Desta vez, foi a vez de Durval ficar em silêncio. Depois de um momento, ele finalmente falou:- Então, você já sabe de tudo que aconteceu?- Sim.- Espero que você não me culpe. - Durval disse, arrependido.Aurora respondeu com uma voz fraca:- Não te culpo, eles fizeram por merecer. E minha irmã até me disse para te procurar.Durval hesitou por um momento, mas então entendeu e disse casualmente:- Então venha, eu também queria falar com você.- Eu sei que eles querem me aproveitar, você também deve saber. - Disse Aurora.Durval acenou com a cabeça:- Eu entendo, mas para mim você é você, e a família Silva é a família Silva. Eu quero que você seja assistente da Solange, para ganhar alguma experiência na minha empresa. Isso não tem nada a ver com a família Silva.- Posso pensar um pouco? Eu realmente não sei o que fazer agora.Durval podia ouvir a confusão em sua voz ao telefone. Ele franziu a testa. Por mais que ele dissesse isso, Aurora ainda era parte da família Silva. A pressão que
Ao ouvir isso, Lorena ficou tão furiosa que quase desmaiou novamente.Um tempo depois, ela disse sem forças:- Marque um encontro com o responsável deles, eu quero falar diretamente com ele.Então, desligou o telefone.Ela entendeu muito bem que as consequências negativas do evento do casamento já haviam começado a surgir. Não sabia o que mais a aguardava, mas o jeito era seguir um passo de cada vez.Os pais de Lorena também estavam com uma expressão fechada. No entanto, continuavam a culpar Durval. Em seus corações, sentiam que foi ele que levou sua família Silva a um beco sem saída, tornando-os furiosos a ponto de ranger os dentes....No entardecer.Solange dirigia sozinha para casa, de bom humor, pensando em qual pijama deveria usar à noite."Talvez eu devesse comprar mais alguns pijamas. Todos os que eu poderia usar já foram usados. Será que os novos deveriam ser um pouco mais sensuais?"Foi então que um veículo comercial preto a ultrapassou, raspando em seu carro no processo.Sol
- O que você acha que eu deveria fazer? - Tábata atirou com fúria os talheres, o rosto contorcido em raiva. - Você arruinou meu futuro e ainda quer que eu vá para a sede internacional ser punida. O que você quer que eu faça?A ira de Tábata crescia à medida que pensava. Ser demitida pelo Consórcio do Cabo significava que suas chances de continuar na indústria eram quase nulas. Além disso, ela sabia muito bem o quão brutais eram os seguranças do Consórcio do Cabo. Embora fossem oficialmente funcionários de segurança da empresa, na verdade eram demônios que não hesitavam em matar. Não só eram responsáveis pela segurança do Consórcio do Cabo, mas também puniam severamente os funcionários que cometiam grandes erros. E mais importante, possuíam um poder de fogo assustador e eram responsáveis por aqueles que deviam dinheiro ao Consórcio do Cabo e não pagavam. Como ex-executiva do Consórcio do Cabo, ela conhecia bem a crueldade dessas pessoas.Diante de seu poderio, qualquer pessoa ou gru
Durval disse calmamente:- Sou eu, o que você quer?- Venha até a periferia norte, na fábrica de produtos químicos da Green Harvest. Preciso falar com você. - Declarou Solange.Uma ruga formou-se na testa de Durval; ele sabia imediatamente que algo havia acontecido com Solange e respondeu rapidamente:- Entendi, estou indo agora mesmo. Aguarde, que eu cuido de tudo. - E saiu apressadamente de carro.Enquanto isso, na Mansão número um, Emanuel pediu à babá para preparar uma refeição farta e disse ao filho Paulo:- Vá chamar Durval. Quero tomar uns drinques com ele esta noite.Paulo acenou com a cabeça e saiu em direção à casa de Durval.No interior da fábrica, Solange desligou o telefone e respirou profundamente.Ela percebeu que Durval sabia que algo estava errado; ela nunca havia chamado Durval pelo seu nome de tal forma. E a resposta de Durval também foi muito clara: ele cuidaria de tudo. Contudo, ela esperava que Durval compreendesse a gravidade da situação e tomasse todas as preca
