Michele estava perdendo a razão ao ouvi-lo!- Pare de falar isso! Michele ficou louca ao ouvi-lo dizer aquelas coisas.- É a verdade! Você me satisfazia, mas é ela que eu amo! Ele disse olhando-a nos olhos, ele precisava dizer tudo que estava entalado em sua garganta.- Mentira! Mentira! Ela repetia enfurecida, seus olhos estavam vermelhos de raiva, ela não suportava ouvi-lo dizer que amava Alana.- Acredite! Me arrependo muito de tudo que fiz. E estou pagando muito caro por isso! Ele disse dirigindo estrada a fora, seu peito doía em pensar que entregou Alana, de mãos beijadas, para Edgard.- Porque está fazendo isso comigo? Você não pode amar Alana! Porque ela? Porque todo mundo gosta dela? O que ela tem? Ela berrava descontrolada.- Ela é gentil, pura, linda ... meu Deus como eu pude ser tão imbecil! Ele disse socando o volante, enquanto imagens de Alana, com os olhos tristes, invadiam sua mente, quanto ele a magoou.- Não! Você não pode! Michele pulou nele, que não esperava pelo at
Edgard riu ao ouvi-la falar.- Eu sei de tudo, já te disse. Ele falou beijando-a em seguida.- Edgard, alguém pode entrar. Ela disse o empurrando gentilmente.- Está certo, já está indo para casa? Ele perguntou.- Ainda vou ficar mais um pouco, acabei atrasando o trabalho.- Está bem então. Venho te buscar mais tarde.Enzo saiu furioso da floricultura, ele estava desesperado só foi atrás de Alana porque não tinha mais a quem recorrer.Então resolveu apelar para o bom coração dela, como sempre.Quando ele a chantageava, dizendo que ela era filha, que era para o bem da família, ela sempre cedia, mas agora parecia que isso não a afetava mais.Em casa, ele estava sentado em seu escritório, bebendo, de repente a porta se abre e Letícia entra.- Preciso de férias, quero ir para a Suíça. Ela disse.- Você está louca? Ele disse furioso e continuou.- A empresa está à beira da ruína, não tenho mais a quem recorrer e você quer tirar férias na Suíça? Você deveria arrumar um emprego como sua irmã
Enzo saiu da sala de Edgard sem decidir, foi até o balcão de bebidas e começou a beber. Ele pensava em tudo que já tinha enfrentado, não tinha nada quando jovem, até que se apaixonou por Natália, mãe de Alana.Eles se casaram, mesmo contra a vontade dos pais dela, mas depois quando Alana nasceu, os pais dela cederam e deu a Natália sua herança, ela por sua vez deu a ele para começar a empresa.Com a ajuda dela e de sua família, ele cresceu, até que encontrou Luíza em uma de suas viagens a Florença.Ele havia bebido muito e acabou passando a noite com ela, porém não ficou só naquela noite, todas as vezes que ele viajava a Florença ela o procurava e os dois ficavam juntos.Tempos depois ela apareceu dizendo estar grávida, querendo que ele se divorciasse de Natália.Enzo nunca pensou em deixar Natália, mas enquanto estava em uma de suas viagens recebeu a notícia que Natalia havia sofrido um grave acidente.Ele nunca se perdoou, tudo indicava que ela estava a caminho de Florença.Quan
Na casa dos Veronese, Enzo chegou com um envelope nas mãos. Luíza o esperava.- Onde esteve? Ela perguntou de forma ríspida.Enzo não respondeu, apenas jogou sobre a mesa de centro, o envelope que estava em suas mãos.- Temos um mês para nos mudar. Ele disse se virando e seguindo em direção a escada.- O que está dizendo? Luíza perguntou, apanhando o envelope rapidamente.Em silencio Enzo caminhou pesadamente até seu quarto, precisava tomar um banho.No quarto ele foi até o closet, abriu o cofre e tirou um envelope, tirou seu conteúdo observando-os, lágrimas se formaram em seus olhos, escorrendo por suas bochechas.Um tempo depois ele ouviu os gritos de Luiza, ele guardou novamente as coisas dentro do envelope, o deixando no cofre.Entrou no banheiro rapidamente e trancou a porta.- Como você pôde? Luíza subia as escadas com o contrato de venda da casa nas mãos.Do lado de fora do banheiro ela esbravejava, Enzo deitado na banheira fingia não ouvi-la.Letícia que vinha chegando, ao abr
