Durval resmungou friamente, desferindo um chute no peito de Tábata.Com um som abafado, Tábata cuspiu sangue e foi arremessada no chão, perdendo a consciência.Durval, então, caminhou até Tiger Boltz e disse, com um olhar gélido:- Você conspirou para sequestrar Solange e ainda quer me dar uma lição?- Foi ideia da Tábata, eu só estava atrás de dinheiro. Entre nós, não há ressentimentos, irmão. - Tiger Boltz perdeu toda a sua arrogância e começou a se humilhar.Durval o agarrou pelo colarinho e, colando seu rosto ao dele, falou:- Não importa quem você seja. Ninguém pode tocar nas pessoas ao meu redor. Se tocar, pagará o preço.Sem esperar uma resposta de Tiger Boltz, Durval lhe desferiu um soco no estômago e soltou-o.Tiger Boltz gritou de dor, curvando-se como um camarão no chão, cuspindo sangue e até fragmentos de seus órgãos internos.Qualquer um com olhos para ver sabia que Tiger Boltz não sobreviveria.Paulo, que observava toda essa violência, não disse uma palavra durante todo o
Durval olhou Abílio de cima a baixo. Esse sobrenome, parece que ele tinha ouvido pela primeira vez da boca de Tiger Boltz no final da tarde.- Posso entrar para conversar? - Perguntou Abílio, cortesmente.Com um leve sorriso, Durval lançou um olhar para Solange, que já havia se sentado com um cobertor sobre as pernas. Ele deu um passo para o lado e disse:- Entre, por favor.Abílio caminhou lentamente até a sala de estar e se acomodou no canto de um sofá. Durval sentou-se ao lado de Solange e acendeu um cigarro:- O que o traz aqui?Fixando o olhar em Durval, Abílio falou pausadamente:- Tiger Boltz morreu.- Ah, bem feito para ele. - Disse Durval, sem mostrar surpresa.O cenho de Abílio se contraiu:- Nós, os Novais, temos transportado mercadorias por centenas de anos até a fundação do novo País H, quando finalmente mudamos para o comércio. Contudo, nunca negligenciamos as artes marciais e, durante todos esses anos, nossa família acumulou uma certa substância de riquezas.- E o que is
- Ir com você?- Sim, estou um pouco assustada.Durval soltou um suspiro silencioso. Essa mulher era realmente algo.Dizer que ela estava fingindo não parecia certo, mas dizer que ela estava realmente assustada também não batia, considerando que ela se manteve tão composta na noite anterior, mesmo cercada por toda aquela gente desesperada.Mas, olhando para o semblante vulnerável de Solange, Durval não teve escolha a não ser concordar.Solange sorriu imediatamente:- Tudo bem, então. Virei te buscar à noite. Obrigada por ser meu motorista e guarda-costas. Até mais.Sem esperar por uma resposta de Durval, ela saiu.Durval balançou a cabeça e foi direto para o Parque Central para treinar....O dia passou num piscar de olhos. Quando Solange retornou, Durval já a aguardava na sala de estar.- Espere por mim, chefe.Solange subiu correndo para o segundo andar e logo desceu com um vestido preto elegante.O decote em V do vestido era sutil, complementado por um colar de pérolas; o compriment
Durval franziu a testa, vestido casualmente, se sentia realmente deslocado naquele ambiente. Mas o comentário daquele sujeito era um pouco excessivo, não?Ele lançou um olhar rápido para Solange, pensando em pedir-lhe alguma explicação, mas ela já estava subindo para o segundo andar com um homem e uma mulher, claramente para discutir algum assunto.Durval então disse ao homem:- Sou o motorista da Srta. Solange.- Não me importa de quem você é motorista. A etiqueta do local não permite tal vestimenta casual. Saia já daqui. - O homem respondeu rispidamente.O rosto de Durval ficou sombrio e ele respondeu friamente:- E quem é você?- Eu? - O homem respondeu com arrogância. - Grave isso, me chamo Luiz Godoy, sou o dono deste lugar. Aqui só entram pessoas da alta sociedade. Motoristas devem ir onde motoristas devem ficar.Justamente nesse momento, entrou um homem robusto, com cerca de trinta anos, vestido em um terno elegante. Atrás dele seguiam duas mulheres atraentes, igualmente bem ve
