Solange se afastou para dar passagem a Geraldo, que acompanhado por seus empregados e Sandra, entrou na sala. O olhar gelado de Solange percorreu o rosto de Sandra, que os seguia com uma expressão de inocência.Geraldo se aproximou de Durval e disse: - Você é Durval?- Sou eu. - Respondeu Durval.Geraldo, de forma fria, continuou: - Esta Srta. Sandra denunciou um estupro em sua casa. Precisamos que você coopere e venha à delegacia para investigação.- Claro, sem problema. Vou trocar de roupa primeiro. - Disse Durval.Geraldo observou o pijama quebrado de Durval e afirmou: - Você pode trocar, mas precisamos levar esse pijama como evidência.- Está bem. - Durval levantou-se e dirigiu-se ao seu quarto, enquanto Geraldo lançou um olhar e um de seus subordinados seguiu para o quarto.Logo depois, Durval voltou com uma roupa casual e o pijama já estava ensacado pelos policiais.- Vamos. - Disse Geraldo, pronto para levar Durval.Ao ver Durval prestes a ser levado, Solange exclamou com pre
- Entendido.A posição do Consórcio do Cabo era bem conhecida por todos. A sede na Província Q sozinha possuiu recursos e poder suficientes para adquirir os principais meios de comunicação em vídeo curto. Se considerasse também os recursos e a força da sede no exterior, não havia muitos oligarcas, nem mesmo internacionalmente, que pudessem rivalizar com Consórcio do Cabo. Solange tinha confiança suficiente para afirmar isso.Mas isso não era tudo, Solange continuou: - Aviso aos influenciadores e a mídia, se ousarem falar sobre o Consórcio do Cabo, o Consórcio do Cabo fará com que eles desapareçam para sempre da internet.- Sim.- Departamento de Informações.- Aqui. - O chefe do Departamento de Informações se levantou para responder.Solange disse com firmeza: - Contrate imediatamente um grande número de comentaristas falsos, elabore mensagens convincentes e esteja pronto para contra-atacar qualquer possível repercussão. Qualquer comentário prejudicial ao Consórcio do Cabo ou ao che
Geraldo ficou em silêncio por um momento e disse: - Parece que você não está admitindo.- Isso não é verdade, por que eu deveria admitir? - Durval respondeu. - Duas declarações totalmente opostas. Com certeza alguém estar mentindo aqui e mentir neste caso tem consequências muito graves. - Geraldo disse.- Eu sei que é sério, mas quem está dizendo a verdade não é exatamente o que vocês deveriam confirmar? - Durval disse.Geraldo deu um sorriso frio e disse: - Certamente vamos confirmar e você também terá que ser responsável pelo que disse.- É claro que vou, eu confio em você como alguém justo e responsável. - Durval disse com um sorriso.Geraldo ficou em silêncio, as mulheres geralmente não mentiam naquelas situações, então ele estava inclinado a acreditar em Sandra. No entanto, Durval estava tão calmo e confiante que poderia estar falando a verdade.A situação parecia complicada e exigiria algum recurso técnico.Após um momento, Geraldo disse: - Alguma coisa mais para acrescentar
- Diretor Geraldo, do que você está falando? - Solange perguntou, parecendo confusa.Geraldo resmungou: - O Ministro Francisco apareceu e Consórcio do Cabo é realmente poderoso.- Não é bem assim, foi apenas uma coincidência. Não tire conclusões precipitadas. - Solange sorriu.Geraldo estava fervendo de raiva. Esse não era um insulto à inteligência?Tão conveniente assim?Aconteceu do Ministro Francisco aparecer para inspeção e eles coincidentemente se encontraram na porta. Francisco até estendeu a mão cumprimentando. Não era uma encenação óbvia? Como se pensasse que ele fosse um tolo.Solange se aproximou, dizendo:- Diretor Geraldo, eu vim garantir a liberdade condicional de Durval. Por favor, cooperem.- Ele não pode sair por enquanto. - Geraldo respondeu com frieza.Solange franziu a testa, dizendo: - Diretor Geraldo, você sabe qual é o apelido do departamento jurídico do Consórcio do Cabo?- Que apelido é esse? - Geraldo perguntou.Solange disse com um sorriso:- As pessoas brin
