Heloísa
prisãoMais um dia eu estava aqui, sentada, olhando pro teto e ele me encarando a todo momento.Depois de um sexo, eu estava aqui mais uma vez, pedindo silenciosamente pra Deus me ajudar e aguentar firme pela minha família.Júlio me maltratava de todas as formas, sempre me forçava a fazer o que eu não estava a fim, pra variar hoje foi um dos dias que eu pedi que ele não me batesse, porém, foi tudo ao contrário.Eu já estava cheia de hematomas pelo meu corpo, ele tinha o prazer de me bater e me ver mal.Eu não aguentava mais isso, eu estava por um fio.Júlio: Veio aqui pra ficar sentada olhando pro teto vadia ? Quero tu cavalgando em mim. -Ele puxou meus cabelos, me fazendo gemer de dor.Heloísa: Não Júlio, Por favor... -Automaticamente sua mão veio de encontro na minha pele, mais uma vez eu estava apanhando de graça.Júlio então me puxou me colocando de quatro na frente dele, como eu já estava nua, o sofrimento foi mais rápido. Ele me penetrava de uma jeito feroz, suas mãos a todo momento me batia, eu não sentia um pingo de prazer, só sentia dor e humilhação vindo dele.Júlio: Geme pra mim sua puta. -Ele puxava meu cabelo, fazendo com que eu gritasse, mas só de dor.Eu não conseguia falar, só conseguia chorar e gritar pelas estocadas fortes que ele me dava.Depois de mais alguns minutos de sofrimento, ele saiu de dentro de mim e foi para o pequeno banheiro que havia dentro da sala.Enquanto isso coloquei minhas peças de roupa bem rápido e fiquei esperando acabar a visita pra ir embora, todas as visitas só custava em torno de 1 hora, mas parece que com ele custava uma eternidade.Ele saiu do banheiro todo molhado enxugando aquele peitoral de dá fôlegos.Júlio não era um cara velho e acabado, muito pelo contrário, ele era alto, branquinho, com um físico maravilhoso. Ele tinha seus 24/25 anos, muito bem cuidado, e a prisão só fez ele ficar mais lindo ainda.Quando ele passava nas ruas do morro, eu ficava admirando ele, ele sempre foi aquele tipo "galinha", pega todas. Era muito difícil ver ele somente com uma mulher, na maioria das vezes era com uma diferente a cada dia.Mas claro, quem vê cara não vê conteúdo. Além de ser gostoso e lindo, era um filho da puta sem noção, as visitas íntimas todas eu saia com algum hematoma diferente.E eu sempre tinha que ter desculpas boa pro meus pais, quando eu não estava com muita maquiagem pra esconder, eu inventava algum tipo de mentira .Para os meus pais eu era apenas uma simples faxineira na Barra, eles nunca devem imaginar o que eu faço pra ajudar eles em troca de dinheiro. Se papai ou mamãe soubesse, com certeza eles ficariam indignados, mas tudo que eu faço é somente pelo bem e a saúde deles.Assim que deu meu horário eu sair sem olhar pra ele, mas antes ele fala:Júlio: Toma cuidado, eu vigio tu 24 horas por dia. Qualquer gracinha eu meto bala. -Ele me falou, eu somente olhei com a minha cara mais debochada do mundo e sair da sala.Ele tinha essas manias de querer mandar em mim, uma vez ou outra ele se achava meu dono, e eu só ria da cara dele. Ele tinha umas conversas de me vigiar, mas tenho certeza que tudo que ele sabia de mim era pela boca dos amigos dele que também fazia visita.Assim que sair pela porta da cadeia, PH tava me esperando no carro.PH: iae, como meu irmão tá ? Passou aquela informação lá que te pedi ? -Ele eu não sei, mas eu tava péssima, com uma vontade enorme de chegar em casa e colocar essa angústia pra fora.Heloísa: Ele ta bem PH, como sempre se achando superior a tudo e a todos. -Falei a verdade.PH: Se envolveu porque quis Heloísa, sabe que ele não facilita as coisas né. -Ele falou, e eu apenas abaixei minha cabeça pra ele não ver minha cara de choro.Depois de muita estrada chegamos no morro, PH me deixou em um beco próximo a minha casa, eu não gostava de dá assunto pra essas fofoqueiras inventarem coisas sobre mim, então parava em um lugar bem escondido.Heloísa: Quando é a outra visita ?- Perguntei ao PH, antes de sair do carro.PH: Ele quer que tu fique indo agora toda semana. - Só o que me faltava, apanhar toda semana.Sair do carro sem responder nada, era por volta das 19:00h da noite, as rua do morro estavam bem movimentadas, depois que Júlio foi preso, muita coisa mudou por aqui.Cheguei em casa e pelo incrível que pareça mamãe estava na sala assistindo a novela, e assim que olhou pra mim fez a pergunta que eu mais temia responder.Dona Herminia: Que roxos são esses no teu corpo de novo Helô ? Já é a segunda vez que te vejo com eles.Júlio Viver nesse inferno era uma luta, todos os dias eu lutava contra essa porra. Dei muita sopa pra esses filho da puta dos policiais no dia do assalto, mas tenho