Capitulo 02

 Sarah Gilbert                                            

Sabe quando parece que tudo está contra você, pois é, o dia estava muito quente hoje, e pra piorar o ar condicionado pifou, só funcionava na sala do chefe, eu estava com um terninho três peças, que esquentava pra caramba. Podia sentir meu corpo queimando por baixo dessa roupa, mas estou firme, era o que eu pensava, quando me levantei pra levar a agenda do SR.Guzman senti minha pressão cair.

- Bo.o.m dia Sr.Guzmam, sua agenda de hoje está a..qui. espera só um minutinho- Coloco o ipad em cima da mesa e coloco minhas mãos sobre a testa, numa tentativa inútil de me acalmar, vi o Sr.Guzman se levantar e vir até mim numa velocidade impressionante.- Eu tô bem.

Foi o que disse antes de cair nos braços do meu chefe, não tem como fica pior , ele agiu de forma rápida tirando meu terno e me deixando somente de peças íntimas, seus olhos pousaram nas marcas da violenta que sofri ontem, pois é, piorou

- Quem fez isso com você?- ele indagou preocupado

- E.eeu cai- tentei mentir nervosa!

- Vou perguntar de novo- Ele falou de forma autoritária - QUEM FEZ ISSO COM VOCÊ?- dessa vez sua voz ficou grossa, fazendo com que eu estremecesse.

- Foi só uma briga com meu namorado, nada demais!- soltei por fim.

Ele então me colocou sobre seu sofá e pegou um lençol fino que ficava em uma gaveta da sua estante, me cobriu, aumentou o ar e foi até a porta.

- Descanse, eu não demoro.- sua voz carregada de ódio. 

- Onde vai?- perguntei sonolenta.

- Vou ensinar seu EX-namorado babaca a como se trata uma mulher.- respondeu de forma sombria

Não consegui prestar atenção em mais nada, só desmaiei, rezando pra que ele não fizesse uma loucura.

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Gustavo Martinez

 Acordo no chão, todo mijado e com uma baita dor de cabeça, as cenas de ontem vieram como um flash na minha mente, e uma pergunta martelou em minha cabeça. Como eu tive a coragem de fazer aquilo com minha mulher? Olhei para os lados e não encontrei nada que era dela.

 Eu não podia culpa-la, eu fui o babaca da história, tudo por insegurança. A um mês atrás Sarah foi a um desfile com Rafael Guzman, naquela noite ela estava glamorosa, apesar de não vê-la com tanta frequência eu me esforçava para manter algo acesso entre nós, lembro de ter feito amor com ela depois que a mesma chegou, mas nossa alegria acabou ai.

 No dia seguinte os jornais estampavam os dois como um belo casal, Sarah nem fez alarde, só disse que a mídia ama um alarde, mas daqui a pouco esqueceriam. Mas de lá para cá o problema só aumentou, e as especulações também, logo fiquei conhecido pelo cifre. Eu já tinha certos problemas com bebidas, em uma dessas vezes que enchi a cara dei um tapa em Sarah, mas prometi a ela e a mim mesmo que nunca mais beberia ou levantaria a mão, pelo visto quebrei as duas promessas.

 A uma semana atrás recebi uma ligação do meu sogro, o homem é incrivelmente nojento quando o assunto é paternidade, e justamente por isso ele e meu pai são melhores amigos. Tive o desprazer de ouvi-lo chamar a própria filha de vadia e dizer que eu devia deixa-la grávida assim ela criaria vergonha e pararia de sentar no chefe.

 E foi assim que eu extrapolei e fiz merda, agora estou aqui perdido, sem rumo, tentando encontrar um jeito de recuperar minha mulher e sair desse buraco em que me enfiei.

 Arrumei tudo e me limpei, depois segui o rumo em busca de Sarah, deixaria a empresa por último, lá não é lugar para esse tipo de conversa. Mas quando voltei para casa fui cercado por um grupo de fortes homens, que me imobilizaram e jogaram meu corpo dentro de

 Arrumei tudo e me limpei, depois segui o rumo em busca de Sarah, deixaria a empresa por último, lá não é lugar para esse tipo de conversa. Mas quando voltei para casa fui cercado por um grupo de fortes homens, que me imobilizaram e jogaram meu corpo dentro de um porta-malas. O medo me consumiu, ninguém ouvia meus gritos, e eu não conseguia enxergar nada, só torci para que eu ficasse bem, mas no fundo eu sabia, aquele era o meu fim.

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  Rafael Guzman 

                                                     

Juntei alguns homens e vim até a casa da minha mulher, antiga casa. Fui informado que ela passou a noite no sótão, ela nunca mais vai voltar aqui, ela vai estar onde deveria desde que a vi, nossa casa. Fui desperto dos meus pensamentos com os seguranças colocando o pau no cu dentro do porta malas, vou levá-lo pro galpão da máfia e o torturar de várias formas. Ele tocou no que é meu, agrediu minha mulher e a humilhou!

Assim que o carro parou eu desci e fui na frente, escutando os gritos, ameaças e carcarejos do verme. Quando entro vejo a sala já pronta e o Kay, meu melhor amigo e braço direito, me esperando.

- Esse é o vagabundo que ousou machucar minha mulher, mande que preparem os porcos, hoje eles comeram bem!- Kay e eu não tínhamos segredos, ele sabia de Sarah e me apoiou do mesmo jeito que eu o apoiei quando encontrou Camilla, minha prima e esposa dele.

Algemei o traste do Gustavo em pé, fiz questão de deixar bem apertado, pra doer mesmo, em seguida retirei o saco que repousava em sua cabeça. Assim que ele viu a mim e ao cenário sua expressão mudou, vi o desespero em seu olhar, o que me causou uma alegria extrema, quanto mais medo ele tiver, mais dor vai sentir.

- O que tá acontecendo cara? Você não é o chefe da Sarah? Viu ela, não consegui encontrá-la!- Filho da Puta.

- Não conseguiu por que ela fugiu de você desgraçado.- Vi a surpresa em seus olhos- Achou que ninguem perceberia as marcas? agora me fala, foi satisfatório bater em alguém inofensivo ao seu ver? Se sentiu o machão? Vamos ver se você é tudo isso.

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