A ansiedade estava tomando conta da casa. Núbia, com sua barriga já bem evidente aos cinco meses de gestação, caminhava pela sala enquanto Matteo e Henrique a observavam, cada um segurando sua própria dose de nervosismo e animação. Amanhã seria o grande dia: a consulta em que finalmente descobririam o sexo dos bebês. — Vocês têm algum palpite? — Núbia perguntou, pousando as mãos na barriga. Matteo sorriu e se aproximou, abaixando-se para beijar sua barriga. — Eu sinto que teremos dois meninos. Henrique cruzou os braços e balançou a cabeça. — Nada disso. Eu aposto em um casal. Núbia riu e acariciou o rosto de Henrique. — E se forem duas meninas? Henrique e Matteo se entreolharam e, ao mesmo tempo, responderam: — Aí estamos perdidos! A noite passou lentamente, a ansiedade não deixando ninguém dormir direito. Matteo e Henrique revezavam-se para acariciar a barriga de Núbia, conversando baixinho com os bebês, mesmo sem saber se conseguiam ouvi-los ainda. Na manhã seguinte, todos se
O almoço de domingo estava animado, com toda a família reunida. Matteo e Henrique estavam atentos a cada movimento de Núbia, que, apesar do inchaço e do cansaço, tentava aproveitar o momento com todos.Luana e Cristina estavam ao lado dela, rindo de alguma lembrança antiga, quando Núbia tentou se levantar da cadeira. Assim que colocou os pés no chão, sentiu um líquido quente escorrer por suas pernas.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, arregalando os olhos.O silêncio tomou conta da mesa por alguns segundos, até que Luana gritou:— A bolsa estourou!Foi o suficiente para a casa virar um caos. Matteo e Henrique pularam da cadeira em desespero, Cristina correu para pegar a bolsa maternidade, e os pais de Núbia já estavam de pé, prontos para levá-la ao hospital.— Respira, amor, respira! — Matteo tentava acalmá-la, mas ele mesmo estava suando frio.— Vamos logo antes que um de vocês desmaie! — Cristina brincou, tentando aliviar o nervosismo de todos.Com a família em completo alvoroço, Núbia
Henrique e Matteo não viram problema e concordaram, sem imaginar que, entre os exames, estava o teste de paternidade.Núbia respirou fundo. Tudo estava acontecendo como planejado. O resultado seria entregue apenas a ela, garantindo que ninguém mais soubesse até que ela decidisse contar.Com tudo encaminhado, o momento era de felicidade. Núbia olhou para seus bebês e para os homens que amava. Independente do que o teste revelasse, uma coisa era certa: eles seriam uma família, e esses bebês seriam amados incondicionalmente. Depois de cinco horas intensas de trabalho de parto, Núbia finalmente foi levada para o quarto. Exausta, mas extremamente feliz, ela sentia seu corpo relaxar enquanto as enfermeiras ajeitavam os travesseiros e a coberta para seu conforto. Matteo e Henrique estavam ao seu lado o tempo todo, atentos a qualquer coisa que ela precisasse.— Você foi incrível, amor. — Matteo sussurrou, segurando a mão dela com carinho.— Eu nunca vi tanta força em uma mulher como vi hoje.
