- Não tem nada a se considerar, eu simplesmente não vou concordar com esse casamento. - declarou Solange, determinada.Durval ficou em silêncio, e depois de um longo tempo, falou:- Já que você decidiu, eu vou com você. De qualquer forma, não vou deixar ninguém te forçar a fazer nada, incluindo seu pai.Solange deu um beijo rápido no rosto de Durval e correu em direção à porta, dizendo:- Eu sabia que você me ajudaria, chefe.Observando a silhueta desaparecendo de Solange, Durval passou a mão no rosto, confuso, e disse firmemente:- Maldita seja, se você continuar me seduzindo, acredita que eu posso acabar dormindo com você?Nesse momento, o telefone de Durval tocou. Ele resmungou e atendeu:- Alô.- Sr. Durval? - Uma voz perguntou.Durval franzindo a testa, respondeu:- Quem é você?- Sou Thiago.- Ah, Sr. Thiago, o que deseja?- É o seguinte, chegaram pessoas da Cidade S, elas querem te ver, vê se dá pra você?- Da Cidade S?- Sim, da Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Para
Durval levantou os olhos e viu um velho de rosto marcado pelo tempo, encurvado, usando um chapéu redondo e um agasalho cinza claro, apoiado em uma bengala preta com uma pedra preciosa vermelha do tamanho de um ovo de ganso no topo.A primeira impressão que Durval teve foi de um homem idoso e frágil, mas claramente distinto e abastado.O idoso se aproximou de Durval e sorriu levemente, as rugas em seu rosto lembrando a casca de uma laranja.- Deixe-me me apresentar. - Disse o velho, sentando-se ao lado de Durval com a ajuda de Paula. - Meu nome é Simão Barros.Durval serviu um chá para Simão e disse:- Beba, Sr. Diretor.- Que diretor? - Simão riu, balançando a cabeça. - Sou apenas um velho à beira da morte.Durval sorriu sem dizer nada, apenas observando Simão.Simão falou calmamente:- Não precisa olhar tanto. Como líder da Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais, tenho algum poder. - Durval permaneceu em silêncio, apenas bebendo seu chá. - Lucas me disse que você é m
Durval relaxou suas sobrancelhas, mas em um instante, elas se juntaram novamente, formando um emaranhado, e um brilho malicioso passou por seus olhos.Simão balançou a cabeça e disse:- Isso não tem nada a ver comigo. Quem estiver nessa posição faria o mesmo, é uma questão de segurança nacional, você precisa entender.Durval se recostou lentamente no sofá, permanecendo em silêncio.Simão continuou:- O que há de ruim em se juntar à Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais? Nossos direitos são enormes, e o salário não é nada mau. Usar esse poder apropriadamente não faria o seu Consórcio do Cabo se desenvolver melhor? Isso não é bom?Durval olhou para Simão, um tanto surpreso.Esse cara parecia conhecer todos os seus segredos e não hesitava em falar sobre eles, até mesmo encorajando o uso indevido do poder público, o que era inacreditável.Simão sorriu e disse:- Não me olhe assim. Para nós, isso não é nada. Todos precisamos viver, certo? Mesmo que nosso salário seja bom,
Paula sorriu levemente e disse:- Sim, em caso de necessidade, você pode chamar o coordenador para solicitar apoio de artilharia. O coordenador faz a solicitação, e uma equipe especial avalia a situação para decidir se oferece ou não o apoio.- Até essa solicitação ser aprovada, eu já estaria morto, não é?O campo de batalha muda rapidamente, não há tempo para esperar por solicitações e avaliações.Paula continuou:- Fique tranquilo. Vocês, membros da linha de frente, são apenas dezoito, mas têm o apoio de uma equipe de logística com mais de dezoito mil pessoas. Todo o processo de avaliação não vai demorar mais de um minuto.- Que merda. - Durval não pôde deixar de praguejar."São apenas dezoito pessoas, apoiadas por uma equipe de mais de dez mil pessoas. Essa Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais realmente é impressionante."- Mas que tipo de apoio de artilharia é esse? - Durval perguntou, curioso.Paula falou calmamente:- Qualquer míssil tático, exceto armas nucle
