Noah SchmidtA casa estava silenciosa, e eu me via imerso em pensamentos solitários. Avah havia saído com Maria Alice, e sem ela, estava me sentindo solitário. Decidi ligar para Aaron; mesmo sabendo que suas piadas sarcásticas eram inevitáveis, talvez ele conseguisse tirar um pouco da melancolia que pairava sobre mim. Disquei seu número, e após alguns toques, ele atendeu.— E aí, irmãozinho! Qual é a boa? – Ele perguntou.— E aí, Aaron. Só precisava falar com alguém, sabe como é.Ele fez uma piada para aliviar a tensão, e eu ri genuinamente. Era isso que eu precisava.— Então, o que você precisa, Noah? Aproveita que hoje estou bonzinho?— Pensei em tomar um drink, irmão. O que acha?— Onde está a Avah? Por que não se desgrudam desde sempre.Contei a ele sobre a viagem dela com a amiga, e então ele concordou em me encontrar no bar para bebermos um pouco. Desliguei o celular e me arrumei; depois, chamei um carro de aplicativo e fui para o bar. Quando cheguei, meu irmão já estava à minha
Ao entrar na casa dos meus pais, fui envolvido pelo aconchego familiar que sempre me acolhia. — Noah, meu filho, que bom que você veio! – Minha mãe exclamou, abraçando-me apertado.— Oi, mãe. Como estão as coisas por aqui?— Tudo ótimo. Seu pai está na sala assistindo ao jogo, vá lá cumprimentá-lo. Aproveitei para dar um beijo na testa da minha mãe antes de seguir para a sala de estar, onde meu pai estava concentrado na partida de futebol na televisão.— E aí, velho? Como está indo o jogo?Ele desviou a atenção por um momento para me cumprimentar.— Noah, meu rapaz! Estávamos esperando por você. Estou só esperando meu time ganhar para começarmos o almoço.— Sabe que seu time nunca ganhará. – Meu pai me encarou e eu gargalhei.Me juntei a ele e assistimos ao jogo o time dele levou um gol, ele me encarou e desligou a televisão dizendo que eu estava dando azar. Começamos a conversar sobre o trabalho na empresa e minha mãe surgiu na sala nos mandando parar de falar de trabalho e rapida
— Você vai precisar se manter abaixada. – Maria Alice para a mulher. Passei a coberta para ela que se cobriu como se buscasse proteção da realidade perturbadora. Ofereci água e um sanduíche, permitindo que ela recuperasse um pouco das forças antes de começarmos a desvendar o que parecia ser um labirinto de mentiras e tragédias.— Como você se chama? – Perguntei à mulher. — Eu sou Emily de Lucca, meu marido me trancou naquele lugar horroroso e vocês quem são? — Você é a falecida esposa? – Minha amiga perguntou e Emily a encarou confusa. — Como assim? Esposa falecida? – Peguei meu celular e mostrei a ela que leu a matéria abismada. Emily encarou o celular com incredulidade ao ler a matéria que noticiava sua própria morte. A expressão de confusão e choque em seu rosto me fez perceber que ela estava alheia ao que estava acontecendo fora daquele galpão soturno. Maria Alice e eu nos entreolhamos, cientes de que a situação estava se tornando mais complexa a cada minuto.— Fabricio enlou
No dia seguinte enquanto tomávamos café Emily nos contou mais sobre o seu cativeiro e as figuras misteriosas que a visitavam enquanto estava presa, a curiosidade sobre quem seriam começou a nos consumir. Enquanto Noah e Mali continuavam a discutir estratégias para expor Fabricio, eu me concentrei em entender o papel dessas pessoas no cativeiro de Emily. — Emily, você nunca soube quem eram essas pessoas? – perguntei, tentando desvendar mais um mistério dessa história. — Nunca. Eu pedia, implorava por respostas, mas eles mantinham silêncio. A única coisa que sabia é que o homem aparecia com comida e água, e a mulher vinha com roupas limpas e ajudava nos cuidados básicos. – Emily parecia frustrada por não ter conseguido descobrir mais sobre esses enigmáticos visitantes. Noah olhou para Maria Alice e depois para mim, compartilhando a perplexidade sobre quem poderiam ser essas pessoas. Decidimos que, além de expor Fabricio, também precisávamos investigar essa parte obscura da história.
