Nilton respondeu: — Foi exatamente como o Presidente Mendes ordenou. Fausto, já irritado, dos bilhões iniciais, agora só restavam trezentos milhões, não seria isso uma falta de palavra? Ele foi furioso ao encontro de Ramon para argumentar. No entanto, Ramon havia acabado de terminar uma reunião com o Presidente Ethan. Quando Ethan o viu, deu a ele um sorriso constrangido e partiu sem cumprimentá-lo. Em comparação com Fausto, ele preferia cooperar com Ramon. Fausto não proferiu nada desagradável, pois antes de assinar o contrato, não se podia mencionar quebra, todos pertenciam ao mesmo círculo e não havia necessidade de tornar os encontros constrangedores. Ele ainda tinha uma visão do todo. Quando o Presidente Ethan se afastou, Fausto finalmente falou: — Presidente Mendes, você não vai cumprir sua palavra? Ramon caminhou em direção ao escritório, com Fausto o seguindo, reclamando: — O preço foi você quem estipulou, e agora você só oferece trezentos milhões, o qu
Ramon finalmente fixou seu olhar em Fausto, percebendo que ele estava irritado por causa da pintura. Se ele queria ficar irritado, que assim fosse! Ramon falou com calma: — Queime essa pintura. "Daniela a pintou para ele? Ótimo, que se transforme em cinzas!" Fausto ficou sem palavras. Ele estava tão irritado que não conseguia falar, era realmente demais! Nilton ligou para alguém para cuidar da situação e aproveitou para expulsar Fausto novamente: — Sr. Fausto, por favor, vá embora. Fausto estava furioso, com o peito subindo e descendo de raiva, mas incapaz de se expressar! No entanto, o que mais o irritou foi que, não sabendo se Nilton havia feito de propósito, no momento em que ele saiu da empresa, viu a pintura sendo queimada! Dizer que estava irritado era pouco para descrever seus sentimentos naquele momento. Fausto questionou: — Nilton, Ramon gosta da Daniela? Ele não conseguia entender por que Ramon não estava irritado, portanto, só havia uma explicação.
Daniela se surpreendeu. "Será que Ramon veio? Ele poderia ter ouvido o que Fausto acabou de dizer?" Ela olhou para a porta e viu que quem entrou foi Berta, o que a fez suspirar aliviada. Fausto observou todas as expressões de Daniela. Ela realmente tinha tanto medo de Ramon? Mas fazia sentido, até ele não era páreo para Ramon, dava para imaginar o quanto Daniela sofria nas mãos dele. Era normal ela ter medo, pensou Fausto consigo mesmo. Berta lançou um olhar cauteloso para Fausto e colocou a comida na mesa, dizendo para Daniela: — Sra. Mendes, você precisa descansar. Daniela percebeu que Berta não gostava de Fausto e disse sorrindo: — Está bem, eu sei. Ela realmente se importava com Berta, porque Berta era realmente boa para ela. Daniela então disse a Fausto: — Fausto, vou almoçar agora, não há comida extra para você, é melhor você ir. Fausto mexeu os lábios. "Por que sinto que hoje, onde quer que eu vá, sou expulso, e os subordinados de Ramon são todos iguais
Ramon não se mexeu. Daniela abriu os olhos e piscou: — Você quer comer o meu, não é? — Antes que Ramon pudesse responder, ela continuou. — Eu bebi da sopa, tem saliva. Ramon disse: — Não me importo que você tenha bebido dela. Daniela ficou extremamente surpresa, seu queixo quase caiu! "Isso ainda é o Ramon que eu conheço? Quando ele começou a ser tão desleixado?" Ela segurava a tigela, como se temesse que Ramon a roubasse. Não porque ele beberia daquela tigela, mas porque era a que ela tinha bebido, e ela realmente se sentia envergonhada de oferecê-la a Ramon. Eles ainda não estavam em um ponto em que poderiam compartilhar uma tigela! — Seu rosto está vermelho? — Ramon riu baixo. — Está envergonhada? Isso é muito inocente. Daniela tocou seu rosto e contestou: — Quem está vermelha? Eu não estou, não fale besteira. Ramon não discutiu com ela, mimadamente disse: — Está bem, se você diz que não, então não está. O coração de Daniela apertou, e seu olhar se tornou