Depois de falar, Paula, apoiando-o, já havia saído do quarto.- Ah, eu ainda tenho subordinados? - Mas suas palavras não receberam resposta.Durval observou a silhueta desaparecendo dos dois, permanecendo em silêncio por um longo tempo.Ele havia usado sua força mental para sondar e encontrou em Paula uma poderosa Energia Espiritual, tão forte quanto a dele, uma verdadeira mestra.No entanto, em Simão, ele não sentiu variações de Energia Espiritual, indistinguível de uma pessoa comum.Mas como ele poderia ser comum ocupando tal posição? E ele mesmo admitiu possuir Energia Espiritual.Várias vezes, Durval mal conseguia se conter, querendo invadir o mar de consciência dele, obtendo algumas informações de sua alma.Mas ele se conteve, sabendo que esse velho era profundo como o oceano. Um passo em falso e ele poderia ser ridicularizado ou até sofrer um revés, o que seria desastroso.De repente, Durval soltou um resmungo, pegando o telefone especial e brincando com ele por um momento.- Voc
- Ah, um coquetel... - Pedro silenciou por um momento antes de dizer. - Então eu não irei. Não é um lugar para mim.A identidade de Pedro era especial, e ele realmente não podia se mostrar facilmente em eventos públicos.Durval, com um sorriso de deboche, disse:- O coquetel desta noite pode ser interessante. Tem certeza que não quer ir?- Interessante? - Um ponto de interrogação surgiu sobre a cabeça de Pedro, mas ele rapidamente respondeu. - Claro que irei. Onde é esse coquetel?- É um evento de negócios organizado pela cidade. Descubra o local por conta própria. - Após falar, Durval desligou o telefone.Depois de pensar, Pedro retirou o cartão SIM do celular e o inseriu no telefone da Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais."Levar dois telefones é realmente incômodo."Em seguida, ele guardou sua arma e documentos em uma pasta e jogou-a na meia dimensão paralela, antes de sair de carro para a Mansão dos cervos, sua casa.Era pouco mais de uma da tarde quando Durval
Neste momento, no salão de festas do último andar, já estava extremamente animado. Com a presença de Elias, o principal líder da Cidade X, e Amadeu, o principal líder da Secretaria de Negócios da Cidade X, a importância que a Cidade X atribuía a este evento era evidente. Com a presença desses dois, naturalmente, muitos empresários da Cidade X também não poderiam faltar. O salão de festas já contava com cerca de oitenta pessoas, quase todas figuras proeminentes do setor empresarial da Cidade X. Todos se agrupavam em pequenos grupos, conversando e rindo, num ambiente muito animado.Como todos sabem, em eventos como esse coquetel, geralmente significa que a prefeitura está promovendo a iniciativa, oficialmente para permitir que todos se conheçam e se ajudem mutuamente em diversos aspectos. Mas na verdade, é um aviso para todos não criarem obstáculos ou interferirem de forma destrutiva. Todos entendem que, fazendo negócios na Cidade X, ninguém ousaria desrespeitar Elias e Amadeu. Po
Elias, como um veterano político, compreendia profundamente o que a identidade de Pedro representa.Mesmo que ele simplesmente se sentasse aqui sem dizer nada, isso definitivamente representaria uma certa atitude.A única questão é que ainda não se sabe que atitude ele representava.Seu objetivo era descobrir o que, afinal, Pedro veio fazer aqui.Mas Pedro apenas sorriu e disse:- Meu trabalho é assim mesmo, só que Sr. Elias, o projeto que você lidera é realmente bom, vai trazer bastante desenvolvimento econômico e postos de trabalho para a Cidade X, parabéns.Ao ouvir isso, Elias imediatamente sorriu levemente e diz:- Pedro, é seu pai que tem uma visão de longo alcance. Quando discutimos esse assunto, ele me apoiou fortemente, por isso foi decidido tão rapidamente. Devo agradecer ao seu pai também.- Não estou muito por dentro, mas o mérito é seu, Sr. Elias, você é muito modesto. - Diz Pedro.Nesse momento, Elias praticamente confirma que Thiago não tem objeções em relação ao parque