Durval deu um sorriso leve e disse: - Geraldo é um bom policial, eu acredito que ele vai esclarecer tudo.Solange ficou surpresa. Ela ainda estava chateada com Geraldo, mas como Durval poderia elogiá-lo assim?Depois de refletir, ela percebeu que Geraldo não estava errado, ele estava apenas fazendo seu trabalho. Além disso, ele não demonstrava nenhum interesse quando ela buscava ajuda de Francisco, mostrando-se um homem de boa índole em termos de ética profissional.Durval disse a Solange: - Está bem, vá trabalhar. Eu sempre disse que a verdade e a mentira têm seu próprio caminho e as mentiras não resistem à verificação.Solange só pôde concordar e saiu para o Consórcio do Cabo, onde muitas pessoas, incluindo ela mesma, mal tinham dormido. Era hora de planejar os próximos passos, não era momento para relaxar....Edifício do Grupo Silva.Lorena estava sentada em seu escritório, sentindo-se sobrecarregada.Nos últimos dias, só recebia notícias sobre a suspensão das renovações bancária
Otília sentiu-se um pouco culpada, mas não poupou palavras: - O que há? Ele cometeu um crime e foi preso. Ele ainda pode culpar os outros?Lorena olhou para Otília, balançando a cabeça e dizendo:- Você ainda não entendeu o tamanho do poder que ele tem. Se você realmente fez isso, vá se desculpar agora, esclareça os fatos. Talvez ainda haja esperança para a nossa família.- Não fiz nada disso, não tenho nada a ver com isso. - Disse Otília com pressa, virando-se e saindo.Mas Lorena já havia concluído que sua mãe estava envolvida.No entanto, ela conhecia bem a personalidade da sua mãe. Fazê-la admitir um erro seria mais difícil do que escalar o céu.Lorena suspirou fundo, desanimada, afundando-se na cadeira. A família Silva, provavelmente, estava perdida....Durval deixou todos os problemas para trás e se dirigiu a um mercado matinal a alguns quilômetros de distância.Era ainda antes das nove da manhã, o mercado estava agitado. Os produtos ali eram mais frescos e variados do que os d
Durval deu-lhe um sorriso, partindo com o carro. Enquanto isso, Solange olhava para as quatro pratos e a sopa, com uma expressão preocupada, sua vontade de comer desapareceu completamente.Não demorou muito para Durval chegar à Ilha do Horizonte, nos subúrbios do sul. Um retiro de lazer construído pela família Novais com investimento de bilhões, tornando-se famoso na Cidade X com vegetação exuberante, paisagens e hotéis estilo pousada.Durval estacionou o carro e dirigiu-se à ponte de acesso. No centro da Ilha do Horizonte, um grupo de pessoas já estava reunido. Sentado em uma cadeira no meio estava um homem de cerca de sessenta anos, Carlos Novais, o patriarca da família Novais, seus olhos em formato de amêndoa penetrantes e brilhantes. Atrás dele, estavam seus dois filhos, Abílio e Tiago. À sua direita e à sua esquerda, estavam sentadas as famílias Ramos e Valente, ambas pertencentes à nobreza estabelecida na Cidade X. As duas famílias, embora veneráveis, não possuíam a mesma a
Durval olhou ao redor das quatro mesas, vendo que todos olhavam para ele com desprezo, como se ele já fosse um cadáver. Seus olhos então pousaram em Tiago e ele disse: - Você já consegue liberar a verdadeira energia. No mundo da arte marcial, isso é considerado um sucesso modesto.- Que arrogância. - Felipe se levantou de repente, apontando para Durval. - Liberação de verdadeira energia, nas suas palavras, é apenas um sucesso modesto. Pergunto-me em que nível você está.- Eu? - Durval balançou a cabeça. - Não tenho muita certeza.- Sem mais delongas, Tiago, acho que não precisamos discutir com ele. Um soco seu resolverá. - Samuel falou.Tiago resmungou, avançando em direção a Durval.Durval franzindo a testa disse: - Tiago, escute meu conselho, não se jogue na morte.- Presunçoso. - Tiago ficou furioso e os outros também.Naquele cenário, ele ainda se atrevia a falar tão insolentemente. Isso significava que ele não respeitava em nada as três antigass famílias. Era bastante arrogante