O médico não respondeu de imediato, mas indagou: — Onde está sua família? Verônica, que estava ao lado, se apressou em responder: — Sou eu, eu sou sua esposa. Quanto menos alguém possuía, mais deseja ter. Verônica era assim, temendo perder qualquer oportunidade de se afirmar, apesar de ser amante, declarava abertamente que era a esposa de Getúlio. Verônica perguntou: — Doutor, a doença do meu marido não é grave, certo? O médico respondeu: — Não é grave, não precisa se preocupar excessivamente. Vou prescrever um medicamento e ele precisará realizar outro exame. O médico redigiu uma receita e entregou ela a Getúlio, dizendo: — Vá, deixe sua esposa aqui. Getúlio percebeu que o médico estava tentando afastá-lo, então disse: — Doutor, fale diretamente comigo, não oculte nada, eu posso lidar com isso. O médico, visivelmente desconfortável, silenciou por um instante e declarou: — Está bem. — Ele revisou os resultados dos exames novamente e anunciou. — Você tem um t
Ela não experimentou nenhuma flutuação emocional devido a essas circunstâncias. A iniciativa foi de Fausto, ele se arriscou a fazê-lo, certamente estava preparado para enfrentar Ramon. Se ele não se tivesse preparado e, por isso, tivesse causado um grande prejuízo, só se poderia concluir que ele era insensato. — Você não tem nada a dizer sobre o homem de quem você gosta estar nesta situação tão trágica? — Ramon observava a expressão de Daniela. Embora Fausto tivesse explicado, ele não acreditou completamente. Ele mostrou isso a Daniela porque queria testar sua atitude. Depois de saber o que havia acontecido, Daniela não se importou, o que confirmou as palavras de Fausto. O que ele disse devia ser verdadeiro, se Daniela realmente gostasse de Fausto, como ela poderia não estar angustiada agora que ele enfrentava tal dificuldade? Por não gostar dele, ela não se importava. Embora o que ela e Fausto tivessem era fictício, o fato de ela querer se divorciar era real. Ela realmente est
— Solte minha mão. — Daniela lutou, dizendo em voz baixa. Ramon não soltou, envolvendo sua mão suave em sua palma e se inclinando para beijar sua boca. Normalmente, Daniela resistiria, mas, desta vez, ela estava surpreendentemente calma, não o empurrou e até mesmo fechou os olhos! Ela nunca havia, como naquele momento, ficado tão tranquila para sentir o cheiro de uma pessoa, sentir o que um beijo trazia ao seu coração. O beijo dele era macio, apaixonado, intenso. Era irresistível! Pela primeira vez, Daniela estava tão submissa, e Ramon queria mais, não estava satisfeito apenas com beijos. Seu beijo se aprofundava cada vez mais, tentando aos poucos tomá-la por completo, seus dedos deslizavam por seu colo, abrindo o colarinho de sua roupa, enquanto as alças caíam, e um arrepio percorreu o peito de Daniela, só então ela percebeu o que Ramon estava fazendo. Ela voltou a si do beijo, apressadamente se esquivando: — Não pode... Ramon, com um olhar embriagado, disse: — Você
Assim que entrou, ele gritou, abrindo a boca e a chamando de "irmã", falando de uma maneira bastante íntima. Daniela não demonstrou nenhuma expressão no rosto, nem se perturbou com o apelido.Daniela perguntou:— Você queria me ver? O que aconteceu?— Você é médica, com certeza conhece muitos especialistas competentes. Poderia encontrar alguém? Meu pai está muito doente, é grave, se ele não for operado logo... Ele pode não sobreviver muito tempo. — Caio falou isso com um soluço na voz.Um rapaz alto e aparentemente radiante, naquele momento parecia bastante desgastado.O coração de Daniela se apertou. Ela tinha suas suspeitas, mas ouvir isso ainda foi um choque.— O que os médicos disseram? Qual é a doença? — Ela perguntou, com a voz baixa.— Câncer cerebral, maligno, já se espalhou para os pulmões. — Disse Caio.Daniela ficou chocada:— Como assim?— Irmã, se você tem contatos, ajude a encontrar um bom médico para o pai, talvez ainda haja chance de cura. — Caio disse, ansiosamente.No
