Julia narrando….Saio do banho, e Gabriel ainda não havia chegado. Desço até a cozinha onde encontro Lucas tomando um café.— Está mais calma? — Pergunta ele assim que me vê. — Estou sim! Foi apenas um estresse passageiro. Mas então, como está indo na agência? — Pergunto tentando puxar assunto Eu sei, Gabriel não iria gostar de me ver aqui conversando com ele, mas ele é o único que foi legal comigo desde o começo. Mas porque eu ligaria pro que ele iria gostar ou não? — Está tudo tranquilo! Bem…. — Ele faz uma pausa antes de terminar a fala — Tirando a parte que ainda não achamos a modelo ideal para o nosso cliente! Fora isso está tudo bem.— Modelo ideal? — Isso, temos um cliente que é um tanto exigente. E ele está a procura de um rosto novo, que atende os critérios dele.Então eu lembro do dia que conheci o Lucas, e lembro de uma frase que ele me disse.— Lucas, quando me viu pela primeira vez você me disse que eu era a garota perfeita para ser a nova modelo da agência, você esta
Julia narrando…Assim que entramos em casa, sigo para o quarto que divido com o Gabriel tiro todas minhas coisas de lá e entro no quarto mais longe possível. O Gabriel não vai me ter tão fácil, ele pode até ir atrás das vadias as quais ele está acostumado mas no meu corpo enquanto ele for esse animal ele não toca. Claro que o provocarei ao máximo. — Júlia, abre essa porta, vamos conversar. — fala ele batendo na porta.— Não, Gabriel, não sou seu brinquedo. — Não brinca comigo, você não sabe onde está se metendo.— Sei, sim. Você é um homem frio, sem coração que não sabe como se trata uma mulher, e pensa que as coisas se resolvem apontando a merda de uma arma. Homem que é homem não precisa disso, pois ele confia em si próprio.Ele desfere um murro na porta.— Abre a porra dessa porta Júlia ou irei derrubá-la. Me levanto e abro a porta. Ele não fala nada, apenas me abraça e leva seu nariz a curvatura do meu pescoço como se quisesse memorizar meu cheio. — Não me prive de você. Não d
Gabriel Narrando...Eu precisava respirar, escapar de toda aquela pressão que me consumia por dentro. Era como se algo estivesse rasgando minhas entranhas, um nó apertado que se recusava a soltar. Os pensamentos rodavam em minha cabeça como um redemoinho, me puxando cada vez mais fundo, e a única forma de tentar acalmar essa tempestade era correr. Então, sem pensar muito, calcei os tênis e saí.As ruas estavam desertas naquela hora da manhã. A brisa fria cortava meu rosto, mas não o suficiente para esfriar o fogo que queimava dentro de mim. Minha mente estava a mil, e eu sentia que, a qualquer momento, esse 'monstro' que eu tanto tentava manter sob controle poderia despertar. O monstro que eu detestava, mas que, às vezes, era a única coisa que me fazia sentir vivo. Cada passo era uma tentativa desesperada de me livrar dessa fera, de me livrar das lembranças, das imagens que insistiam em voltar.Minha visão ficou turva enquanto corria. Não era a falta de fôlego, mas sim o excesso de pe
Julia narrando…Assim que chegamos em casa vejo o sorriso de vitória nos lábios do Gabriel, quando me viu saindo para ir buscar minhas coisas no quarto de hóspedes. Na volta, encontro o Lucas no caminho que me entregou a medicação e me pergunta como o Gabriel está.— Ele está bem, apenas com alguns machucados mais profundos na coxa esquerda, no braço e um corte na testa.— Você está voltando para o quarto dele, presumo? — Sim, tenho que cuidar dele. — Júlia, obrigada, o Gabriel merece ser feliz e ele te ama só não enxerga isso ainda. — ele fala e sai fazendo o caminho contrário até que volta e me olha novamente — Júlia, você voltando com o Gabriel como fica o desfile?— Do mesmo jeito que combinamos. Agora vou indo, porque o Gabriel do jeito que é teimoso daqui a pouco sai a minha procura. Quando cheguei à porta do quarto do Gabriel, vi que ele estava inquieto, movendo-se de um lado para o outro na cama, o que fez meu coração apertar. Entrei silenciosamente, fechando a porta atrás
