Durval relaxou suas sobrancelhas, mas em um instante, elas se juntaram novamente, formando um emaranhado, e um brilho malicioso passou por seus olhos.Simão balançou a cabeça e disse:- Isso não tem nada a ver comigo. Quem estiver nessa posição faria o mesmo, é uma questão de segurança nacional, você precisa entender.Durval se recostou lentamente no sofá, permanecendo em silêncio.Simão continuou:- O que há de ruim em se juntar à Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais? Nossos direitos são enormes, e o salário não é nada mau. Usar esse poder apropriadamente não faria o seu Consórcio do Cabo se desenvolver melhor? Isso não é bom?Durval olhou para Simão, um tanto surpreso.Esse cara parecia conhecer todos os seus segredos e não hesitava em falar sobre eles, até mesmo encorajando o uso indevido do poder público, o que era inacreditável.Simão sorriu e disse:- Não me olhe assim. Para nós, isso não é nada. Todos precisamos viver, certo? Mesmo que nosso salário seja bom,
Paula sorriu levemente e disse:- Sim, em caso de necessidade, você pode chamar o coordenador para solicitar apoio de artilharia. O coordenador faz a solicitação, e uma equipe especial avalia a situação para decidir se oferece ou não o apoio.- Até essa solicitação ser aprovada, eu já estaria morto, não é?O campo de batalha muda rapidamente, não há tempo para esperar por solicitações e avaliações.Paula continuou:- Fique tranquilo. Vocês, membros da linha de frente, são apenas dezoito, mas têm o apoio de uma equipe de logística com mais de dezoito mil pessoas. Todo o processo de avaliação não vai demorar mais de um minuto.- Que merda. - Durval não pôde deixar de praguejar."São apenas dezoito pessoas, apoiadas por uma equipe de mais de dez mil pessoas. Essa Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais realmente é impressionante."- Mas que tipo de apoio de artilharia é esse? - Durval perguntou, curioso.Paula falou calmamente:- Qualquer míssil tático, exceto armas nucle
Depois de falar, Paula, apoiando-o, já havia saído do quarto.- Ah, eu ainda tenho subordinados? - Mas suas palavras não receberam resposta.Durval observou a silhueta desaparecendo dos dois, permanecendo em silêncio por um longo tempo.Ele havia usado sua força mental para sondar e encontrou em Paula uma poderosa Energia Espiritual, tão forte quanto a dele, uma verdadeira mestra.No entanto, em Simão, ele não sentiu variações de Energia Espiritual, indistinguível de uma pessoa comum.Mas como ele poderia ser comum ocupando tal posição? E ele mesmo admitiu possuir Energia Espiritual.Várias vezes, Durval mal conseguia se conter, querendo invadir o mar de consciência dele, obtendo algumas informações de sua alma.Mas ele se conteve, sabendo que esse velho era profundo como o oceano. Um passo em falso e ele poderia ser ridicularizado ou até sofrer um revés, o que seria desastroso.De repente, Durval soltou um resmungo, pegando o telefone especial e brincando com ele por um momento.- Voc
- Ah, um coquetel... - Pedro silenciou por um momento antes de dizer. - Então eu não irei. Não é um lugar para mim.A identidade de Pedro era especial, e ele realmente não podia se mostrar facilmente em eventos públicos.Durval, com um sorriso de deboche, disse:- O coquetel desta noite pode ser interessante. Tem certeza que não quer ir?- Interessante? - Um ponto de interrogação surgiu sobre a cabeça de Pedro, mas ele rapidamente respondeu. - Claro que irei. Onde é esse coquetel?- É um evento de negócios organizado pela cidade. Descubra o local por conta própria. - Após falar, Durval desligou o telefone.Depois de pensar, Pedro retirou o cartão SIM do celular e o inseriu no telefone da Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais."Levar dois telefones é realmente incômodo."Em seguida, ele guardou sua arma e documentos em uma pasta e jogou-a na meia dimensão paralela, antes de sair de carro para a Mansão dos cervos, sua casa.Era pouco mais de uma da tarde quando Durval