Luíza e Letícia estavam determinadas a acabar com o casamento de Alana. Todos os dias Letícia aparecia no cassino e fazia questão de ser vista por Edgard, sempre forçava algum contato com ele.Edgard estava em sua sala no meio da tarde, quando Letícia entrou sem bater.Seus olhos estavam vermelhos e um odor etílico se misturava ao seu doce.- Quem te deixou entrar? Edgard se levantou irritado.- Não tem ninguém ali fora. Ela disse se aproximando da mesa dele.- Luigi? Edgard o chamou.Luigi havia saído, tinha conseguido informações do departamento de transito sobre o acidente que matou a mãe de Alana. Letícia que estava esperando o melhor momento para ficar a sós com Edgard o viu sair e aproveitou.- Saia da minha sala! Vou proibir sua entrada no cassino.- Porque esta raiva? Eu lhe fiz alguma coisa? Ela disse com a voz chorosa chegando ainda mais perto dele, que se afastou e caiu sentado na cadeira, que estava atrás dele.Ela aproveitou e se jogou sobre ele. – Me beije Edgard, quer
Edgard chegou em Florença e foi direto para a mansão, seu pai o esperava, ao lado dele também estava Giancarlo.Por algum motivo Edgard não se sentiu confortável com aquela cena.Ele abraçou seu pai e cumprimentou Giancarlo com um aperto de mão, há muito os dois já não tinham a proximidade de tio e sobrinho.- Acho que devíamos deixar nossas diferenças para trás. Giancarlo lhe disse.- Não tenho diferença com o senhor meu tio, apenas fui atacado gratuitamente.- Eu sei que tínhamos divergências, mas meu filho agora está morto, devemos deixar essas diferenças no passado.- Como o senhor desejar.Edgard encerrou o assunto, tinha pressa, ainda ia na agência de trânsito pegar o relatório sobre o acidente de Natália. O que Luigi tinha pedido antes de seu casamento, somente agora tinha ficado pronto.- Quer dar uma volta comigo pela cidade? Ele perguntou ao pai, que aceitou, pois entendeu que Edgard queria falar com ele a sós.Enquanto dirigia, Edgard pensava se devia mesmo deixar as coisa
Alana estava aflita, é claro que ela queria sair dali, mas também tinha medo que algo pudesse acontecer com Edgard, da outra vez ele tinha sido ferido.- Fique quieta aqui e não cause problemas. A pessoa disse se levantando para sair.Contra a luz Alana viu a silhueta da pessoa, era alta e corpo aparentemente esguio, a voz estava abafada pela máscara, ela não conseguia reconhecer.- Vamos ver se ele se importa mesmo com você. A Voz disse trancando a porta e a escuridão tomou conta novamente do lugar.O coração de Alana estava apertado, ela não conseguia ser feliz, um desespero a consumia, sempre acontecia algo para tirar sua paz.Desde pequena era assim, vivia uma vida feliz com sua mãe. As duas estavam em casa quando alguém lhe entregou um pacote, Alana se lembrava disso, estava na sala brincando.Depois que sua mãe abriu o pacote, ela pegou algumas peças de roupa sua em uma bolsa e a deixou na sua madrinha.Ela não voltou para buscá-la, aquela foi a última vez que Alana viu sua mã
Alana estava com o corpo todo dolorido, por causa dos solavancos do carro, ela era jogada de um lado para outro, ora ou outra sua cabeça batia contra o assoalho.O tempo todo ela se perguntava para onde a estavam levando e o que iam fazer com ela, também estava preocupada com Edgard.Edgard esperava por uma nova ligação, precisava rastrear a chamada para localiza-la. Já era madrugada quando seu telefone tocou.- Onde você está? Me deixe falar com ela! Edgard exigiu.- Calma! Se atender minhas exigências, poderá ficar com ela. A voz disse.- O que você quer? Seu dinheiro já está preparado, o que mais você quer?- A polícia! Deixe a polícia fora disso, se eu desconfiar que você avisou alguém eu a mato!- Não se preocupe, a polícia não está sabendo de nada.- Ótimo, mas quero que venha sozinho, sei que você tem muitos homens. Venha sozinho e desarmado.- Que garantia terei que você não vai machucá-la?- Te dou minha palavra.- E eu devo confiar em quem rapta garotas indefesas?- Ela não