Depois do almoço com Noah, liguei para o Hospital Esperança em busca de notícias sobre a bebê que encontramos ontem. A atendente, no entanto, não podia me fornecer informações detalhadas. Sugeriu que eu fosse pessoalmente, então decidi falar com o senhor Ismael e pedir para sair mais cedo.— Uau! Você encontrou um bebê, isso daria uma boa matéria. Sabe que os leitores adoram esse tipo de caso. – O senhor Ismael comentou, visivelmente animado.— Preferiria não me expor no momento. O senhor poderia me liberar para ir ao hospital? – Perguntei, esperando sua compreensão.— Claro, Avah. Vá e depois pode ir para casa. Sei que minha filha anda pegando no seu pé, ainda mais depois que descobriu sobre os planos que tenho para você.Agradeci e arrumei minhas coisas, enquanto Cláudia observava tudo com curiosidade.— Quem pode... Pode, gata. – Ela comentou.— Quem pode é você que está saindo com o chefe. – Falei baixinho em seu ouvido, fazendo-a gargalhar.— Touché.Me despedi dela e fui para o
Maria Alice saiu tarde na noite anterior, e Noah ainda não havia retornado quando, exausta, acabei adormecendo. Ao despertar na manhã seguinte, percebi que Noah não estava por perto. Desci as escadas à sua procura e o encontrei no sofá, perdido em pensamentos. — O que houve para fazer o grande Noah pensar? – Brinquei, mas ele apenas me encarou sério. — Hoje não estou muito para gracinhas. – Ele respondeu, num tom mais sério do que o habitual. — Não precisa me dar patada. – Reclamei, e ele se desculpou. — Foi mal, Pimentinha, minha cabeça só está cheia. Como está a bebê? Cheguei tarde ontem e não consegui conversar com você. Olhei para ele, tentando decifrar o que se passava em sua cabeça. Conversamos brevemente, e eu contei sobre a pequena viagem que faria com a Maria Alice. Não mencionei o motivo real, sabendo que ele ficaria preocupado e insistiria em vir junto. O dia na redação foi tranquilo, e na hora do almoço, Fábio compartilhou alguns desdobramentos sobre o relacionamento
Noah SchmidtA casa estava silenciosa, e eu me via imerso em pensamentos solitários. Avah havia saído com Maria Alice, e sem ela, estava me sentindo solitário. Decidi ligar para Aaron; mesmo sabendo que suas piadas sarcásticas eram inevitáveis, talvez ele conseguisse tirar um pouco da melancolia que pairava sobre mim. Disquei seu número, e após alguns toques, ele atendeu.— E aí, irmãozinho! Qual é a boa? – Ele perguntou.— E aí, Aaron. Só precisava falar com alguém, sabe como é.Ele fez uma piada para aliviar a tensão, e eu ri genuinamente. Era isso que eu precisava.— Então, o que você precisa, Noah? Aproveita que hoje estou bonzinho?— Pensei em tomar um drink, irmão. O que acha?— Onde está a Avah? Por que não se desgrudam desde sempre.Contei a ele sobre a viagem dela com a amiga, e então ele concordou em me encontrar no bar para bebermos um pouco. Desliguei o celular e me arrumei; depois, chamei um carro de aplicativo e fui para o bar. Quando cheguei, meu irmão já estava à minha
Ao entrar na casa dos meus pais, fui envolvido pelo aconchego familiar que sempre me acolhia. — Noah, meu filho, que bom que você veio! – Minha mãe exclamou, abraçando-me apertado.— Oi, mãe. Como estão as coisas por aqui?— Tudo ótimo. Seu pai está na sala assistindo ao jogo, vá lá cumprimentá-lo. Aproveitei para dar um beijo na testa da minha mãe antes de seguir para a sala de estar, onde meu pai estava concentrado na partida de futebol na televisão.— E aí, velho? Como está indo o jogo?Ele desviou a atenção por um momento para me cumprimentar.— Noah, meu rapaz! Estávamos esperando por você. Estou só esperando meu time ganhar para começarmos o almoço.— Sabe que seu time nunca ganhará. – Meu pai me encarou e eu gargalhei.Me juntei a ele e assistimos ao jogo o time dele levou um gol, ele me encarou e desligou a televisão dizendo que eu estava dando azar. Começamos a conversar sobre o trabalho na empresa e minha mãe surgiu na sala nos mandando parar de falar de trabalho e rapida