Ramon olhou de cima a baixo o entregador, fixando seu olhar no grande buquê de rosas que ele segurava. "Essas flores são para quem? Para Daniela?" Nesse momento, Daniela, curiosa, esticou o pescoço e perguntou: — Quem está na porta? Sentindo o frio emanar de Ramon, o entregador respondeu cautelosamente: — Por favor, a Srta. Vieira está aqui? Sou um entregador da entrega local e tenho um pacote para a senhora. Poderia assinar aqui, por favor? — Quem te mandou trazer isso? — Perguntou Daniela. O entregador respondeu: — Foi um tal de Sr. Ribeiro. O olhar de Daniela imediatamente se voltou para Ramon, cujos traços faciais estavam tensos. Embora ela visse apenas seu perfil lateral, era possível sentir seu descontentamento. Ela sabia que Ramon já havia adivinhado que foi Fausto quem enviou. Ela sabia que Ramon ficaria irritado, mas mesmo assim permitiu que o entregador trouxesse o item para dentro. O entregador, tremendo, se esgueirou ao lado de Ramon e entregou o gra
Ela baixou suavemente os olhos. — Dona Berta, arrume as coisas para ela. — Disse Nilton. Berta começou a arrumar as roupas que Daniela usava no hospital. Não eram muitas, e ela terminou rapidamente, enquanto Nilton levava a cadeira de rodas. Berta ajudou Daniela a se sentar. Nilton se aproximou, como se temesse que Daniela pudesse fugir. Ao ver toda aquela movimentação, Berta sentiu que algo estava errado e perguntou baixinho: — Sra. Mendes, você irritou o Sr. Ramon novamente? — Daniela não respondeu, apenas consentiu com o silêncio. — Por quê? Berta não compreendia como Daniela podia ter desavenças com Ramon. "Agora que ela é a Sra. Mendes, invejada por todos, por que ela sempre tem que irritar Ramon?" Berta realmente não entendia e isso a desagradava. Daniela começou a falar: — Porque... Ela ainda não havia terminado de falar, quando viu Nilton pisar nas rosas que Fausto havia enviado, as esmagando no chão, e disse a Daniela: — Isso também foi ordenado pelo
O médico não respondeu de imediato, mas indagou: — Onde está sua família? Verônica, que estava ao lado, se apressou em responder: — Sou eu, eu sou sua esposa. Quanto menos alguém possuía, mais deseja ter. Verônica era assim, temendo perder qualquer oportunidade de se afirmar, apesar de ser amante, declarava abertamente que era a esposa de Getúlio. Verônica perguntou: — Doutor, a doença do meu marido não é grave, certo? O médico respondeu: — Não é grave, não precisa se preocupar excessivamente. Vou prescrever um medicamento e ele precisará realizar outro exame. O médico redigiu uma receita e entregou ela a Getúlio, dizendo: — Vá, deixe sua esposa aqui. Getúlio percebeu que o médico estava tentando afastá-lo, então disse: — Doutor, fale diretamente comigo, não oculte nada, eu posso lidar com isso. O médico, visivelmente desconfortável, silenciou por um instante e declarou: — Está bem. — Ele revisou os resultados dos exames novamente e anunciou. — Você tem um t
Ela não experimentou nenhuma flutuação emocional devido a essas circunstâncias. A iniciativa foi de Fausto, ele se arriscou a fazê-lo, certamente estava preparado para enfrentar Ramon. Se ele não se tivesse preparado e, por isso, tivesse causado um grande prejuízo, só se poderia concluir que ele era insensato. — Você não tem nada a dizer sobre o homem de quem você gosta estar nesta situação tão trágica? — Ramon observava a expressão de Daniela. Embora Fausto tivesse explicado, ele não acreditou completamente. Ele mostrou isso a Daniela porque queria testar sua atitude. Depois de saber o que havia acontecido, Daniela não se importou, o que confirmou as palavras de Fausto. O que ele disse devia ser verdadeiro, se Daniela realmente gostasse de Fausto, como ela poderia não estar angustiada agora que ele enfrentava tal dificuldade? Por não gostar dele, ela não se importava. Embora o que ela e Fausto tivessem era fictício, o fato de ela querer se divorciar era real. Ela realmente est