Ao retornar da farmácia, encontrei o trio envolto em uma conversa animada. Maria Alice, Emily e Noah compartilhavam risadas, formando um vínculo que, de alguma forma, amenizava a tensão que pairava sobre nós. Segurei a sacola da farmácia nas mãos, observando-os por um momento antes de me juntar a eles.— Voltei, pessoal! Trouxe a tinta para o grande momento da transformação. – Anunciei, mostrando a tintura que comprei para Maria Alice. Ela arqueou as sobrancelhas, curiosa.— Transformação? Do que estão falando? – Perguntou, lançando um olhar de expectativa para Emily.— Emilly, você está pronta para deixar de ser loira? – Maria Alice questionou com um sorriso malicioso.— Bem, a cor natural do meu cabelo é preta, então acho que sim. – Emily respondeu, revelando um pouco sobre si mesma.Entreguei a tintura para Maria Alice, e o olhar entre todas nós se tornou cúmplice. Por um momento, Emily ficou olhando para o horizonte, perdida em pensamentos. Então, ela quebrou o silêncio com uma pe
Ao chegar à redação na manhã seguinte, a curiosidade dos meus colegas estava estampada em seus rostos. Meus colegas de redação perguntaram o que havia acontecido comigo e eu disse que estava indisposta. — Hum! Isso não é gravidez? – Bianca me encarou e neguei. — Não! Era uma indisposição por conta da viagem que fiz no final de semana. — Poxa! Pensei que teríamos outro bebezinho para comemorar, mas não. – Ela me encarou e eu revirei os olhos e fui para a minha mesa. Liguei meu computador e iniciei meus trabalhos, tinha muita coisa acumulada, droga! Faltei um dia e parece que fiquei um mês fora, com meia hora de trabalho, estava sentindo o meu pescoço enrijecido então levantei para esticar as pernas e quando fui para a área do café Fábio e Claudia se aproximaram de mim, eles tinham sorrisos maliciosos e me perguntei o motivo. — O vampiro te mordeu? – Claudia perguntou e a olhei sem entender. — A noitada foi boa, pois você está com um chupão enorme. – Coloquei a mão no meu pescoço
Quando entrei na sala, uma figura conhecida me fez arregalar os olhos. Marina, uma amiga da faculdade que não via há muito tempo, estava ali, surpreendendo-me com sua presença.— Marina? É você mesmo? Que surpresa! – Exclamei, sorrindo genuinamente.Ela retribuiu o sorriso, e nos cumprimentamos com um abraço caloroso, relembrando os tempos de festa e risadas na faculdade.— Avah, que bom te ver depois de tanto tempo! Ainda se lembra dos nossos tempos de festa? – Marina perguntou, evocando as memórias de noites longas e divertidas.— Claro, Nina! Como esquecer os bons tempos? – Respondi, sentindo uma onda de nostalgia. — Minha mãe e Mali irão adorar te ver.— Dona Mira ainda está cozinhando?— Só em casa, ela se aposentou. E você, quando voltou para São Paulo? Noah, por que não me falou sobre a Nina?Noah sorriu, revelando a surpresa que preparou.— Queria te fazer uma surpresa, Babyboo. Diz aí se mandei bem pra caramba, não foi? – Ele riu, e minha amiga confirmou balançando a cabeça.
Ao chegar ao restaurante, avistei Fabrício sentado em um canto, parecendo ansioso. Ele me cumprimentou com um sorriso, e eu retribuí, tentando esconder minha inquietação.— Avah, que bom que você veio. Eu realmente precisava conversar com alguém. Minha semana foi um verdadeiro caos. – Ele começou a falar assim que me sentei à mesa.— Claro, Fabrício. Estou aqui para ouvir. O que aconteceu? – Perguntei, tentando parecer calma enquanto minha mente estava em alerta máximo.Ele suspirou, olhando para o nada por um momento antes de responder.— Perdi alguém muito especial esta semana. Meu bichinho de estimação. Você sabe como essas coisas podem ser difíceis.Eu sabia do que ele estava falando, e não era sobre nenhum animal de estimação, mas entrei na dele.— Sinto muito ouvir isso, Fabrício. Perder um bichinho de estimação pode ser devastador. O que aconteceu? – Perguntei, mantendo meu olhar fixo nele.Ele respondeu com uma história que parecia ensaiada, mas meu instinto de repórter gritav