A mansão estava silenciosa quando entrei, não havia nenhuma criada ou qualquer lupino da guarda. Desconfiei de imediato, não era possível que Daikan ainda estivesse adormecido. Já era quase fim do dia, engoli em seco e resolvi seguir até o quarto. Me senti suja e muito cansada. Já estava quase na porta, quando avistei Kyle do outro lado no corredor ao lado de Elaide. Eu me empertiguei, o olho do macho estava inchado. Na verdade, o rosto dele estava inchado. Sem demora me aproximei, Elaide se empertigou. - uau... O que aconteceu com seu rosto? - nada aconteceu. - sua voz estava muito rígida. - e o que é todo esse roxo e vermelho? Maquiagem? - ele me encarou furioso. - há há, como você é engraçada. Nada aconteceu car*lho. - ele passou por mim cheio de raiva, engoli em seco e me voltei para Elaide. Que ainda estava ali no canto. - vai me contar o que aconteceu? - sinto muito senhora, mas preciso ir. - e logo ela passou por mim, indo atrás dele. Dei de ombros e fui até meu quarto
Tentei evitar o máximo de contato possível com Daikan depois do ocorrido. Eu me senti estúpida, e furiosa com ele de todas as formas possíveis. Nos dias que se seguiram eu procurei chegar o mais cedo possível na mesa, comer e sair em seguida. Passava horas trancada no quarto de Verônica e apenas a noite, já muito tarde que eu voltava para o quarto. Não entendi bem o porquê, eu já estava acostumada a brigar com Daikan e agir como se nada tivesse acontecido depois, mas aquela briga que havíamos tido, parecia diferente. Estava no banheiro tomando um banho longo, e aproveitando para lavar meus cabelos. Quando saí, logo fui para frente da penteadeira me escovar. Quando sem aviso, ele adentrou. Me enrijeci na cadeira, e apenas continuei a descer as escova pelos fios de meus cabelos. Ele se aproximou lentamente e parou ao lado da porta, avistei ele me encarando. Mas não lhe dei atenção. - terá um evento hoje. - novidade. - zombei, ele continuou se aproximando. - não quero discutir M
Olhei rapidamente para Judith, nervosa com toda aquela situação. Não queria que nenhum mal acontecesse com Alesha. - olha Judith... Me escuta, você ainda pode desistir disso! Me libera, eu tento falar com ele.- não, você vai continuar aqui até que eu fale com o alfa pessoalmente. - deixa de ser idiota garota! - estava tentando conter minha raiva e desespero. - Daikan não vai dar o que você quer assim, ele não anda muito bem ultimamente! E ele deixou você ir uma vez, não signifique ele vai ter a mesma benevolência duas vezes! - mas ela parecia não estar se importando.- pensa na sua mãe, ela é uma mulher boa! E não merece sofrer da ira do Daikan, por favor Judith. - novamente, mais um forte estrondo na porta da frente. Já dava para ouvir os cochichos e vozes dos lupinos ao redor da casa. - Mallena? - a voz dele estava gélida, tão baixa que parecia ter entrado em meu sangue. Ele estava possesso de ódio.- D... - antes que eu pudesse falar, o macho pôs a mão em minha boca me impedin
Estava caída no chão, sentindo meu corpo inteiro ainda tremendo. As lágrimas estavam secas em meu rosto, minha garganta estava ardendo como fogo de tanto ter gritado. O cheiro da fumaça impregnava a rua, entrava em minhas narinas mas parecia não mais fazer efeito. Senti sua mão estacionando em minhas costas e me sobressaltei, me colocando de pé em um salto. Olhei para ele rapidamente, seu rosto estava normal. Como se nada tivesse acontecido. Novamente, o macho tentou me tocar. Mas comecei a lhe dar vários tapas, e vários socos. Os lupinos que estavam ao redor não olharam para nós. O macho ficou imóvel me encarando, eu não tinha mais palavras. - vamos para casa. - novamente tentou me puxar, mas eu me debati. Uma fúria descontrolada tinha me tomado. - f*da-se, você vem. - ele me deu as costas enquanto fazia um gesto de cabeça para um lupino que estava ao lado. - você matou ela. - minha voz saiu rouca, quase sussurrada. Ele parou enfim. - ela sequestrou você. - Alesha. - eu não se
