Túnel subterrâneo abaixo dos muros da cidade vampírica
O sol estava quase nascendo, faltava menos de uma hora para que ele aparecesse totalmente.
Sem Pérola para invocar uma tempestade de neve teriam que produzir mais neblina com o feitiço que usaram na cidade dos humanos, levaram todo o sumo da mortis sanguem que possuíam, teoricamente não haviam falhas, no entanto, ainda estavam receosos, desejavam que aquela faze do plano acabasse logo, em seguida precisariam apenas se preparar para uma guerra contra os vampiros.
Leonor ficou incumbida de decidir o momento exato em que começariam o ataque, o peso da responsabilidade era maior do que ela esperava, mesmo estando acostumada com a liderança, ali era diferente, muitas vidas em jogo e o desfecho do ataque seria o que definiria o futuro deles.
— Atenção, se preparem, utilizaremos o mesmo método do último ataque. — encarou todos os rostos ao alcance — Os manteremos afastados dos portões da
TRAIÇÃO VAMPÍRICA – SÉCULOS ANTES... Maeve caminhava pela floresta que circulava uma das alcateias, acompanhada dos seus companheiros, esta pertencia era liderada por uma alfa de fama muito boa, diziam ser alguém fácil de lidar e bastante amigável. Seria a última alcateia para visitar, todas as outras rejeitaram seu pedido de ajuda, a maioria dos lobos não confiavam nos vampiros, e com certa razão, devido o enorme descontrole que possuíam nos primeiros meses de vida, eles mesmos tinham dificuldade em ensinar os mais novos a se controlarem. Caso conseguissem convencer a alfa a os ajudar, não demoraria muito para obter o apoio das demais alcateias, apesar da pouca comunicação, as notícias corriam entre as alcateias. — O que acontece se não os convencermos? — Maeve questionou. A garota havia sido transformado, após ser atacada por uma Bibitisanguin, há pouco mais de uma década, os outros possuíam pelo me
Aburbuply – O banquete (parte 1) A noite havia chegado há pouco, os preparativos para o banquete estavam quase finalizados, os prisioneiros que serviriam de banquete para os convidados, foram postos em assentos intercalados, aos dos vampiros. A perfeição de detalhes, queriam assemelhar-se as construções vampíricas, as quais eram pomposas, delicadas e de beleza superior, apesar de serem criaturas cruéis, ninguém podia negar o bom gosto que tinham por arquitetura. Vinho também seria servido, assim como alimentos para os lobos e feiticeiros, todos possuíam grandes expectativas sobre aquela noite e o dia seguinte, mas nem todos estavam certos sobre o futuro. — Fico imensamente triste em ouvir esta notícia. — Absalom lamenta. Layla, uma conselheira, e Maeve, Lamiantiki, estavam se preparando para retornar a cidade vampírica ainda naquela noite, precisavam preparar o altar de pedra para o novo ritual, tudo devia estar em perfeitas c
Aburbuply – O banquete (parte 2) Os Lamiantikis foram os primeiros a morder os pescoços dos prisioneiros, bebiam o sangue avidamente como quem não se alimentava há muitos dias. Uma sede imensa tomava conta deles, por mais que bebessem o sangue, não se sentiam satisfeitos, queriam ainda mais do que aquilo, sentir o liquido quente descendo para seus estômagos os inebriando a cada gota. Não demorou muito para que os primeiros sintomas aparecessem, alguns lacaios caiam ao chão convulsionado e vomitando sangue, além de pequenas queimaduras surgindo na pele, os gritos de desespero chamaram a atenção dos Lamiantikis e do conselho que os observavam com olhares espantados, sem entender o que acontecia. A visão aterrorizante parecia um filme de terror, os gritos de desespero não era algo que Pérola gostaria de ver em toda a sua vida, as coisas saíram do controle, tantos os lobos quanto os vampiros perderam totalmente a noção do que era certo e
Pérola enchera a cuia pela última vez com seu sangue, deu de beber aos dois últimos vampiros desacordados. Aparentemente estavam bem melhor, fez com que todos vomitassem o sangue envenenado que haviam tomado na noite anterior, infelizmente nem todos os Lamiantikis e conselheiros sobreviveram, apenas uma parte foi salva, mas para ela já era mais do que suficiente. Os havia levado para a galeria onde tivera o último encontro “cara a cara” com Uyara, por ser o lugar perfeito para mantê-los escondidos até que se recuperassem o suficiente. Suspirou pesadamente encarando os corpos dispostos no chão do pequeno cômodo, esperava que os Bibitisanguins libertados não os encontrassem ali durante a noite, Pérola não tinha garantia de que conseguiria retornar no mesmo dia, passara mais uma noite acordada sem alimentação, nem mesmo bebera água. Os sintomas de exaustão tomavam conta de seu corpo, iria encontrar os outros para ajuda-los a retornar a Novamur Bemybri, e
