Os dias estavam voando para Núbia, Matteo e Henrique. A rotina deles estava uma verdadeira loucura, especialmente para os rapazes, que estavam mergulhados no trabalho. Com o resort finalmente funcionando a todo vapor, novas contratações estavam sendo feitas, e contratos milionários estavam sendo fechados. Matteo e Henrique passavam o dia em reuniões, resolvendo questões administrativas, enquanto Núbia se dividia entre os bebês e o acompanhamento do empreendimento.Mesmo com a correria, eles tentavam ao máximo manter a harmonia em casa. Matteo e Henrique chegavam tarde na maioria das noites, muitas vezes encontrando Núbia já dormindo com os gêmeos no quarto. Eles sentiam falta de passar mais tempo juntos, mas sabiam que esse período de adaptação era necessário para consolidar tudo o que construíram.Certa noite, enquanto assinava um contrato importante, Henrique olhou para Matteo e suspirou.— Cara, faz quanto tempo que a gente não tem um momento tranquilo com a Núbia?Matteo fechou os
— Nossa menina está tão feliz… — ela murmurou, emocionada.— E você acha que eu não estou? — Augusto sorriu, com os olhos marejados. Ele então se virou para Cristina, que observava tudo com um sorriso sincero, mas discreto. — E você, minha filha? Quando vai parar de trabalhar tanto e arrumar um namorado? Está na hora de viver uma felicidade assim, hein?Cristina riu, balançando a cabeça.— Ah, pai… Um dia esse príncipe aparece, mas, por enquanto, eu mal tenho tempo para mim, imagina para um relacionamento!Luana, que estava ao lado dela, não perdeu a oportunidade de brincar:— Sei… mas e aquele arquiteto do escritório? O que mesmo você disse sobre ele outro dia?Cristina arregalou os olhos, sem graça.— Luana! — repreendeu, corando levemente.Núbia, que estava perto o suficiente para ouvir, logo se interessou.— Como é que é? Tem alguém no radar da minha irmã e ela não me contou?Cristina suspirou, já vendo que não teria escapatória.— Não tem nada demais, gente. O Luan é só um coleg
Ele abriu o envelope com cautela e puxou um papel dobrado. Ao desdobrá-lo, sentiu um arrepio subir por sua espinha."Você acha que está seguro? Aproveite enquanto pode. Você e sua família não são intocáveis."Henrique apertou o bilhete com força, sentindo a raiva e a preocupação crescerem dentro dele. Quem poderia estar por trás disso? Ele sempre foi discreto nos negócios, evitava fazer inimigos, mas sabia que o sucesso deles atraía inveja. E agora, com Núbia e os gêmeos, ele não podia se dar ao luxo de ignorar mais essas ameaças.Decidido, pegou o celular e ligou para Matteo.— Cara, preciso falar com você. Vem até meu escritório agora.— Aconteceu alguma coisa? — Matteo percebeu o tom sério na voz do amigo.— Sim. É sobre algo que eu devia ter contado antes.Meia hora depois, Matteo entrou no escritório de Henrique, que entregou o envelope para ele sem dizer nada. Matteo leu a mensagem e franziu o cenho.— O que diabos é isso?— Uma ameaça. E não é a primeira.Matteo o encarou, surp
Os dias dos três estava sendo uma tortura cruel sem saber quem estava fazendo isso, Nubia estava na sala com os gêmeos dando água depois do almoço e logo ele iria dormi de repente ela sentiu uma presença. O coração de Núbia batia tão forte que ela mal conseguia respirar. O homem, alto e de olhar frio, segurava a arma com firmeza enquanto gesticulava para que ela se apressasse. — Sem gritos, sem movimentos bruscos. Só faça o que eu disser, e ninguém sai machucado — ele disse, a voz baixa e ameaçadora. Ela engoliu seco, tentando manter a calma. Não podia arriscar nada, não com os gêmeos ali. Um deles estava no suporte canguru preso ao seu peito, enquanto o outro, em seu braço, resmungava, sentindo a tensão no ar. A cobertura parecia imensa e vazia naquele momento, como se todas as saídas estivessem longe demais. Mas ela sabia que não adiantava tentar fugir agora. O homem a guiou até o elevador social, que levava diretamente ao estacionamento subterrâneo. Quando as portas se fechar