O funcionário repetiu mais uma vez e acrescentou uma explicação:— Este é um cartão sem limites, disponível apenas para contas com mais de dez bilhões depositados.A maioria das pessoas que podiam comprar uma máquina de café de topo de linha eram ricas, e o jovem, trabalhando na loja, já havia visto muitas dessas pessoas e entendia um pouco sobre o mundo dos ricos.Daniela ficou pasma.Ela se lembrou das palavras de Ramon, que tinha dito "compre o que você quiser".Agora, ela finalmente entendeu o significado daquelas palavras, mas... Como ela poderia aceitar tanto dinheiro de Ramon?O funcionário embalou as coisas, e Berta as pegou.— Seu cartão. — Disse o funcionário, entregando a ela o cartão com ambas as mãos.Daniela o pegou, e, mesmo sendo apenas um cartão, ela sentiu como se fosse muito pesado, pesado demais para segurar.Ramon tinha dito que gostava dela, mas ela sempre considerou isso uma brincadeira, nunca levou a sério.Se não fosse verdade, como ele poderia dar a ela um car
Ao sair da casa do especialista, ela voltou para a mansão. Ao chegar, se aconchegou no sofá, perdida em pensamentos. Estava pensando se deveria contar a Jandaia sobre o assunto. Afinal, Getúlio e Jandaia estavam casados e viveram juntos mais de vinte anos, ela sentia que Jandaia tinha o direito de saber. Ela tirou o celular do bolso, pronta para ligar para Jandaia, quando o celular vibrou com um vídeo enviado por ele, acompanhado por duas mensagens. No vídeo, Anjinho usava um macacão azul, com cabelos negros e olhos brilhantes girando sem parar, sem saber para onde olhar, parecendo extremamente adorável. [Anjinho já completou um mês, cresceu vários centímetros, está pesando quase 4kg, você não acha que ele engordou?] [Você não acha que Anjinho se parece com você?] Desde que Daniela entrou em contato, Jandaia soube que Daniela havia escapado do controle de Fausto, mas agora havia sido encontrada por Ramon, então ainda não poderiam se reunir. Daniela disse a Jandaia que
Caio gaguejou:— Você... Você não disse que não salvaria papai? Por que ainda veio ao hospital?Daniela falou friamente:— Eu vim para remover o gesso.— Realmente, você é cruel e impiedosa! — Exclamou Caio, começando a xingar."Getúlio quer ver ela, mas ela é tão impiedosa!"Berta disse:— Nossa Sra. Mendes já é boa o suficiente, caso contrário, ela não teria vindo...— Dona Berta. — Daniela interrompeu Berta. Ela não precisa justificar suas ações para ninguém, especialmente não para o filho de Verônica!Caio podia pensar o que quisesse, ela não precisava se importar com suas opiniões e pensamentos!No quarto do hospital, Getúlio deve ter ouvido a voz e chamou:— É você, Dani?Daniela apertou os lábios e respondeu:— Sou eu.Getúlio disse:— Entre, eu tenho algo para dizer a você.Daniela não queria entrar e disse:— Você fique tranquilo e se recupere.— Dani! — Getúlio enfatizou. — Você realmente quer que eu me levante para ir até você?— Pai, não chame ela! Ela é uma pessoa extremam
— Chega! — Repreendeu Getúlio.Verônica soltou um risinho desdenhoso, ignorando as palavras de Getúlio, e advertiu Daniela:— Você já se casou, esqueça as propriedades da família Vieira, elas são de Caio.— Eu ainda não morri e você já está pensando na herança? Você está me amaldiçoando para morrer? — Furioso, questionou Getúlio.Se ele não vivesse muito, seria culpa de Verônica!Com um semblante frustrado, Verônica deu a ele um tapinha nas costas:— O que você está dizendo? Você é meu apoio.Ela realmente não queria que Getúlio morresse, ela ainda não tinha convencido Getúlio a fazer um testamento!Daniela lançou um olhar para Verônica, percebendo sua cobiça pela fortuna da família Vieira, mas sem intervir, saiu do quarto do hospital e disse para Berta:— Vamos embora.Berta a empurrou.O gesso em sua perna havia sido removido, e o médico disse que em alguns dias ela poderia tentar caminhar, mas ainda não estava apta para fazer exercícios intensos, como correr, pular corda ou qualquer