Ramon sussurrou baixinho: — Eu sofro mais do que você. Ele estava com dor no coração! Ele acariciava gentilmente o canto dos olhos dela, com ternura e fervor: — Você se casou comigo, agora é minha, é o nosso destino, você deve cumprir o dever de uma esposa. Anteriormente, ele desprezava a palavra destino, ele não acreditava muito nisso. Mas agora ele acreditava no destino com Daniela, acreditava que havia um destino entre eles. Aquela foi a noite de seu casamento, mesmo que ele não tenha ido ao encontro dela, eles ainda se tornaram marido e mulher naquela noite, e tiveram relações sexuais. Isso não seria um destino predestinado? Daniela soluçava suavemente. Se não fosse porque ela teve um filho, ela estaria disposta a cumprir sua promessa a Cassiano, não importava se Ramon gostava ou não dela, se ele a tratava bem ou mal, ela ainda manteria o casamento. Mas agora a situação era que ela tinha um filho, e esse filho não era de Ramon. Se Ramon soubesse, dada a sua pe
— Eu realmente preciso dizer algo, senão vou me sentir muito mal. — Calisto interrompeu primeiro. Ramon ponderou por um momento e, sem mais palavras, deu seu consentimento tácito. Calisto também não se atreveu a avançar, apenas ficou ao lado da porta, olhando para Daniela: — Você me diz, a Bianca me deixou porque realmente gosta de outro homem? Daniela nunca perguntou, e Bianca nunca lhe disse. Ela falou a verdade: — Eu não sei. Calisto achou que ela estava mentindo para ele, ela sempre teve contato com Bianca, como poderia não saber sobre a situação dela? Calisto disse: — Eu acho que fui bom para você, por que você está me escondendo algo? Daniela respondeu: — Eu realmente não estou escondendo nada de você. Calisto ainda não acreditava, se encostou na porta e se sentou no chão. Daniela nunca tinha visto Calisto daquele jeito. Ele, que era uma pessoa alegre sempre, parecia tão abatido, e isso a afetava também. Calisto era uma boa pessoa, e foi bom para ela
No entanto, como Ramon poderia ouvir o que ela dizia? Ele se aproximou, se sentou à beira da cama dela, então se deitou. Daniela teve que se mover para dentro, deixando espaço, senão ele a esmagaria. — Esta cama é tão pequena, não dá para duas pessoas dormirem. — Sussurrou Daniela. Ramon se virou e a abraçou, enterrando a cabeça em seu pescoço: — Marido e mulher devem dormir juntos. Daniela ficou sem palavras. Ela estava tensa, sem se atrever a se mover! Ramon estava muito perto. O local onde suas peles se tocavam parecia estar em chamas, sua pele estava ficando vermelha e quente, enquanto a respiração quente caía uma após a outra no local sensível atrás de sua orelha, deixando ela extremamente nervosa. Sua garganta estava seca, e ela disse baixinho: — Você pode parar de me abraçar assim? Ramon disse, de maneira abafada, em seu pescoço: — Não. Depois disso, não houve outro movimento, e logo o som de sua respiração regular foi ouvido. Daniela ficou sem palavr
Bianca hesitou, querendo falar, mas sem saber por onde começar, como se fosse difícil se expressar. Daniela era paciente e não a pressionava. Ela sabia que Bianca precisava de tempo para falar sobre suas próprias questões. O relógio na parede tiquetaqueava, o tempo continuava passando. Bianca disse: — Dani... Você sabe da família do Calisto, nossas famílias têm origens muito diferentes. A mãe de Calisto sabia que estava namorando com ele, ela veio falar comigo... Daniela perguntou: — A mãe dele pediu para vocês se separarem? Ela tentou te convencer a deixar o Calisto com dinheiro, como nos dramas de TV? Daniela também sabia que a família de Calisto era muito rica! — O que você está pensando? — Originalmente, o humor de Bianca estava baixo, mas com essa interrupção de Daniela, ela relaxou bastante! Bianca falou francamente para Daniela: — Ela não usou dinheiro para me influenciar, ela disse que esperava que a esposa do Calisto fosse alguém que pudesse ajudá-lo. Ela f
