Saí do quarto de hóspedes depois de deixar a Ana Júlia descansando. Ela teve uma forte crise de ansiedade e eu sabia muito bem o que era isso pois a minha irmã tem depressão, ansiedade e síndrome do pânico. Um pacote completo graças àquele terrível acidente que até hoje eu me sinto culpado.Fui para meu quarto dormir e não demorei a pegar no sono. Eu estava em uma cachoeira linda que parecia muito com um lugar que marcou a minha infância, o Niágara Falls. Corri atrás de uma mulher maravilhosa, dona de um corpo escultural e que usava um vestido semelhante aos da minha bisavó. Quando ela se virou, vi que era a Ana Júlia e não encontrei nada além daqueles olhos assustados em minha direção. Acariciei a sua face e a puxei para os meus braços.— Ana não foge de mim, nunca vou te fazer mal! — Falei — Nosso casamento foi forçado por nossas famílias, mas eu sempre te desejei, sempre te amei, te amo e nunca vou deixar de te amar!— Quem é você?— Perguntou, confusa.— Ana sou eu, seu marido!—
# Ana Acordei atordoada com aquela maldita enxaqueca causada pela crise de ansiedade. Eu não queria abrir os olhos e ter que enfrentar novamente todas as minhas preocupações, queria continuar ali, dormindo, já que pelo menos assim a minha mente era silenciada e a ansiedade esquecida. Ainda sonolenta, girei o corpo sob a cama e dei de cara com o Christopher, parado, bem na minha frente me admirando. Dei um pulo assustada e fiz um enorme esforço para colocar as ideias no lugar. Fiquei com medo dele ter feito alguma coisa comigo já que eu não me lembrava de nada. A única lembrança que eu tinha era do meu choro constante e do seus braços ao redor do meu corpo tentando me acalmar. —Ana Júlia, que cara é essa? — Perguntou — Calma, eu posso ser frio e calculista, mas eu não consigo ser insensível. Vem, confia em mim, a única coisa que quero nesse momento é poder te acalmar, fazer você parar de chorar. — O que aconteceu? Ele se aproximou, com um olhar diferente, e sentou na beir
# Christopher — Mãe, olha o que você fez! — Gritou minha irmã. Saí correndo atrás da Ana desesperado para alcançá-la. Há exatos 5 minutos, ela saiu em um carro, uma velharia ambulante motorizada levando consigo todos os seus pertences. E aquele sentimento, aquela angústia que pressionava o meu peito me fez correr atrás dela em uma verdadeira maratona olímpica. Eu não queria perder o meu tempo chamando o motorista e muito menos ter que escolher entre os meus 15 carros, então corri o mais rápido que pude e consegui chegar em seu prédio antes dela. Graças a Deus, o destino me ajudou e Ana acabou optando por passar em um supermercado antes de ir pra casa. Observei ela se aproximar com as sacolas cheias em ambas as mãos e me apressei para ajudá-la. — Christopher não! Já foi muita humilhação em um dia só e eu não quero mais conversa com você! — Falou — Sua mãe me odeia e ela nunca irá me aceitar na sua família mesmo sendo um casamento por contrato, de conveniência!Eu a interrompi
# Cristhopher Saí da casa da Ana Júlia puto da vida e assim que cheguei em casa, recebi um e-mail com o modelo do contrato que ela imaginou.Que porr@ é essa?Que garota mais abusada!Ana Júlia estava mesmo a fim de me enlouquecer. Larguei aquele contrato de lado e fui até o quarto da Milly para avisar que vamos viajar daqui alguns dias para Londres. Não posso dizer que eu não estava esperançoso com essa nova avaliação cirúrgica, ainda mais depois de descobrir que o neurocirurgião que irá analisá-la é considerado o melhor do mundo.Depois de avisá-la, decidi ir para a empresa. O dia estava só começando e eu ainda tinha muitos contratos para revisar e assinar. Então tomei um banho, vesti um terno e 2 horas depois desci as escadas apressado, lutando com aquela maldita gravata. Eu já estava atrasado, mas quando vi dona Glória na cozinha, preparando o almoço da minha irmã, decidi eu mesmo levá-lo. Glorinha era um amor. Ela era a nossa cozinheira há bastante tempo, fazia de tudo para nos
