Durval franziu a testa, vestido casualmente, se sentia realmente deslocado naquele ambiente. Mas o comentário daquele sujeito era um pouco excessivo, não?Ele lançou um olhar rápido para Solange, pensando em pedir-lhe alguma explicação, mas ela já estava subindo para o segundo andar com um homem e uma mulher, claramente para discutir algum assunto.Durval então disse ao homem:- Sou o motorista da Srta. Solange.- Não me importa de quem você é motorista. A etiqueta do local não permite tal vestimenta casual. Saia já daqui. - O homem respondeu rispidamente.O rosto de Durval ficou sombrio e ele respondeu friamente:- E quem é você?- Eu? - O homem respondeu com arrogância. - Grave isso, me chamo Luiz Godoy, sou o dono deste lugar. Aqui só entram pessoas da alta sociedade. Motoristas devem ir onde motoristas devem ficar.Justamente nesse momento, entrou um homem robusto, com cerca de trinta anos, vestido em um terno elegante. Atrás dele seguiam duas mulheres atraentes, igualmente bem ve
- Incrível, incrível, que objeto precioso! Isso realmente abre novos horizontes para nós.Por um momento, uma onda de elogios encheu o ar.Este objeto também chamou a atenção de Durval. Ele largou a comida e, usando seu poderoso domínio mental, começou a investigar o item.Neste momento, Tiago e alguns outros examinavam o incensário de todos os ângulos, capturando a leve aura mística que ele emanava. Seus rostos eram sérios.Após um longo silêncio, Tiago falou em tom baixo:- Sr. Kauan, qual é o seu plano para vender este objeto?- Vamos leiloá-lo. - Respondeu Sr. Kauan com um sorriso. - Dizem que este clube é um dos melhores lugares para leilões na Cidade X.Foi então que Luiz entrou na conversa:- Isso é verdade. Se o Sr. Kauan deseja leiloar este objeto, pode deixar tudo comigo.- E qual será o lance inicial? - Perguntou Tiago.O Sr. Kauan ponderou por um momento e respondeu lentamente:- Para ser honesto, este objeto não tem mais utilidade para mim, mas para o público em geral, é d
Os grandes apostadores, seus olhares todos se direcionaram para Durval. Todos sabiam que as palavras de Durval eram acusações graves, com consequências terríveis. Se ele não desse uma explicação, temia que ele fosse retido ali.Durval, de fato, precisava daquela coisa, talvez mais do que qualquer outra pessoa. Ele usou seu poder mental para investigar conscientemente o incensário. Após uma inspeção, descobriu que era uma falsificação, deixando-o desapontado.Contudo, ao ver todos brigando por uma falsificação, ele não pôde deixar de rir. Inesperadamente, isso trouxe problemas.No entanto, ele não demonstrava o menor receio, pensando consigo mesmo: “Aquele que vende falsificações, ainda terá alguma justificativa?”Durval se aproximou lentamente, olhando para Kauan, dizendo: - Por favor, senhor, qual é seu nome e onde você mora?- Eu chamo-me Kauan Pires, sou Andoriano. De Andora, moro na Cidade Z. - Respondeu Kauan com orgulho, encarando Durval.Durval assentiu, dizendo: - Parec
- Mano, se você ousar danificar meu incensário, está pedindo para morrer. - Kauan rugiu furioso, sua túnica inflando enquanto uma aura começava a se espalhar.As expressões dos ali presentes mudaram. Isso era nada menos que um artefato lendário e Durval tinha coragem demais.Kauan era uma figura conhecida entre os praticantes em Andora e agora não seria um bom momento para Durval.Enquanto todos ficavam chocados com a audácia de Durval, ele disse com um sorriso: - Olhem bem com os olhos abertos.Ao olharem para o artefato que perdeu seu brilho, todos ficaram perplexos, sem entender.Durval explicou com calma: - Este incensário é apenas um objeto antigo. Há um pedaço de almíscar no meio, lacrado com magia para liberar uma aura e fragrância, criando a ilusão de um artefato. Essa aura e fragrância duram no máximo três meses. Depois disso, desaparecem. Um truque tão óbvio enganou até Kauan e as elites sociais aqui. Parece que vocês todos foram iludidos.As palavras de Durval deixaram tod
