A balada

ALICE

— Thomas, qual a possibilidade de você pedir comida chinesa para mim?

Ele me olhou com estranheza.

— Cansei, sabe. Eu realmente estou com fome. Você está certo, não estou me alimentando bem.

Entrei na dispensa e fingi procurar o número no quadro.

— Sabe, botei por aqui na dispensa…, mas não acho…

Eu havia planejado isso há muito tempo. Não podia dar errado, não podia. Ele, como o cavalheiro que era, entrou na dispensa comigo para ajudar. Antes que eu pensasse em mudar de ideia, corri e o tranquei na dispensa.

— Alice? — seu tom não era alto. — O que está fazendo? Abra a porta.

— Desculpe, mas não posso. Eu sinto muito. — Antes que eu pudesse escutar o que ele fosse dizer para me convencer do contrário, corri, botei minhas calças, um casaco grande de moletom, e saí.

Seus gritos e batidas na porta foram perdendo força a cada degrau que eu descia para a minha liberdade. Um arrepio percorreu todo o meu corpo quando pisei na boate. Tocava ‘Greatest love of al
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