O imperador Kripnor estava sentado no trono, com o cetro descansando em seu colo, e a mão embrenhada na barba farta, enquanto coçava o queixo. Os olhos verdes esquadrinhavam os três sucessores ao trono, cada um deles tinha suas qualidades, mas nem um dos seus dois filhos era como Ailyn, o filho de seu irmão. O governante desviou os olhos aos seus soldados, todos eles bem alinhados, vestindo a roupa vermelha pondo destaque a armadura negra e a máscara de lobos sobre o capacete em suas cabeças. Qualquer um daqueles homens poderiam ser usados para o trair, tirar sua vida ou fazer parte de uma conspiração. Mas isso era uma tolice, um conto de fadas criado pelos nobres que desejavam tanto se assentar aonde estava. Aqueles homens, soldados, filhos de sua alcateia nunca o trariam, não manchariam sua honra e nunca levantariam a espada contra seu líder e rei. Porém um deles o havia traído, sacado sua espada e cravado nas suas costas, alguém entre eles tinha abdicado da sua honra.
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