Nem sabia mais por quanto tempo estava correndo. Já nem sentia mais meus pés, estavam tão doloridos que pareciam ter sido anestesiados. Eu ainda ouvia alguns sons estranhos ao meu encalço, mas naquele momento sabia que podia ser minha imaginação. Corri até um parque botânico que ficava quase no fim da cidade, me escondi dentro das árvores. Ainda muito ofegante, meu peito subia e descia. Escorreguei contra uma árvore, até cair no chão. Minha cabeça estava girando, e eu continuei ouvindo os sons estranhos ao meu redor. Mal vi o que havia ao meu redor, minha cabeça estava falhando aos poucos. - não... Não... Acorde! - bati em minha própria cabeça e respirei fundo. Uma forte náusea me atingiu, e meu corpo todo teve um solavanco. Quando sem demora, eu pus toda a comida que eu havia ingerido para fora. Comecei a vomitar sem parar, até mesmo a água eu pus para fora. Quando parei, comecei a tremer com muito frio. Me encolhi em meus próprios joelhos, tentando me aquecer. mas uma brisa mai
Eu estava no fim da cidade, dentro da floresta. Olhando para todas as direções possíveis, esperando o momento de ser atacada por alguma coisa. Ouvi som de galhos quebrando, peguei um pedaço de madeira que estava próximo de mim e ergui pronta para tudo. Me sobressaltei e senti um forte alívio, quando avistei Verônica e Kyle. Corri ao encontro de minha irmã, e lhe dei um forte abraço apertado. - você está bem? - ela me questionou nervosa enquanto checava cada pedaço do meu corpo. - eu estou, e você? - também. - Kyle se aproximou segurando uma mala, o fitei. Verônica se pôs ao meu lado. - precisamos sair daqui agora, Daikan vai colocar todos os lupinos da cidade atrás de você. - engoli em seco. - certo. - Verônica franziu o cenho. - esperem, mas para onde vamos? - Kyle conhece um lugar bem afastado daqui onde podemos ficar. - ela sorriu com escárnio. - ele? Você confia nele agora? - o macho se aproximou furioso. - escuta aqui fêmea, eu estou aqui ajudando, não estou? O que mai
Me empertiguei ao lado de minha irmã, aquele macho tinha um terrível ar confuso para mim. Não consegui entender o que ele realmente queria, mas com certeza não iria pagar para ver. Notei que Verônica já estava se acordando, e me voltei para ele. Que ainda olhava para mim. - vocês... - quem é você, e o que quer? Olhei rápido para os lados, mas onde estava Kyle? Ele sorriu de leve. - já disse, sou Evil. E o que quero... Teria um pouco de água? Estou andando há algumas horas e estou sedento. - ele estendeu as mãos para se esquentar na fogueira, olhei de relance para Verônica. Que estava com os olhos arregalados, apenas fiz um gesto com a cabeça para que ela não fizesse nada errado. - tem lagos por aqui, por quê não bebeu por lá? - eu vi a fogueira, achei que vocês poderiam ter água potável, sabe como é. - seus olhos verdes continuaram em mim. Olhei para a mala que estava ao lado, logo tirei de lá uma pequena garrafa e joguei para ele. Que pegou sem dificuldade. - sua água, pode i
Caminhamos por algumas longas horas, entre a floresta e os bosques. A noite se tornou dia, e Kyle parecia cada vez mais furioso com Evil em seu ombro. Engoli em seco, eu precisava saber se aquele macho estava falando a verdade. - o nome desse infeliz, como é mesmo? - Evil. - está brincando comigo. - o encarei. - não, não estou. Ele disse que era Evil. - "Evil" "maldade" fala sério. Não pude evitar sorrir um pouco com seu comentário. - eu também acho estranho, mas... Cada um com seu gosto. - logo avistei grandes rochas à nossa frente. - ali, ele disse que era depois de rochas. - isso pode significar qualquer coisa Mallena. - franzi o cenho, ele se colocou ao meu lado e sem demora pôs Evil ainda desacordado, no chão. - fiquem aqui com ele, eu vou na frente para checar se não há guardas ou qualquer coisa do tipo. Ele não pode viver completamente sozinho, se é que está falando a verdade. - revirei os olhos e assenti, logo o macho partiu na frente. Fiquei ao lado do corpo de Evi