Dr. Marcos sorriu gentilmente.— Você não está sozinha, Núbia. A família está com você, e isso é o que realmente importa. — disse ele, levantando-se.Núbia agradeceu, e, enquanto ele saía do quarto, ela ficou em silêncio, olhando para os bebês nos braços. Seu coração estava apertado, mas ela sabia que estava prestes a dar o próximo passo em uma jornada cheia de amor, desafios e descobertas.Durante os primeiros dias no hospital, enquanto Núbia dormia, recuperando-se do parto e descansando um pouco após a longa jornada, Matteo e Henrique estavam ao lado dos bebês, cuidando deles com todo o amor e carinho. A cada momento que passava, o vínculo com os pequenos se fortalecia, e a alegria de serem pais se tornava mais palpável.Enquanto Matteo estava ao lado de um dos bebês, tentando acalmá-lo, ele notou algo peculiar entre as coisas de Núbia. Um envelope, um pouco escondido entre as roupas e objetos dela, chamou sua atenção. Curioso, ele pegou o envelope com cautela, hesitando por um mome
Na manhã da alta, o hospital parecia mais silencioso. Núbia estava cansada, mas sua energia parecia renovada pela presença de Matteo e Henrique ao seu lado. Eles estavam animados, mas também nervosos, pois sabiam que a verdadeira aventura estava começando. Luana e Cristina haviam visitado a família antes da alta e se despedido com abraços calorosos, deixando claro o quanto estavam felizes pelo crescimento da família. Com os bebês agora em seus braços, Matteo e Henrique não conseguiam parar de sorrir, e Núbia, embora exausta, sentia uma paz imensa ao ver seus filhos dormindo calmamente no berço que os aguardava em casa. Eles saíram do hospital com os gêmeos no carro, acompanhados por uma grande quantidade de bolsas e presentes, e o coração de cada um batendo mais forte a cada quilômetro percorrido em direção à sua casa. Chegando em casa, o ambiente estava tranquilo, mas era difícil não notar a nova energia que pairava no ar. A casa estava decorada com balões e flores, e a família hav
Nos últimos meses, Henrique vinha se dedicando exaustivamente ao trabalho. Com a companhia aérea passando por reestruturações e novos desafios surgindo diariamente, ele se viu sobrecarregado, assumindo mais responsabilidades do que deveria. Matteo e Núbia tentaram alertá-lo algumas vezes, mas ele sempre dizia:— Eu aguento. Só preciso resolver mais algumas coisas.O problema é que ele não estava aguentando. A rotina intensa, as noites mal dormidas e a alimentação desregulada começaram a cobrar seu preço. Henrique perdeu peso, sentia tonturas frequentes e dores de cabeça constantes, mas ignorava os sinais. Até que, certo dia, seu corpo não aguentou mais.Era uma tarde comum, e Henrique estava em uma reunião importante quando sentiu sua visão embaçar. Ele tentou ignorar, focando na tela do notebook, mas um forte zumbido tomou seus ouvidos. Seu peito apertou, e antes que pudesse reagir, tudo escureceu.Quando abriu os olhos novamente, estava em um hospital. Matteo e Núbia estavam ali, vi
O dia estava agitado na casa de Núbia, Matteo e Henrique. Os gêmeos, agora com cento e dez dias, estavam cada vez mais espertos e já engatinhavam pela casa com uma velocidade surpreendente. Enquanto todos estavam na sala brincando, Núbia resolveu ir até a cozinha preparar a papinha dos bebês. Lucas, sempre tranquilo, ficou entretido com um brinquedo colorido, enquanto Lorena, mais curiosa e inquieta, percebeu a saída da mãe e decidiu segui-la, engatinhando apressada sem que ninguém percebesse. Na cozinha, Núbia estava distraída mexendo na panela quando, de repente, um choro desesperado ecoou pelo ambiente. Seu coração disparou. Ela se virou rapidamente, mas não viu Lorena em lugar nenhum. — Lorena? — chamou, sua voz começando a ficar aflita. Na sala, Henrique e Matteo ouviram o choro e correram até a cozinha. — O que aconteceu? — Matteo perguntou, preocupado. — Eu não sei! Eu só virei por um segundo e agora não a vejo! — Núbia respondeu, com os olhos arregalados, procurando ao
O clima no apartamento estava animado. A cada dia, Lorena e Lucas ficavam mais espertos, demonstrando as suas personalidades únicas. Lorena, embora tenha começado como uma bebê mais sensível, agora era uma menina animada, cheia de energia, enquanto Lucas, o mais calmo, já começava a demonstrar uma grande curiosidade pelo mundo ao seu redor.O tempo parecia voar na casa de Núbia, Matteo e Henrique. Lorena e Lucas, os gêmeos, estavam cada vez mais espertos e cheios de energia. Aos 11 meses, já chamavam "mamãe" e "papai" com facilidade, deixando os três pais completamente apaixonados.— Eu juro que piscamos e eles já estão quase completando um ano! — Núbia comentou, olhando para os filhos brincando no tapete da sala.— Parece que foi ontem que eles estavam aprendendo a engatinhar — Matteo acrescentou, pegando Lucas no colo e fazendo cócegas, arrancando risadinhas do pequeno.— E agora temos dois mini tornados correndo pela casa! — Henrique brincou, enquanto Lorena tentava subir no sofá.