2

Heloísa

prisão

Mais um dia eu estava aqui, sentada, olhando pro teto e  ele me encarando a todo momento.

Depois de um sexo, eu estava aqui mais uma vez, pedindo silenciosamente pra Deus me ajudar e aguentar firme pela minha família.

Júlio me maltratava de todas as formas, sempre me forçava a fazer o que eu não estava a fim, pra variar hoje foi um dos dias que eu pedi que ele não me batesse, porém, foi tudo ao contrário.

Eu já estava cheia de hematomas pelo meu corpo, ele tinha o prazer de me bater e me ver mal.

Eu não aguentava mais isso, eu estava por um fio.

Júlio: Veio aqui pra ficar sentada olhando pro teto vadia ? Quero tu cavalgando em mim. -Ele puxou meus cabelos, me fazendo gemer de dor.

Heloísa: Não Júlio, Por favor... -Automaticamente sua mão veio de encontro na minha pele, mais uma vez eu estava apanhando de graça.

Júlio então me puxou me colocando de quatro na frente dele, como eu já estava nua, o sofrimento foi mais rápido. Ele me penetrava de uma jeito feroz, suas mãos a todo momento me batia, eu não sentia um pingo de prazer, só sentia dor e humilhação vindo dele.

Júlio: Geme pra mim sua puta. -Ele puxava meu cabelo, fazendo com que eu gritasse, mas só de dor.

Eu não conseguia falar, só conseguia chorar e gritar pelas estocadas fortes que ele me dava.

Depois de mais alguns minutos de sofrimento, ele saiu de dentro de mim e foi para o pequeno banheiro que havia dentro da sala.

Enquanto isso coloquei minhas peças de roupa bem rápido e fiquei esperando acabar a visita pra ir embora, todas as visitas só custava em torno de 1 hora, mas parece que com ele custava uma eternidade.

Ele saiu do banheiro todo molhado enxugando aquele peitoral de dá fôlegos.

Júlio não era um cara velho e acabado, muito pelo contrário, ele era alto, branquinho, com um físico maravilhoso. Ele tinha seus 24/25 anos, muito bem cuidado, e a prisão só fez ele ficar mais lindo ainda.

Quando ele passava nas ruas do morro, eu ficava admirando ele, ele sempre foi aquele tipo "galinha", pega todas. Era muito difícil ver ele somente com uma mulher, na maioria das vezes era com uma diferente a cada dia.

Mas claro, quem vê cara não vê conteúdo. Além de ser gostoso e lindo, era um filho da puta sem noção, as visitas íntimas todas eu saia com algum hematoma diferente.

E eu sempre tinha que ter desculpas boa pro meus pais, quando eu não estava com muita maquiagem pra esconder, eu inventava algum tipo de mentira .

Para os meus pais eu era apenas uma simples faxineira na Barra, eles nunca devem imaginar o que eu faço pra ajudar eles em troca de dinheiro. Se papai ou mamãe soubesse, com certeza eles ficariam indignados, mas tudo que eu faço é somente pelo bem e a saúde deles.

Assim que deu meu horário eu sair sem olhar pra ele, mas antes ele fala:

Júlio: Toma cuidado, eu vigio tu 24 horas por dia. Qualquer gracinha eu meto bala. -Ele me falou, eu somente olhei com a minha cara mais debochada do mundo e sair da sala.

Ele tinha essas manias de querer mandar em mim, uma vez ou outra ele se achava meu dono, e eu só ria da cara dele. Ele tinha umas conversas de me vigiar, mas tenho certeza que tudo que ele sabia de mim era pela boca dos amigos dele que também fazia visita.

Assim que sair pela porta da cadeia, PH tava me esperando no carro.

PH: iae, como meu irmão tá ? Passou aquela informação lá que te pedi ? -Ele eu não sei, mas eu tava péssima, com uma vontade enorme de chegar em casa e colocar essa angústia pra fora.

Heloísa: Ele ta bem PH, como sempre se achando superior a tudo e a todos. -Falei a verdade.

PH: Se envolveu porque quis Heloísa, sabe que ele não facilita as coisas né. -Ele falou, e eu apenas abaixei minha cabeça pra ele não ver minha cara de choro.

Depois de muita estrada chegamos no morro, PH me deixou em um beco próximo a minha casa, eu não gostava de dá assunto pra essas fofoqueiras inventarem coisas sobre mim, então parava em um lugar bem escondido.

Heloísa: Quando é a outra visita ?- Perguntei ao PH, antes de sair do carro.

PH: Ele quer que tu fique indo agora toda semana. - Só o que me faltava, apanhar toda semana.

Sair do carro sem responder nada, era por volta das 19:00h da noite, as rua do morro estavam bem movimentadas, depois que Júlio foi preso, muita coisa mudou por aqui.

Cheguei em casa e pelo incrível que pareça mamãe estava na sala assistindo a novela, e assim que olhou pra mim fez a pergunta que eu mais temia responder.

Dona Herminia: Que roxos são esses no teu corpo de novo Helô ? Já é a segunda vez que te vejo com eles.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo