capítulo 3

# Cristhopher 

Estou totalmente fodido de raiva do meu pai que me chamou em sua sala para me intimar a casar. Nosso diálogo foi tenso e ele acabou jogando na minha cara os meus erros do passado. 

O meu pai, também conhecido como Giovanny Cézar Glecory, é um empresário bem sucedido na área das indústrias farmacêuticas. Ele e minha mãe se separaram graças às inúmeras traições que ambos cometeram e por este motivo, cresci em um lar sem amor. Acabei me tornando um garoto muito irresponsável e as brigas, intrigas, e discussões que fizeram parte da minha infância, me causaram marcas inesquecíveis. Se não fossem elas, talvez um brutal assassinato poderia ter sido evitado: eu estava ingerindo bebidas alcoólicas em um nível extremo e embora a ressaca tenha me feito esquecer os detalhes daquele acidente, eu me lembro de tudo o que aconteceu. 

Estávamos em mais uma farra, um racha no centro de Nova York. Em meu carro, se encontravam eu, minha ex noiva piranha e sua amiga e meu ex melhor amigo, o Eduard Collins. Eduard Collins estava sentado ao volante naquela noite e mesmo estando sonolento no banco de trás, consegui sentir o impacto do carro quando ele atropelou um casal de moto. A moça que estava na garupa, estava grávida e infelizmente acabou falecendo no próprio local do acidente. O marido dela também foi afetado e acabou amputando uma de suas pernas, mas a sua maior dor foi causada pela família que ele perdeu. Fomos indenizados, mas nem mesmo o valor foi o suficiente para que ele se esquecesse. Hoje ele segue tentando fazer justiça e anseia me colocar atrás das grades. 

Meu pai me garantiu que eu só irei assumir os negócios da família quando eu me casar. Isso é muito cruel pra mim e não aceitei essa decisão absurda. 

Saí da sua sala igual um relâmpago e fui direto para a boate Persuason onde a dona da casa, a dona Salete, fez questão de me mostrar o novo portfólio. Confesso que não me interessei por nenhuma das garotas, mas quando eu estava indo embora, olhei para o palco e vi a visão mais linda do universo. Ela era semelhante a um anjo com aqueles olhos azuis misteriosos e aquele rosto perfeitamente desenhado, escondido embaixo de uma máscara. Voltei até o bar e perguntei à Salete sobre a tal dançarina misteriosa e mascarada e ela me disse que ela ainda não fazia programas, só dançava. Ela disse que a moça era virgem e quase engasguei com a minha bebida.  Não acreditei no início, mas ela insistiu e falou que queria leiloar a virgindade da dançarina que estava relutante em aceitar. Salete então me fez uma proposta para ter a primeira noite com a moça misteriosa cujo o apelido é Dark. Inicialmente eu disse que pagaria cem mil dólares mas ela acabou pedindo trezentos mil e sem pestanejar eu aceitei. Agora só faltava ela convencer a garota. 

Fiquei parado, esperando a moça chegar. Em poucos minutos ela se aproximou e fiquei observando a Salete nos apresentar. Falei que eu me chamava Tom, o primeiro nome que me veio à cabeça, e depois ela me pediu licença para se apresentar. Ela estava tão linda com aquele vestido preto tomara que caia, luvas e meia calça transparente…O show dela de pole dance foi incrível! Os movimentos, a música e aquele streap tease me deixaram ainda mais enlouquecido ao ver tantos homens babando por ela. Ela é ótima no que faz e eu já fiquei imaginando ela sentando, subindo e descendo no meu pau. 

Depois das apresentações, foi a hora de subir para o quarto com ela. Dark foi na frente para se preparar e em poucos segundos me vi diante da porta ansioso para provar um pouquinho do paraíso. Bati levemente contra a madeira mas o silêncio lá dentro me intrigou. Assim que entrei no quarto, encontrei a garota em posição fetal, tremendo e chorando, o suficiente para me causar um aperto no peito. Apesar de ser insensível, não consegui ser indiferente à situação.

— Dark você está bem?

Ela não me respondeu e continuou chorando desesperadamente, até começar a soluçar.

— Calma garota, eu não sou um monstro, não vou te machucar! Você quer conversar antes de transar?

Ela me olhou assustada e mesmo com a máscara, pude ver aqueles lindos olhos azuis misteriosos e sombrios.

— Desculpa senhor, mas eu não vou conseguir fazer isso! Eu estou chorando por que eu sou uma covarde e não vou conseguir me vender pra você e nem pra ninguém! Os cem mil iam fazer diferença na minha vida, mas definitivamente eu não vou conseguir!

—Espera aí, cem mil? A Salete me cobrou trezentos mil dólares por uma noite com você, porque segundo ela você é virgem!

— Eu sou virgem e me guardei até hoje para me entregar por amor e por incrível que pareça, criei essa personagem pra ter coragem! Mas eu não consigo, sou uma covarde — Falou, chorando.

Isso chega a ser ridículo! Se entregar por amor… só pode ser brincadeira! Em que século vive essa garota?

— Vem, vamos fazer esse teatro pra Salete, vamos sair daqui! — Respondi— Anda! Levanta e vem comigo. 

Desci as escadas furioso, puxando a garota pelas mãos, frias e trêmulas, e procurei pela dona da boate. Assim que enxerguei Salete sentada em sua mesa, me aproximei, e não pensei duas vezes em retirar a minha carteira e jogar com desdenho mil dólares em sua direção.

— Isso aqui e por me enganar! Essa moça não é virgem coisa nenhuma e você me cobrou trezentos mil dólares! Ia dar só cem mil pra ela? 

Salete começou a balbuciar algumas palavras mas eu não fiz questão de lhe escutar. 

— Sua estelionatária, bandida! Melhor não reclamar se não eu vou te denunciar — Falei — Eu vou comer essa garota em outro lugar ,nunca mais eu volto nessa casa!

A moça misteriosa, cujo o apelido é Dark, me encarou ainda mais assustada.

— Olha, obrigada por me defender mas eu realmente não quero nada com você, vou embora pra minha casa agora!

— Calma aí Dark, eu vou te pagar trezentos mil por essa noite. Você tem certeza de que vai recusar essa proposta?

Ela me olhou irritada e disse:

— Desculpa senhor, eu não estou a venda! Eu não sou assim. Eu topei esse trabalho porque estou quase perdendo a guarda da minha irmã, minha mãe morreu e somos só nós duas! Trezentos mil dólares por uma noite é muito dinheiro mesmo, mas eu não vou conseguir ir pra cama com você. Eu não vou me prostituir por dinheiro nenhum! 

Dark seguiu andando e fui obrigado a correr atrás dela.

— Calma eu posso te ajudar e muito!

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