Fred não estava acostumado a ser rejeitado desde muito jovem, sempre esteve entre os mais populares de sua escola e também da pequena cidade onde viveu. Na faculdade ele chegou como promessa do time de futebol, as garotas o perseguiam, brigavam entre si para ficar com ele e ganhar seu coração, aquele coração que ele não daria a ninguém. Ele, na verdade, gostava de curtir e aproveitar sua juventude e popularidade, para colecionar "mulheres". Desde que chegou ele nunca foi rejeitado e também nunca precisou correr atrás de ninguém. Isabelle com seu jeito impetuoso e impulsivo, não deu-lhe moral e ainda o enfrentou na frente de todos, ferindo sua estima e colocando em "xeque" sua popularidade. Ele e Rafael. Bom, quando Rafael chegou para cursar Direito na faculdade, Fred já estava na faculdade há um ano. Logo que Rafael chegou, chamou a atenção de muita gente, mesmo discreto e às vezes até introvertido. Os professores o elogiavam por sua inteligência. As garotas o perseg
Isabelle tentou disfarçar suas preocupações. - Não é nada. - Mesmo? Quer sair? - Eu não sei... - Quero te levar no mercado de Borough Market. Já foi lá? - Não, ainda não. - Quer ir? - Está bem, vou me arrumar. Ela disse um pouco mais animada. Enquanto tomava seu banho, pensava em Rafael. Quando ele chegou, ela ainda não tinha descido, então ele mandou uma mensagem. "Já estou aqui embaixo". Isabelle estava preocupada, mas quando recebeu a mensagem seu coração palpitou, ela espirrou um pouco de perfume no ar e passou correndo por baixo da nuvem que se formou. Deixou o vidro sobre a cama, passando a mão em sua bolsa, saiu apressada e ansiosa. Rafael a aguardava encostado no carro, vestia uma jaqueta de couro e camiseta de gola alta, ambas de cor preta, calça jeans escura. O coração de Isabelle disparou quando o viu, parecia tão sexy encostado no carro de forma despretenciosa. Ela escolheu um vestido reto um pouco acima dos joelhos, era quadriculado fundo preto ele tinha
Rafael achou que Isabelle tinha algum problema, o pouco que a conhecia, era alguém muito alegre e espirituosa, suas emoções sempre pareciam estar a flor da pele.- Não te conheço? Há algo que você queira dizer?- Não é nada demais, eu só estou preocupada e se não der certo? Somos diferentes e ...- Você está com medo de sua família não me aceitar ou algo assim?- É que minha familia não é comum e ...- E você acha que não irão me aceitar por não ser rico como você?- Eu não disse isso, não é questão de dinheiro, na verdade acho que sua família não vai me aceitar.- Porque não aceitariam?- Eu não sei. Ela disse um pouco triste, ela estava com medo de contar sobre sua familia.- Deixe de bobagem, gosto de você não importa de onde veio.- Mesmo? Ela perguntou com seus olhos brilhando e um sorriso estampou seu delicado rosto.- Sim. Ele respondeu com convicção.Isabelle pulou no pesço dele e beijou seus lábios.Quando ela o soltou. - Essa é a garota que conheço. Rafael disse se referindo
Isabelle passou por Rafael e o ignorou, continuou caminhando com o coração palpitando. Rafael caminhou em direção a Fred, que veio ao seu encontro. -Parece que a ruivinha está zangada. Fred disse, provocando Rafael. Quando passou por Rafael teve seu braço agarrado. - Te aconselho a ficar longe dela. Rafael disse, com um tom ameaçador. - Você está interessado nela? - O que estou ou não, não é da sua conta. É um aviso. Fred ficou olhando para as costas de Rafael que seguiu no sentido contrário do que tinha vindo. Antes de entrar na sala ele mandou uma mensagem para Isabelle. " O que aquele imbecil te disse?" - Isabelle viu a mensagem dele, quando já estava dentro da sala, então não respondeu. Quando saiu no fim da aula, antes que alcançasse a calçada teve seu braço agarrado por Fred. Isabelle se assustou e torceu seu pé, quase veio ao chão, pois se desequilibrou. Para não cair se agarrou a camiseta de Fred, ele a segurou com um sorriso malicioso nos