Kauan estava suando profusamente, fez uma reverência a Durval e disse:- Mano, eu admito minha derrota. Fui imprudente agora há pouco. Por favor, aceite minhas desculpas.- É isso aí, mano. Seja compreensivo. - Luiz interveio, tentando suavizar a situação.O rosto de Durval ficou sério ao olhar para Luiz.- Ser compreensivo? Parece que você não estava com essa atitude antes.A expressão de Luiz ficou sombria num instante, incapaz de responder à acusação.Kauan reconhecia suas culpas, mas a ideia de se punir, era apenas uma expressão, será que ele realmente estava disposto a seguir adiante com isso?Ele olhou para Durval com remorso. - Mano, foi um erro meu, admito. Estou disposto a compensar com dez milhões como um pedido de desculpas. Por favor, aceite e nos perdoe.Durval sorriu e ele não tinha a intenção de forçar Kauan a se matar por isso. No entanto, ele aceitaria os dez milhões como uma lição, dada a falta de cortesia anterior.Usando o café de Tiago, Durval escreveu o número d
No meio da noite, uma jovem, vestindo apenas um pijama manchado, descalça, mostrando claramente que algo aconteceu com ela.A jovem, com lágrimas nos olhos, permanecia em silêncio enquanto Solange tentava acalmá-la. Durval ficava ao lodo sem saber o que podia fazer.Não demorou muito para que as emoções da jovem se estabilizassem um pouco.Solange levou-a para seu quarto, trocou seu pijama, lavou o rosto e retornou à sala.A jovem parecia bonita depois de se arrumar, mas não sabia o que aconteceu com ela.Solange preparou macarrão para ela, a aconselhando e confortando com paciência.Finalmente, após terminar a refeição, a jovem compartilhou sua história.Seu nome era Sandra, uma garota do interior que seguiu seu namorado para a Cidade X, trabalhando para sustentá-lo enquanto ele estudava. No entanto, após a formatura, ele arrumou um bom emprego e passou a tratá-la mal, seja com violência ou palavras ofensivas.Naquela noite, sem motivo aparente, ele a agrediu e a expulsou de casa. Se
Sandra baixou a cabeça, perguntando com tímidez: - Quero te perguntar, você e Solange são casados?- Não somos. - Durval sentou-se.- Então, qual é a relação entre vocês?- Colegas de trabalho.Ao ouvir isso, Sandra sentou-se à beira da cama de Durval, expondo seu decote generoso e pernas longas e suaves.- Durval, sou muito grata, mas não sei o que fazer. Você não acha que sou uma pessoa ruim, né? - Disse Sandra, olhando para Durval.Vendo Sandra parecendo indefesa, Durval, com a voz séria, disse: - Se precisar conversar, vamos para a sala. Não é adequado aqui.Naquele momento, Sandra se aproximou ainda mais, quase se encostando em Durval, dizendo com voz melodiosa: - Durval, preciso de consolo. Você pode me confortar?No meio da noite, com um corpo sedutor à disposição, esse seria uma tentação difícil para qualquer homem resistir.Mas Durval começou a sentir que algo não estava certo.Ele imediatamente se levantou e disse: - Vamos falar lá fora.Entretanto, Sandra se lançou sobre
Solange se afastou para dar passagem a Geraldo, que acompanhado por seus empregados e Sandra, entrou na sala. O olhar gelado de Solange percorreu o rosto de Sandra, que os seguia com uma expressão de inocência.Geraldo se aproximou de Durval e disse: - Você é Durval?- Sou eu. - Respondeu Durval.Geraldo, de forma fria, continuou: - Esta Srta. Sandra denunciou um estupro em sua casa. Precisamos que você coopere e venha à delegacia para investigação.- Claro, sem problema. Vou trocar de roupa primeiro. - Disse Durval.Geraldo observou o pijama quebrado de Durval e afirmou: - Você pode trocar, mas precisamos levar esse pijama como evidência.- Está bem. - Durval levantou-se e dirigiu-se ao seu quarto, enquanto Geraldo lançou um olhar e um de seus subordinados seguiu para o quarto.Logo depois, Durval voltou com uma roupa casual e o pijama já estava ensacado pelos policiais.- Vamos. - Disse Geraldo, pronto para levar Durval.Ao ver Durval prestes a ser levado, Solange exclamou com pre