Neste momento, no salão de festas do último andar, já estava extremamente animado. Com a presença de Elias, o principal líder da Cidade X, e Amadeu, o principal líder da Secretaria de Negócios da Cidade X, a importância que a Cidade X atribuía a este evento era evidente. Com a presença desses dois, naturalmente, muitos empresários da Cidade X também não poderiam faltar. O salão de festas já contava com cerca de oitenta pessoas, quase todas figuras proeminentes do setor empresarial da Cidade X. Todos se agrupavam em pequenos grupos, conversando e rindo, num ambiente muito animado.Como todos sabem, em eventos como esse coquetel, geralmente significa que a prefeitura está promovendo a iniciativa, oficialmente para permitir que todos se conheçam e se ajudem mutuamente em diversos aspectos. Mas na verdade, é um aviso para todos não criarem obstáculos ou interferirem de forma destrutiva. Todos entendem que, fazendo negócios na Cidade X, ninguém ousaria desrespeitar Elias e Amadeu. Po
Elias, como um veterano político, compreendia profundamente o que a identidade de Pedro representa.Mesmo que ele simplesmente se sentasse aqui sem dizer nada, isso definitivamente representaria uma certa atitude.A única questão é que ainda não se sabe que atitude ele representava.Seu objetivo era descobrir o que, afinal, Pedro veio fazer aqui.Mas Pedro apenas sorriu e disse:- Meu trabalho é assim mesmo, só que Sr. Elias, o projeto que você lidera é realmente bom, vai trazer bastante desenvolvimento econômico e postos de trabalho para a Cidade X, parabéns.Ao ouvir isso, Elias imediatamente sorriu levemente e diz:- Pedro, é seu pai que tem uma visão de longo alcance. Quando discutimos esse assunto, ele me apoiou fortemente, por isso foi decidido tão rapidamente. Devo agradecer ao seu pai também.- Não estou muito por dentro, mas o mérito é seu, Sr. Elias, você é muito modesto. - Diz Pedro.Nesse momento, Elias praticamente confirma que Thiago não tem objeções em relação ao parque
Pouco depois de Solange e Durval se sentarem, Enrico e Patrício se aproximaram deles. Enrico, com uma expressão carrancuda, disse a Durval:- O que você está fazendo aqui? Não fui claro o suficiente?- Solange insistiu em me trazer, eu não tive escolha. - Respondeu Durval, mantendo a dignidade.Nesse momento, Patrício lançou um olhar para Solange, e seus olhos brilharam com surpresa. Ele já tinha visto fotos dela, mas não esperava que ela fosse tão bonita pessoalmente, com uma aura tão nobre. Apesar de sua vasta experiência com mulheres, era a primeira vez que via alguém com uma beleza e um caráter tão excepcionais.Após sua surpresa inicial, Patrício voltou sua atenção para Durval, observando-o de cima a baixo antes de perguntar:- O senhor é o Sr. Durval, certo?- Sim.- Ouvi dizer que você também faz parte do Consórcio do Cabo?- Mais ou menos.- Qual é a sua posição lá?- Não tenho uma posição específica.- Um funcionário comum?- Também não.- Então o que você é? - Patrício pergun
Assim que Durval ouviu isso, deu um sorriso de desprezo e disse:- Não me interessa se você está feliz ou não, se continuar insistindo, pode acabar ainda menos feliz.O rosto de Patrício escureceu, prestes a explodir, mas Enrico o interrompeu:- Chega, Patrício, a recepção está prestes a começar, não discuta com esse tipo de pessoa, lembre-se de quem você é. E Solange, a decisão sobre o seu assunto está tomada. Você precisa entender, estou fazendo isso pelo seu bem. Um pai jamais prejudicaria sua filha. Você já não é mais uma criança, pare de ser teimosa.Dito isto, Enrico puxou Patrício e se afastaram, caminhando em direção ao palco. Lá, Elias e Amadeu já os aguardavam para anunciar o início da recepção.Durval olhou para Solange, que estava com uma expressão sombria, visivelmente irritada.Durval não tinha o que fazer, afinal, era o pai de Solange quem havia falado. Ele poderia bater em Enrico?- Olha, não fique triste, eu já disse, se você não quiser, ninguém pode te forçar. - Durva