Antes que tudo ficasse escuro demais, foi antes que as pálpebras se fechassem por uma eternidade, tudo aconteceu rápido e estranhamente com alguma ordem. Assim que a coluna rompeu jogando estilhaços, pedaços de gelo pra todos os lados, e a cobrindo de água, o ar entrou, o susto a fez respirar, a fez perceber que estava prendendo a respiração por tempo demais. Mas foi veloz demais pra entender.O instinto a fez olhar para baixo, cobrir os olhos e por fim fitar a coluna em destroços. O ar entrou corrosivo, como o mais doces dos vinhos, era sim dez vezes mais viciantes que qualquer bebida que houvesse provados antes e como qualquer viciada Endrelina queria mais e mais. Na verdade precisava disso pra continuar existindo. O coração ainda palpitava no peito tentando romper as grades das costelas, feito um cavalo selvagem sentindo a imposição das rédeas, e os lábios entre abertos estavam indecisos, surpresos com o que está diante dos olhos enquanto o oxigênio entrava com t
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