Aburbuply Pérola transformou-se novamente após relembrar aos alfas e líderes o que devia ser feito, também os instruiu a permanecerem calmos caso os vampiros aparecessem antes que ela retornasse com notícias sobre os governantes vampíricos, ou mesmo com os próprios. A loba vermelha correu para fora da cidade dos lobos os deixando apreensivos sobre tudo o que poderia acontecer em sua ausência, estavam receosos de que a atitude deles fosse interpretada de forma errada, ou mesmo os Bibitisanguins resolvessem aparecer em algum momento inoportuno. Os guerreiros escolhidos como escolta vigiavam avidamente os arredores, haviam se posicionado no salão de festas e como Pérola pedira, os corpos foram devidamente recolhidos e preparados, por causa do mal cheiro que começava a dar sinal, em seguida banhados em óleos perfumados e enrolados em grossas peles. Organizaram os corpos, uns do lado dos outros, de maneira organizada, as cadeiras e mesas r
O PASSADOS DOS LOBOS E FEITICEIROS – SÉCULOS ANTES Depois da primeira visita dos vampiros, outras foram feitas, mas, de repente nada... Dália esperou por semanas que os vampiros retornassem como prometeram, infelizmente não foi o que aconteceu e mais uma vez sua pequena alcateia sofreu um ataque noturno dos Bibitisanguins. Frustrada e sem saída, se viu obrigada a desfazer a alcateia se encarregando de que os poucos sobreviventes fossem entregados sobre a liderança de outros alfas, ela nem mesmo teve forças para fazer o mesmo, preferiu permanecer sozinha revivendo seu fracasso. Conforme as semanas passavam e o outono se aproximava, Dália sentia-se receosa com o seu futuro, não queria abandonar o local onde nascera e se criara, tanto tempo dedicado e perdera por causa de uma decisão, isso é, ainda estava desacreditada de que errara totalmente, os vampiros pareciam dispostos a ajuda-la se retribuísse o favor. — Dália, a alfa que
Aburbuply Já passava do meio dia quando Pérola retornou a cidade dos lobos, não havia sinal dos vampiros, mas ela sabia que eles haviam estado ali recentemente, afinal, os encontrou durante o caminho devido a aura raivosa que expeliam. Pensou em tentar uma nova conversa com eles, porém, achou melhor esperar até saber o que tinha acontecido durante sua ausência, provavelmente só os iria irritar. Retornou a forma humana ainda na entrada da cidade, adentrou na primeira casa que encontrou e pegou roupas para vestir, apesar de não ter feito muita coisa, sentia-se bastante cansada, os últimos dias vinham sugando cada gota de energia que ela produzia, sabia que a jornada seria difícil, mas não imaginou que se tornaria tão estressante, a ponto de pensar em desistir de tudo. Primeiro preparou-se para uma guerra, depois decidiu evitar a guerra, agora não sabia o que realmente iria acontecer, preferiu não usar mais os dons por um bom tempo, tudo
Cinco dias depois... Darlan, em sua forma de lobo, corria rapidamente na direção de Senka o atacando com seus dentes afiados, no último segundo o vampiro conseguiu desviar e chutá-lo com força contra a parede da caverna. A cena repetiu-se várias e várias vezes, ambos não davam o braço a torcer e persistiam incansavelmente. — Quanto tempo mais isso vai durar? — Irina questionou afagando a sua barriga — É mais fácil o cansaço os dominar do que um conseguir superar o outro. — Bom, eu apostei no lobo. — Hades sorriu — Estamos parados há muito tempo, um pouco de sangue derramado não faz mal a ninguém. — Pois eu aposto em Senka. — Mario pegou uma pedra atirando em Darlan o distraindo momentaneamente. — Isso é trapaça. — Hades resmungou — Só porque é velho e está doente não quer dizer que pode fazer o que quiser. — E o que você vai fazer? Me atacar? — provocou — Posso estar “doente”, mas sou mais forte que você e aind