Ninguém Me Ama
Meu irmão e meu pai sempre gostaram da minha irmã e sempre me desprezaram desde pequena.
Quando fui humilhada no banquete, foi o chefe da máfia, Mateus Alves, quem me ajudou e declarou ser eu a pessoa que mais amava. Disse que, se alguém voltasse a me intimidar, não perdoaria tal pessoa.
Mateus comprou para mim um castelo no meio da floresta, plantou tulipas, minhas flores favoritas, por toda parte e organizou um casamento no castelo que foi notícia em todo o país.
De repente, tornei-me o objeto de inveja de todas as mulheres!
Grávida de sete meses, fui ao aniversário do meu pai e, subitamente, houve um incêndio.
Meu pai e meu irmão, sempre tão parciais, protegeram minha irmã e escaparam com ela. Eu quase morri no meio das chamas; no fim, foi Mateus quem me salvou.
Quando acordei no hospital, presenciei uma cena que me partiu o coração.
— Quem mandou vocês causarem esse incêndio?!
O rosto de Mateus estava sombrio:
— Ela está grávida de apenas sete meses e vocês já estão com pressa para provocar um parto prematuro? Querem matar Giselle e a criança dela?!
Meu irmão e meu pai explicaram em voz baixa:
— A leucemia da Natália não pode mais esperar, o médico disse que precisa operar logo, é necessário o transplante de medula da criança...
— Eu me preocupo mais com a vida da Natália do que vocês. — Retrucou Mateus. — Caso contrário, eu também não teria me casado com Giselle! Mas vocês não podem machucar a Giselle; tenho meu próprio plano!
O olhar de Mateus era de advertência:
— Salvar Natália é nosso objetivo, mas não podemos ignorar a vida da Giselle para salvar Natália! Eu não permito!
Aflita, fugi daquele lugar. Então era por isso que ele se casou comigo?
Não era por me amar, mas para salvar minha irmã!
Tudo que ele fez de bom para mim, era, na verdade, por causa dela.
No fim, ele era igual ao meu pai e ao meu irmão: preferia minha irmã, não gostava de mim.
Já que ninguém gosta de mim, então vou embora.