- Incrível, incrível, que objeto precioso! Isso realmente abre novos horizontes para nós.Por um momento, uma onda de elogios encheu o ar.Este objeto também chamou a atenção de Durval. Ele largou a comida e, usando seu poderoso domínio mental, começou a investigar o item.Neste momento, Tiago e alguns outros examinavam o incensário de todos os ângulos, capturando a leve aura mística que ele emanava. Seus rostos eram sérios.Após um longo silêncio, Tiago falou em tom baixo:- Sr. Kauan, qual é o seu plano para vender este objeto?- Vamos leiloá-lo. - Respondeu Sr. Kauan com um sorriso. - Dizem que este clube é um dos melhores lugares para leilões na Cidade X.Foi então que Luiz entrou na conversa:- Isso é verdade. Se o Sr. Kauan deseja leiloar este objeto, pode deixar tudo comigo.- E qual será o lance inicial? - Perguntou Tiago.O Sr. Kauan ponderou por um momento e respondeu lentamente:- Para ser honesto, este objeto não tem mais utilidade para mim, mas para o público em geral, é d
Os grandes apostadores, seus olhares todos se direcionaram para Durval. Todos sabiam que as palavras de Durval eram acusações graves, com consequências terríveis. Se ele não desse uma explicação, temia que ele fosse retido ali.Durval, de fato, precisava daquela coisa, talvez mais do que qualquer outra pessoa. Ele usou seu poder mental para investigar conscientemente o incensário. Após uma inspeção, descobriu que era uma falsificação, deixando-o desapontado.Contudo, ao ver todos brigando por uma falsificação, ele não pôde deixar de rir. Inesperadamente, isso trouxe problemas.No entanto, ele não demonstrava o menor receio, pensando consigo mesmo: “Aquele que vende falsificações, ainda terá alguma justificativa?”Durval se aproximou lentamente, olhando para Kauan, dizendo: - Por favor, senhor, qual é seu nome e onde você mora?- Eu chamo-me Kauan Pires, sou Andoriano. De Andora, moro na Cidade Z. - Respondeu Kauan com orgulho, encarando Durval.Durval assentiu, dizendo: - Parec
- Mano, se você ousar danificar meu incensário, está pedindo para morrer. - Kauan rugiu furioso, sua túnica inflando enquanto uma aura começava a se espalhar.As expressões dos ali presentes mudaram. Isso era nada menos que um artefato lendário e Durval tinha coragem demais.Kauan era uma figura conhecida entre os praticantes em Andora e agora não seria um bom momento para Durval.Enquanto todos ficavam chocados com a audácia de Durval, ele disse com um sorriso: - Olhem bem com os olhos abertos.Ao olharem para o artefato que perdeu seu brilho, todos ficaram perplexos, sem entender.Durval explicou com calma: - Este incensário é apenas um objeto antigo. Há um pedaço de almíscar no meio, lacrado com magia para liberar uma aura e fragrância, criando a ilusão de um artefato. Essa aura e fragrância duram no máximo três meses. Depois disso, desaparecem. Um truque tão óbvio enganou até Kauan e as elites sociais aqui. Parece que vocês todos foram iludidos.As palavras de Durval deixaram tod
Kauan estava suando profusamente, fez uma reverência a Durval e disse:- Mano, eu admito minha derrota. Fui imprudente agora há pouco. Por favor, aceite minhas desculpas.- É isso aí, mano. Seja compreensivo. - Luiz interveio, tentando suavizar a situação.O rosto de Durval ficou sério ao olhar para Luiz.- Ser compreensivo? Parece que você não estava com essa atitude antes.A expressão de Luiz ficou sombria num instante, incapaz de responder à acusação.Kauan reconhecia suas culpas, mas a ideia de se punir, era apenas uma expressão, será que ele realmente estava disposto a seguir adiante com isso?Ele olhou para Durval com remorso. - Mano, foi um erro meu, admito. Estou disposto a compensar com dez milhões como um pedido de desculpas. Por favor, aceite e nos perdoe.Durval sorriu e ele não tinha a intenção de forçar Kauan a se matar por isso. No entanto, ele aceitaria os dez milhões como uma lição, dada a falta de cortesia anterior.Usando o café de Tiago, Durval escreveu o número d