No dia seguinte enquanto tomávamos café Emily nos contou mais sobre o seu cativeiro e as figuras misteriosas que a visitavam enquanto estava presa, a curiosidade sobre quem seriam começou a nos consumir. Enquanto Noah e Mali continuavam a discutir estratégias para expor Fabricio, eu me concentrei em entender o papel dessas pessoas no cativeiro de Emily. — Emily, você nunca soube quem eram essas pessoas? – perguntei, tentando desvendar mais um mistério dessa história. — Nunca. Eu pedia, implorava por respostas, mas eles mantinham silêncio. A única coisa que sabia é que o homem aparecia com comida e água, e a mulher vinha com roupas limpas e ajudava nos cuidados básicos. – Emily parecia frustrada por não ter conseguido descobrir mais sobre esses enigmáticos visitantes. Noah olhou para Maria Alice e depois para mim, compartilhando a perplexidade sobre quem poderiam ser essas pessoas. Decidimos que, além de expor Fabricio, também precisávamos investigar essa parte obscura da história.
Ao retornar da farmácia, encontrei o trio envolto em uma conversa animada. Maria Alice, Emily e Noah compartilhavam risadas, formando um vínculo que, de alguma forma, amenizava a tensão que pairava sobre nós. Segurei a sacola da farmácia nas mãos, observando-os por um momento antes de me juntar a eles.— Voltei, pessoal! Trouxe a tinta para o grande momento da transformação. – Anunciei, mostrando a tintura que comprei para Maria Alice. Ela arqueou as sobrancelhas, curiosa.— Transformação? Do que estão falando? – Perguntou, lançando um olhar de expectativa para Emily.— Emilly, você está pronta para deixar de ser loira? – Maria Alice questionou com um sorriso malicioso.— Bem, a cor natural do meu cabelo é preta, então acho que sim. – Emily respondeu, revelando um pouco sobre si mesma.Entreguei a tintura para Maria Alice, e o olhar entre todas nós se tornou cúmplice. Por um momento, Emily ficou olhando para o horizonte, perdida em pensamentos. Então, ela quebrou o silêncio com uma pe
Ao chegar à redação na manhã seguinte, a curiosidade dos meus colegas estava estampada em seus rostos. Meus colegas de redação perguntaram o que havia acontecido comigo e eu disse que estava indisposta. — Hum! Isso não é gravidez? – Bianca me encarou e neguei. — Não! Era uma indisposição por conta da viagem que fiz no final de semana. — Poxa! Pensei que teríamos outro bebezinho para comemorar, mas não. – Ela me encarou e eu revirei os olhos e fui para a minha mesa. Liguei meu computador e iniciei meus trabalhos, tinha muita coisa acumulada, droga! Faltei um dia e parece que fiquei um mês fora, com meia hora de trabalho, estava sentindo o meu pescoço enrijecido então levantei para esticar as pernas e quando fui para a área do café Fábio e Claudia se aproximaram de mim, eles tinham sorrisos maliciosos e me perguntei o motivo. — O vampiro te mordeu? – Claudia perguntou e a olhei sem entender. — A noitada foi boa, pois você está com um chupão enorme. – Coloquei a mão no meu pescoço
Quando entrei na sala, uma figura conhecida me fez arregalar os olhos. Marina, uma amiga da faculdade que não via há muito tempo, estava ali, surpreendendo-me com sua presença.— Marina? É você mesmo? Que surpresa! – Exclamei, sorrindo genuinamente.Ela retribuiu o sorriso, e nos cumprimentamos com um abraço caloroso, relembrando os tempos de festa e risadas na faculdade.— Avah, que bom te ver depois de tanto tempo! Ainda se lembra dos nossos tempos de festa? – Marina perguntou, evocando as memórias de noites longas e divertidas.— Claro, Nina! Como esquecer os bons tempos? – Respondi, sentindo uma onda de nostalgia. — Minha mãe e Mali irão adorar te ver.— Dona Mira ainda está cozinhando?— Só em casa, ela se aposentou. E você, quando voltou para São Paulo? Noah, por que não me falou sobre a Nina?Noah sorriu, revelando a surpresa que preparou.— Queria te fazer uma surpresa, Babyboo. Diz aí se mandei bem pra caramba, não foi? – Ele riu, e minha amiga confirmou balançando a cabeça.
Ao chegar ao restaurante, avistei Fabrício sentado em um canto, parecendo ansioso. Ele me cumprimentou com um sorriso, e eu retribuí, tentando esconder minha inquietação.— Avah, que bom que você veio. Eu realmente precisava conversar com alguém. Minha semana foi um verdadeiro caos. – Ele começou a falar assim que me sentei à mesa.— Claro, Fabrício. Estou aqui para ouvir. O que aconteceu? – Perguntei, tentando parecer calma enquanto minha mente estava em alerta máximo.Ele suspirou, olhando para o nada por um momento antes de responder.— Perdi alguém muito especial esta semana. Meu bichinho de estimação. Você sabe como essas coisas podem ser difíceis.Eu sabia do que ele estava falando, e não era sobre nenhum animal de estimação, mas entrei na dele.— Sinto muito ouvir isso, Fabrício. Perder um bichinho de estimação pode ser devastador. O que aconteceu? – Perguntei, mantendo meu olhar fixo nele.Ele respondeu com uma história que parecia ensaiada, mas meu instinto de repórter gritav
Noah SchmidtEra um daqueles dias em que o sabor da comida Harab, que normalmente me enchia de alegria, perdeu seu encanto. Sentado no restaurante com Avah, meu estômago estava apertado, e o apetite havia desaparecido no momento em que Amanda cruzou a porta.Quando Amanda apareceu, cumprimentando Avah com sua habitual falsa simpatia, senti meu corpo se enrijecer. Os olhares trocados entre elas pareciam conter uma linguagem própria, que eu conhecia muito bem. Avah, como sempre, não perdeu tempo e, com sua perspicácia, notou minha tensão imediatamente.— Noah, aconteceu alguma coisa? Você está estranho desde que vimos a Amanda. – Ela perguntou, fixando seus olhos penetrantes em mim.— Nada, Babyboo, só estava pensando em algumas coisas. Nada para se preocupar. – Tentei sorrir, desviando o olhar.— Noah? Eu te conheço melhor do que ninguém, o que está havendo com você?— Estou preocupado com o rumo que a sua investigação está tomando, Fabricio é um cara louco e falta pouco para ele cogi
Avah Telles Schmidt Noah estava estranho mais eu confio nele, pois para muitos ele pode ser um idiota, mas eu o conheço muito bem e sei que ele só precisa ouvir que há alguém em seu lado.Estava indo para a cozinha quando minha campainha tocou e me perguntei quem seria, quando abri a porta me surpreendi com minha amiga. — Bom dia amiga, vim assim que você me pediu. – Ela disse entrando. — Criatura, eu perguntei se você poderia me encontrar na hora do meu almoço, não madrugar na minha casa. — Para de ser chata você já está acordada mesmo, bom, o que você quer saber de mim, amiga. Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Mali sempre foi assim, invasiva e impetuosa, mas era impossível ficar brava com ela por muito tempo.Mandei ela sentar no sofá e fui na cozinha buscar um pouco de café para nós quando voltei lá estava ela e Noah implicando um com o outro como sempre, precisei intervir, não demorou muito Noah se despediu e saiu. — Amiga, é impressão ou Noah, está meio est
Chegamos ao orfanato em que a pequena estava, logo fomos recebidos pela diretora do local e que já sabia da nossa visita, ela nos conduziu até o berçário e quando a pequena nos viu ela abriu seu olhinhos curiosos e ficou nos encarando, parece que ela sabia o que fomos fazer ali, perguntei a uma das cuidadoras se eu poderia pegá-la no colo e ela me autorizou. Assim que a peguei a pequena fechou os olhinhos e se aninhou nos meus braços. — Parece que ela gosta mesmo de você. – A cuidadora me disse e concordei. — Mas assim, não querendo parecer racista, longe de mim o racismo, mas por que você não adota um bebê da sua cor, acho que será bem mais fácil para vocês e para ela. — Me conectei a essa pequena desde o dia que a encontrei na lixeira daquele bar, não ligo para o tom de pele. Eu amo essa pequena é o que importa. Noah apareceu, se juntou a mim e quando coloquei a bebê em seus braços ela repetiu o mesmo gesto que tinha feito comigo. Ficamos um bom tempo com ela até que nos disser