? Talvez não. Acho que era apenas um delírio sem estado febril que se apossava de mim. Não faria nenhuma homenagem a deus algum, eu não idolatraria ninguém.Mas passeando por aquele acervo de objetos antigos, eu me encontrava com as memórias do passado. E abruptamente via uma apresentação de ventriloquismo e me perguntava o quanto muitos não estariam sendo manipulados, como minhas irmãs se deixavam. Não deveria pensar o quão as achava ignorantes, mas elas nem
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