— Você vai precisar se manter abaixada. – Maria Alice para a mulher. Passei a coberta para ela que se cobriu como se buscasse proteção da realidade perturbadora. Ofereci água e um sanduíche, permitindo que ela recuperasse um pouco das forças antes de começarmos a desvendar o que parecia ser um labirinto de mentiras e tragédias.— Como você se chama? – Perguntei à mulher. — Eu sou Emily de Lucca, meu marido me trancou naquele lugar horroroso e vocês quem são? — Você é a falecida esposa? – Minha amiga perguntou e Emily a encarou confusa. — Como assim? Esposa falecida? – Peguei meu celular e mostrei a ela que leu a matéria abismada. Emily encarou o celular com incredulidade ao ler a matéria que noticiava sua própria morte. A expressão de confusão e choque em seu rosto me fez perceber que ela estava alheia ao que estava acontecendo fora daquele galpão soturno. Maria Alice e eu nos entreolhamos, cientes de que a situação estava se tornando mais complexa a cada minuto.— Fabricio enlou
No dia seguinte enquanto tomávamos café Emily nos contou mais sobre o seu cativeiro e as figuras misteriosas que a visitavam enquanto estava presa, a curiosidade sobre quem seriam começou a nos consumir. Enquanto Noah e Mali continuavam a discutir estratégias para expor Fabricio, eu me concentrei em entender o papel dessas pessoas no cativeiro de Emily. — Emily, você nunca soube quem eram essas pessoas? – perguntei, tentando desvendar mais um mistério dessa história. — Nunca. Eu pedia, implorava por respostas, mas eles mantinham silêncio. A única coisa que sabia é que o homem aparecia com comida e água, e a mulher vinha com roupas limpas e ajudava nos cuidados básicos. – Emily parecia frustrada por não ter conseguido descobrir mais sobre esses enigmáticos visitantes. Noah olhou para Maria Alice e depois para mim, compartilhando a perplexidade sobre quem poderiam ser essas pessoas. Decidimos que, além de expor Fabricio, também precisávamos investigar essa parte obscura da história.
Ao retornar da farmácia, encontrei o trio envolto em uma conversa animada. Maria Alice, Emily e Noah compartilhavam risadas, formando um vínculo que, de alguma forma, amenizava a tensão que pairava sobre nós. Segurei a sacola da farmácia nas mãos, observando-os por um momento antes de me juntar a eles.— Voltei, pessoal! Trouxe a tinta para o grande momento da transformação. – Anunciei, mostrando a tintura que comprei para Maria Alice. Ela arqueou as sobrancelhas, curiosa.— Transformação? Do que estão falando? – Perguntou, lançando um olhar de expectativa para Emily.— Emilly, você está pronta para deixar de ser loira? – Maria Alice questionou com um sorriso malicioso.— Bem, a cor natural do meu cabelo é preta, então acho que sim. – Emily respondeu, revelando um pouco sobre si mesma.Entreguei a tintura para Maria Alice, e o olhar entre todas nós se tornou cúmplice. Por um momento, Emily ficou olhando para o horizonte, perdida em pensamentos. Então, ela quebrou o silêncio com uma pe
Ao chegar à redação na manhã seguinte, a curiosidade dos meus colegas estava estampada em seus rostos. Meus colegas de redação perguntaram o que havia acontecido comigo e eu disse que estava indisposta. — Hum! Isso não é gravidez? – Bianca me encarou e neguei. — Não! Era uma indisposição por conta da viagem que fiz no final de semana. — Poxa! Pensei que teríamos outro bebezinho para comemorar, mas não. – Ela me encarou e eu revirei os olhos e fui para a minha mesa. Liguei meu computador e iniciei meus trabalhos, tinha muita coisa acumulada, droga! Faltei um dia e parece que fiquei um mês fora, com meia hora de trabalho, estava sentindo o meu pescoço enrijecido então levantei para esticar as pernas e quando fui para a área do café Fábio e Claudia se aproximaram de mim, eles tinham sorrisos maliciosos e me perguntei o motivo. — O vampiro te mordeu? – Claudia perguntou e a olhei sem entender. — A noitada foi boa, pois você está com um chupão enorme. – Coloquei a mão no meu pescoço