Nilton respondeu: — Foi exatamente como o Presidente Mendes ordenou. Fausto, já irritado, dos bilhões iniciais, agora só restavam trezentos milhões, não seria isso uma falta de palavra? Ele foi furioso ao encontro de Ramon para argumentar. No entanto, Ramon havia acabado de terminar uma reunião com o Presidente Ethan. Quando Ethan o viu, deu a ele um sorriso constrangido e partiu sem cumprimentá-lo. Em comparação com Fausto, ele preferia cooperar com Ramon. Fausto não proferiu nada desagradável, pois antes de assinar o contrato, não se podia mencionar quebra, todos pertenciam ao mesmo círculo e não havia necessidade de tornar os encontros constrangedores. Ele ainda tinha uma visão do todo. Quando o Presidente Ethan se afastou, Fausto finalmente falou: — Presidente Mendes, você não vai cumprir sua palavra? Ramon caminhou em direção ao escritório, com Fausto o seguindo, reclamando: — O preço foi você quem estipulou, e agora você só oferece trezentos milhões, o qu
Ramon finalmente fixou seu olhar em Fausto, percebendo que ele estava irritado por causa da pintura. Se ele queria ficar irritado, que assim fosse! Ramon falou com calma: — Queime essa pintura. "Daniela a pintou para ele? Ótimo, que se transforme em cinzas!" Fausto ficou sem palavras. Ele estava tão irritado que não conseguia falar, era realmente demais! Nilton ligou para alguém para cuidar da situação e aproveitou para expulsar Fausto novamente: — Sr. Fausto, por favor, vá embora. Fausto estava furioso, com o peito subindo e descendo de raiva, mas incapaz de se expressar! No entanto, o que mais o irritou foi que, não sabendo se Nilton havia feito de propósito, no momento em que ele saiu da empresa, viu a pintura sendo queimada! Dizer que estava irritado era pouco para descrever seus sentimentos naquele momento. Fausto questionou: — Nilton, Ramon gosta da Daniela? Ele não conseguia entender por que Ramon não estava irritado, portanto, só havia uma explicação.
Daniela se surpreendeu. "Será que Ramon veio? Ele poderia ter ouvido o que Fausto acabou de dizer?" Ela olhou para a porta e viu que quem entrou foi Berta, o que a fez suspirar aliviada. Fausto observou todas as expressões de Daniela. Ela realmente tinha tanto medo de Ramon? Mas fazia sentido, até ele não era páreo para Ramon, dava para imaginar o quanto Daniela sofria nas mãos dele. Era normal ela ter medo, pensou Fausto consigo mesmo. Berta lançou um olhar cauteloso para Fausto e colocou a comida na mesa, dizendo para Daniela: — Sra. Mendes, você precisa descansar. Daniela percebeu que Berta não gostava de Fausto e disse sorrindo: — Está bem, eu sei. Ela realmente se importava com Berta, porque Berta era realmente boa para ela. Daniela então disse a Fausto: — Fausto, vou almoçar agora, não há comida extra para você, é melhor você ir. Fausto mexeu os lábios. "Por que sinto que hoje, onde quer que eu vá, sou expulso, e os subordinados de Ramon são todos iguais
Ramon não se mexeu. Daniela abriu os olhos e piscou: — Você quer comer o meu, não é? — Antes que Ramon pudesse responder, ela continuou. — Eu bebi da sopa, tem saliva. Ramon disse: — Não me importo que você tenha bebido dela. Daniela ficou extremamente surpresa, seu queixo quase caiu! "Isso ainda é o Ramon que eu conheço? Quando ele começou a ser tão desleixado?" Ela segurava a tigela, como se temesse que Ramon a roubasse. Não porque ele beberia daquela tigela, mas porque era a que ela tinha bebido, e ela realmente se sentia envergonhada de oferecê-la a Ramon. Eles ainda não estavam em um ponto em que poderiam compartilhar uma tigela! — Seu rosto está vermelho? — Ramon riu baixo. — Está envergonhada? Isso é muito inocente. Daniela tocou seu rosto e contestou: — Quem está vermelha? Eu não estou, não fale besteira. Ramon não discutiu com ela, mimadamente disse: — Está bem, se você diz que não, então não está. O coração de Daniela apertou, e seu olhar se tornou