# Ana Júlia Assim que Christopher foi embora, observei a Catarina saindo de trás da porta com a minha irmã e percebi que elas estavam escutando toda a minha conversa com ele. —Nossa amiga, que história é essa de contrato de casamento? — Perguntou — Não entendi nada! — Olha Cat, nem eu estou entendendo nada! — Respondi injuriada.Com as mãos nos quadris, Cat ergueu uma sombrancelha, pensativa. Alguns segundos depois ela voltou a falar em um tom de certeza, como se tivesse acabado de descobrir a cura do câncer. — Ele deve ser seu carma! —Que? —Isso mesmo amiga! É muito impressionante isso, vocês estão interligados! Isso é coisa de vidas passadas! — Ah mais era só o que faltava!— Joguei as mãos para o alto irritada — Catarina, agora você virou espírita e sensitiva? Você sabe que eu te respeito, mas eu não acredito em vidas passadas, almas gêmeas, nada disso!Ela fez um biquinho com a boca, descontente. — E agora leva a minha irmã pra escola, por favor, estou morrendo de dor
Cristopher Fiquei muito irritado por ter falhado na hora H com a modelo. É agora que a minha fama de gay vai se espalhar feito um bombardeio! Assim que cheguei em casa, tomei banho e bati uma pensando naqueles olhos azuis tuquesas, na boca gostosa semelhante à da Angelina Jolie e naquela bunda enorme da Ana Júlia. Depois, resolvi deitar e rapidamente adormeci. "Encarei seus olhos voltados para dentro dos meus, como se fossem os de uma deusa grega.— Que olhar é esse? — Perguntei, desconfiado.— Eu quero ser sua — Disse ela — Estou ansiosa por esse momento, eu não via hora do nosso casamento acontecer!— Você tem certeza? Você não falou que não queria sexo no casamento?Ela me encarou com aquela cara de safada. Sua boca se desmanchou em um sorriso e Ana Júlia mordeu os lábios.— É pegar ou largar!É claro que eu pego! E peguei com tudo! Ergui Ana Júlia em meu colo e subi as escadas ansioso para a consumação. Assim que chegamos no quarto, travei uma batalha gigantesca com aquele espa
# Ana Júlia Ontem a noite eu recebi uma ligação de um dos hospitais em que eu deixei o meu currículo, informando que eu deveria comparecer à entrevista. Confesso que eu estava dormindo muito mal e só na noite passada acordei três vezes por causa dos sonhos que eu vinha tendo. Na verdade, pesadelo, já que por causa deles eu estava prestes a me entregar para o filha da put@ do Cristhopher. Acordei às seis da manhã, fiz a minha higiene pessoal e me arrumei para a entrevista no hospital particular. Fui logo colocando uma roupa básica branca na esperança de começar a trabalhar naquele mesmo dia e anotei o nome do médico que me pediram para procurar, um tal de Dr. John Smith. Em seguida, deixei a minha irmã com a dona Glória até o horário da sua escolinha e saí em busca de um táxi, apressada. Cheguei na recepção e fui recepcionada por um senhor grisalho de mais ou menos uns sessenta anos. Felizmente a entrevista foi um sucesso. Ele me encaminhou até o RH para deixar os meus documentos e
# Cristhopher Essa mulher vai me enlouquecer! Mas se ela acha que isso vai ficar assim, não vai mesmo.Perdi a batalha, mas não perdi a guerra. Quando ela me chamou de ogro eu não pensei duas vezes: agarrei ela com força e logo dei um beijão naqueles lábios macios. Obviamente meu amiguinho ficou todo animado…Ontem ele não subiu nem por reza brava, tanto que a tal da Anne ficou transtornada e me chamou de gay. Aquela maldita fama que me persegue graças à imprensa agora tinha uma nova testemunha e por causa dela eu viraria chacota. E agora, lembrando do meu corpo colado ao de Ana Júlia dentro daquele elavador, eu tinha certeza de que tudo o que eu mais desejava era estar dentro dela. Queria aquela língua afiada lambendo o meu pau e a sua bunda rebolando no meu amigo. Queria vê-la subindo e descendo cheia de ritmo, quicando gostoso enquanto desbravo cada pedacinho do seu corpo. Ah, mas eu ainda vou conseguir isso! Até hoje não vi nenhuma mulher na face da terra resistindo a mim!Que