— Sim, estamos no encalço. Estamos tentando rastrear o movimento deles, mas, por enquanto, precisamos agir com cautela. Não sabemos a que ponto Rodrigo irá chegar.Sofia se levantou, seus olhos agora marejados de lágrimas.— Minha filha! E meus netos! Eles são apenas bebês! Como ele pode fazer algo tão cruel?Augusto foi até ela e a abraçou, tentando conter a dor que também lhe consumia.— Não podemos perder tempo. Vamos fazer tudo o que for possível para trazê-los de volta.Henrique e Matteo se aproximaram dos pais de Núbia, sentindo o peso da responsabilidade ainda mais pesado sobre os ombros.— Eles vão voltar, Sofia. Augusto. Eu prometo que vamos trazê-los de volta. — Matteo disse, a voz firme, mas a angústia em seus olhos era visível.Os pais de Núbia se entreolharam, e, embora o pânico ainda tomasse conta deles, havia também uma chama de determinação acesa. Eles não poderiam se deixar perder, precisavam lutar pela segurança de sua filha e netos.Augusto, com os punhos cerrados,
Depois de ouvi tudo Thiago pediu para Matteo e Henrique ir com ele para delegacia e Cristina se prontificou em ir junto pois não conseguiria ficar em casa sem fazer nada e Luana a acompanhou. Thiago sentou-se à mesa da delegacia, espalhando os papéis com todas as informações que tinha. Ele sabia que precisava agir com cuidado. A casa onde Núbia estava era uma verdadeira fortaleza, e uma abordagem precipitada poderia colocar todos em risco.Matteo e Henrique estavam impacientes.— Não podemos perder tempo! — Matteo exclamou, passando a mão pelos cabelos. — Se esperarmos demais, pode ser tarde demais!— Eu entendo, Matteo — Thiago respondeu com firmeza. — Mas se entrarmos lá sem um plano, podemos condenar Núbia e os bebês. Precisamos ser estratégicos.Henrique respirou fundo, tentando manter a calma.— Qual o plano, então?Thiago olhou para os dois, depois para Luana e Cristina, que também estavam aflitos.Thiago pegou um mapa e apontou para a casa onde Núbia estava sendo mantida.— Es
Núbia estava sentada na cama, com os gêmeos brincando ao seu lado. Ela sorria, tentando ignorar o aperto no peito, a dor da separação de sua vida normal, da liberdade que sentia falta. Ela queria estar em casa, ao lado de Matteo e Henrique, cuidando dos bebês com tranquilidade. Mas, por mais que tentasse se distrair, a sensação de estar presa a um pesadelo não desaparecia.Enquanto ela tentava acalmar os bebês, a porta do quarto se abriu com um estrondo. Rodrigo entrou, com seu olhar frio e calculista, fazendo os bebês pararem imediatamente de brincar. Ele se aproximou com passos firmes, e a expressão de Núbia mudou instantaneamente. O medo que ela sentia por ele nunca desaparecera, e agora estava de volta, mais forte do que nunca.— Rodrigo… — ela sussurrou, tentando manter a calma enquanto segurava os gêmeos mais perto de si. — O que você quer agora?Ele sorriu de maneira sarcástica, se aproximando ainda mais.— Quero resolver isso de uma vez por todas, Núbia. — Ele fez uma pausa, o
Thiago, que havia saído de sua sala por um momento para tomar um ar também, percebeu as duas e caminhou até elas. Sua presença sempre transmitia uma sensação de segurança, mas sabia que as notícias que traria não seriam fáceis de ouvir.— Cristina… — Thiago disse, com a voz suave. — Como você está?Cristina levantou os olhos e forçou um sorriso, mas não conseguiu esconder a tristeza. Ela estava exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente.— Estou tentando aguentar, Thiago. Mas não sei até quando. — Ela suspirou, olhando para Luana. — Eu só quero que tudo isso acabe logo.Thiago se sentou ao lado dela, com um olhar sério, mas também reconfortante. Ele colocou uma mão no ombro dela, tentando transmitir um pouco de força.— Eu sei o quanto você está sofrendo, Cristina, mas temos boas notícias. O plano de invasão já está sendo estudado. A Força-Tarefa já está preparando tudo, e o comandante Alessandro está montando a estratégia final. Minha equipe também está pronta, e tudo vai ficar