Tábata ficou atordoada por um momento antes de finalmente entender o que Durval queria dizer e começou a rir alto.Um bom tempo depois, Tábata repentinamente rosnou:- Garoto, você sabe quem está sentado aqui? É Tiger Boltz, o chefe da Gangue do Tigre Negro, o chefão da Cidade X. Parece que você está completamente perdido.- A Gangue do Tigre Negro? Tiger Boltz? - Durval disse calmamente. - Nunca ouvi falar.Esta frase instantaneamente enfureceu Tábata, que estava prestes a soltar uma série de palavrões, quando Tiger Boltz interferiu com um tom sinistro:- Você é um garoto bem audacioso, não sabendo quem eu, Tiger Boltz, sou. Parece que realmente é hora de você aprender uma lição.Solange, ao ouvir isso, rapidamente interveio:- Por favor, não façam nada, vocês só querem dinheiro, eu posso pagar mais, não nos machuquem, podemos conversar sobre tudo.- Eu preciso negociar com vocês? - Tiger Boltz retrucou friamente. - Você acha que o Consórcio do Cabo é muito poderoso? Este é a Cidade X
Durval esboçou um leve sorriso e disse:- Vamos dar dez minutos. Se ele não chegar, eu mesmo vou resolver a situação.Tiger Boltz continuou a comer, aparentemente indiferente à situação.Tendo comandado a maior facção na Cidade X por quase duas décadas, ele estava extremamente confiante em seu poder e influência. Afinal, ele não estava sozinho. Uma vez, um líder oficial da Cidade X tentou derrubá-lo, apenas para ser eliminado silenciosamente pelos homens por trás dele. Ele não via razão para temer qualquer um.Desta vez, faria o Consórcio do Cabo entender verdadeiramente sua força, fazendo-os se comportarem de uma vez por todas.Os dez minutos se passaram rapidamente, e Paulo entrou no local apressadamente, vestido casualmente.- Sr. Durval, está tudo bem? - Paulo perguntou imediatamente ao ver Durval.Consultando o relógio, Durval sorriu:- Você é bem pontual.Paulo fez uma reverência e então lançou um olhar frio para Tiger Boltz e seus homens:- Quem é o líder aqui? Dê um passo à fre
Durval resmungou friamente, desferindo um chute no peito de Tábata.Com um som abafado, Tábata cuspiu sangue e foi arremessada no chão, perdendo a consciência.Durval, então, caminhou até Tiger Boltz e disse, com um olhar gélido:- Você conspirou para sequestrar Solange e ainda quer me dar uma lição?- Foi ideia da Tábata, eu só estava atrás de dinheiro. Entre nós, não há ressentimentos, irmão. - Tiger Boltz perdeu toda a sua arrogância e começou a se humilhar.Durval o agarrou pelo colarinho e, colando seu rosto ao dele, falou:- Não importa quem você seja. Ninguém pode tocar nas pessoas ao meu redor. Se tocar, pagará o preço.Sem esperar uma resposta de Tiger Boltz, Durval lhe desferiu um soco no estômago e soltou-o.Tiger Boltz gritou de dor, curvando-se como um camarão no chão, cuspindo sangue e até fragmentos de seus órgãos internos.Qualquer um com olhos para ver sabia que Tiger Boltz não sobreviveria.Paulo, que observava toda essa violência, não disse uma palavra durante todo o
Durval olhou Abílio de cima a baixo. Esse sobrenome, parece que ele tinha ouvido pela primeira vez da boca de Tiger Boltz no final da tarde.- Posso entrar para conversar? - Perguntou Abílio, cortesmente.Com um leve sorriso, Durval lançou um olhar para Solange, que já havia se sentado com um cobertor sobre as pernas. Ele deu um passo para o lado e disse:- Entre, por favor.Abílio caminhou lentamente até a sala de estar e se acomodou no canto de um sofá. Durval sentou-se ao lado de Solange e acendeu um cigarro:- O que o traz aqui?Fixando o olhar em Durval, Abílio falou pausadamente:- Tiger Boltz morreu.- Ah, bem feito para ele. - Disse Durval, sem mostrar surpresa.O cenho de Abílio se contraiu:- Nós, os Novais, temos transportado mercadorias por centenas de anos até a fundação do novo País H, quando finalmente mudamos para o comércio. Contudo, nunca negligenciamos as artes marciais e, durante todos esses anos, nossa família acumulou uma certa substância de riquezas.- E o que is