Gabriel Narrando…Acordo no meio da noite com a Julia abraçada ao meu corpo, senti dor,mas estava tão bom que não me movi. Sem falar que o único lugar que dói é minha perna. Então resolvo provocar a Julia, ultimamente ela tem me deixado só na vontade.Sei que não posso fazê-la minha antes do casamento, a maldita máfia não permite e condenaria meu casamento. Mas nada me impede de provocá-la, e dar-lhe sensações únicas. Saio escorregando devagar pela cama e me ponho entre suas pernas, solto um grunhido baixo ao constatar que ela está sem calcinha. — Ah! Coelhinha, não faz isso, — falo e meu pau chegou a latejar dentro da cueca querendo entrar ali, mas faço minha língua se mostrar presente.Início devagar e logo vejo que ela está acordando pois ela solta um gemido alto. — Isso, coelhinha, geme meu nome, o nome do homem que te satisfaz.Como se estivéssemos em sintonia ela chama meu nome.— Ah, Gabriel. — Sinto suas mãos em meu cabelo, então a penetro com um dedo ao mesmo tempo que es
Lucas narrando….Chego na agência vejo uma movimentação estranha. Logo vejo um dos membros da máfia no escritório de Gabriel e então foi aí que eu vi o porquê da movimentação na agência. — Posso ajudar? - Digo entrando no escritório.— Quero falar com Gabriel! - Diz num tom firme. — Ele está afastado, infelizmente sofreu um acidente de carro e está se recuperando.— Quero uma reunião com ele, diga que urgente! Diga que seu reinado já máfia está em jogo. - Disse e saiu do escritório. Então vejo que o assunto realmente era sério!— Preciso falar com o Gabriel - Digo pegando a chave do meu carro. Sigo o mais rápido possível até a casa de Gabriel, subo até seu quarto onde ele ainda estava. — Mas que porra? Não tenho privacidade na minha própria casa! - Diz Gabriel assim que eu abro a porta de seu quarto. — Sei que está com seu amor — dou uma pausa e olho para Júlia que estava dormindo ao seu lado — Mas o assunto é urgente, preciso muito falar com você é tem que ser agora! — Digo da
Estou preocupada, o Gabriel saiu para tal reunião e até agora não voltou ainda, tento ligar em seu telefone só está dando desligado ou fora da área de cobertura, tento falar com o Lucas e também sem sucesso. É uma aflição ficar aqui sem saber de nada, o Gabriel tenta esconder, mas sei que o problema não é com a agência, mas em que o Gabriel está metido? Será que ele está com problemas financeiros? Não sei...Fico andando de um lado para o outro até que a governanta do Gabriel chega na sala e pergunta:— Senhora, quer que coloque o jantar ou vai esperar o Senhor Gabriel chegar? — Não estou com fome, vou esperar o Gabriel. Obrigada. Ela vira e ia seguindo em direção à cozinha, mas para no meio do caminho e diz:— Não quero ser entrometida. Mas posso te dar um abraço de agradecimento? — Claro que pode. — respondo — Mas o que quer agradecer? — Menina, você não faz ideia do poder que tem nas mãos. Vi o menino Gabriel nascer, mas depois que seus pais morrerem foi como a humanidade dele
Enquanto eu estava no salão, as mãos da maquiadora voavam sobre meu rosto, e eu tentava me concentrar no espelho à minha frente. Era engraçado como o nervosismo parecia escolher seus momentos. Durante todos os preparativos do casamento, eu me sentia estranhamente calma, como se o destino já tivesse escrito que Gabriel e eu estaríamos juntos, independentemente de qualquer cerimônia. No entanto, ao pensar no desfile, meu coração acelerava. Sempre quis esse momento, estar sob os holofotes, vestida com algo que representasse quem eu sou e o que amo.O salão estava movimentado, com cabeleireiros e maquiadores correndo de um lado para o outro, e eu percebi que, mesmo em meio a toda essa agitação, eu me sentia tranquila. Quando a maquiadora finalizou o trabalho e me olhei no espelho, vi uma versão de mim que parecia pronta para enfrentar qualquer coisa. Hoje, eu não era apenas Júlia, a menina que sempre sonhou com a passarela. Eu era a mulher que estava prestes a se casar com o homem que ama