Com o pé dela levemente encostado em seu joelho, ele passou o spray, Isabelle se assustou soltando um gritinho quando a líquido gelado tocou sua pele. Rafael não conseguiu evitar o riso. Isabelle ficou emburrada, vendo que ele parecia se divertir com seu sofrimento. Depois com jeito pegou a faixa e cuidadosamente a enrolou em seu tornozelo. Ele não pode deixar de notar, quão delicados eles eram. Quando olhou para cima viu uma garota, que parecia uma criança, com um bico e os olhos cheios de lágrimas. -Não fique assim, logo estará novinho em folha. Ele disse, brincando com ela. Depois ele colocou a bota e a ajudou a ficar em pé.- E então? Ele perguntou. - Acho que você seria um ótimo ortopedista. Ela brincou. - Fique quietinha aqui vou fazer alguma coisa para você comer. Isabelle obedeceu, do sofá ela o via lidando na cozinha muito concentrado. Ela estava tão absorta, o observando, que se assustou quando seu telefone começou a fazer barulho na bolsa. Ela se esticou e
Rafael estava se sentindo divertido. - Pronto. Ele disse se virando e esticando a mão pedindo a toalha. Ele saiu do banheiro depois de colocar a toalha onde ela pudesse alcançá-la. Enquanto tomava banho, Isabelle pensava, ela não tinha roupas limpas, como ia se enxugar sentada naquele banquinho e depois como iria se vestir? Começou se arrepender de não ter pedido para sua mãe vir ajudá-la. Estava se sentindo humilhada, Rafael acabaria vendo-a nua. Só de pensar suas bochechas esquentaram e algo atormentou seu estômago. Rafael foi até a cozinha e colocou os pratos sobre a mesa . Isabelle, terminou seu banho, se esticou um pouco para pegar a toalha, a alcançou, e começou a se secar, depois olhou para os lados pensando em como ia se levantar e sair. Rafael depois que colocou a mesa voltou à porta do banheiro. - Está tudo bem ai? Ele perguntou. - Sim, eu só... - Precisa de ajuda para sair. Ele disse abrindo a porta. Isabelle se apressou em se cobrir com a toal
Rafael a encarou incrédulo. -Tem certeza? - Sim, eu fico de um lado e você de outro, além disso e se eu precisar de algo? Rafael ponderou. - Está certo. Então os dois foram para a cama, ele a carregando no colo. Nenhum dos dois olhou seus celulares, o que tinha eram mensagens, perguntando e comentando sobre o ocorrido na saída da faculdade. Suas amigas não viram pessoalmente o que aconteceu, mas as fotos de Rafael saindo com ela no colo depois de desferir o soco no rosto de Fred, estava em todos os grupos de mensagens da faculdade. Quando se deitou, Isabelle estava tensa, parecia respirar com dificuldade. Rafael sentia o suave perfume, que exalava dos cabelos da garota. Isabelle estava deitada olhando para o teto, Rafael também. Ela estava se sentindo estranha, desconfortável, então se virou, Rafael parecia tenso, seu maxilar, perfeito, parecia contraído. Isabelle o olhou na penumbra, apenas uma claridade sutil, das luzes que vinham da rua e da lua, pass
Rafael colocou as mãos ao lado do corpo dela, para se apoiar, enquanto ela estava praticamente pendurada em seu pescoço. As coisas estavam esquentando novamente, Isabelle sentia seu coração bater forte. Rafael variava entre a razão e a emoção. Queria mais, mas sua razão dizia que devia se segurar, ainda era muito cedo e ela, jovem e inexperiente. Ele, lutando contra suas emoções e desejos, se afastou dela, que ofegante ainda ficou com os lábios entreabertos, como se esperasse por mais. - Vou tomar um banho rápido, volto logo para preparar o café. Isabelle assentiu com a cabeça e um sorriso tímido, ainda estava se recuperando do beijo e da avalanche de sensações que experimentou há pouco. Rafael tomou banho e acalmou os ânimos. Depois que saiu, foi até a cozinha, a garota estava no mesmo, olhava o celular com um pouco de perplexidade. - O que há ? Ele perguntou. - Nada. Ela disse querendo esconder o celular novamente. - Vai me dizer ou vou ter que pegar