certeza que daqui a pouco o pai tá de volta no morro pra colocar ordens.Já estava preso a mais de 1 mês, fui condenado com 10 anos de prisão. Mas tu confia que vou ficar esse tempo todo ? Porque eu não. Já estava planejando minha fuga, e logo menos ela seria executada.O que me salvava aqui dentro era as visitas da galera que eu recebia, mas a que vinha frequentemente era a Heloísa, ela era linda e pra variar, muito gostosa. Mas era fresca pra caralho, sempre se maldizia da forma como eu tratava ela. E ela pensa que tá na Disney é, ela tinha que saber que quem manda nessa porra sou eu, e se pensa que vai ficar vindo pras visitas pra receber carinho, a meu fi, vá se fuder.Eu também sabia que ela não tava aqui porque queria, ela vinha porque precisava da grana pra ajudar a família dela. Eu não tinha pena, mas também não
Heloísa Eu estava sentada no seu colo, a gente se beijava calmamente, ele passeava com suas mãos por todo o meu corpo. Eu estava somente de lingerie, e eu já podia sentir sua ereção na minha bunda. Júlio em nenhum momento adiantou "os passos", ele tava diferente, tava respeitando meu tempo, e de alguma forma isso já me vinha várias perguntas na cabeça.Por que será que ele tá assim ?Sem muitas respostas mentalmente, eu estava disposta a dar esse passo. Pela primeira vez eu queria sentir prazer, ao invés de só dores.Entrelacei minhas pernas no seu corpo, fazendo com que naquele momento somente eu poderia dominar ele. Esfreguei minha intimidade na dele, e aquilo já estava me deixando louca de tanto tesão, eu precisava sentir ele .Heloísa: Quero você Júlio, por favor. -Pedi a ele com a voz ofegante.Em movimentos rápidos ele sai de baixo de mim e fica por cima, antes de beijar meu corpo por inteiro ele chupa minha intimidade, fazendo com que eu solte um gemido baixinho.Júlio: Gost
Heloísa Hoje eu estava muito feliz, graças a Deus eu e meu pai iríamos na clínica dar início a mais uma meta em nossa vida.Papai: Helô, não quero que esteja pagando esse tratamento sem ter condições, você sabe que minha recuperação está sendo aos poucos minha filha. -Papai falava, preocupada com o dinheiro.Heloísa: Papai não se preocupe, o senhor sabe que consegui um emprego melhor na barra. -Mentir pra ele.Mesmo eu fazendo as visitas pro Júlio, não parei de trabalhar nas casas que costumava fazer faxina. Eu não saberia até quando essas visitas iriam, então de toda forma eu precisava de um dinheiro extra.Mamãe: Deus abençoe vocês, e obrigada minha filha, você é o nosso orgulho. -Antes de sair de casa mamãe falou pra mim, eu sorri e dei um beijo em sua testa se despedindo.Já indo direto ao ponto de ônibus, que não era tão longe de nossa casa, eu via papai muito feliz, era inevitável ver seus olhinhos brilhando, ele sabia que íamos conseguir vencer essa luta contra o câncer juntos
JúlioMeus dias estavam sendo contados aqui dentro, aqui parecia que o tempo não passava nunca, minha ansiedade só aumentava mais para o dia da fuga, fora ela eu não iria sair nunca desse inferno.Pra variar, semana passada Heloísa não deu pra vim na visita, por quais motivos isso eu não sei, mas ela vai aprender a cumprir regras, eu já pagava ela o suficiente bem, não tinha que tá dando desculpinha pra não vim nas visitas.Hoje era o dia da visita, eu já esperava o policial vim me chamar. Não sei se essa ela iria vim, ou viria algum parceiro meu.Mas por incrível que pareça eu pedia mentalmente para que ela vinhesse, nossa última transa foi uma das melhores, ela se entregou real no bagulho, aquela mulher conseguia mexer comigo por completo.Policial: Júlio Garcia, visita. -O policial chamou minha atenção.Os homens das outras celas todos olhavam pra mim espantados, eles sabiam que eu colocava qualquer um ali no chinelo.Policial: Somente 1 hora Garcia, e não faça por onde a gente ac
HeloísaEu não aguentava mais tudo isso, apanhar de graça de um cara que não tem a menor noção das coisas. Ele tinha passado de todos os limites, ele me bateu, somente porque eu não tinha ido na visita semana passada, eu estava arrasada.Meu pai precisava de mim na clínica no dia da visita passada, Júlio não poderia ter me tratado daquele jeito, eu não tenho motivos pra tá mentindo pra ele, e ele também não precisava ter me tratado daquela forma.Ele era um completo imbecil.Assim que avistei o carro de PH, sair correndo em sua direção, eu só precisava naquele momento chorar e desabar. Porque tudo na minha vida tinha que dar errado daquele jeito.Heloísa: Me leva pra casa PH, por favor. -Entrei no banco de trás do seu carro e ali fiquei chorando baixinho.PH: Quer me contar o que aconteceu ? -PH falou quando já estávamos a caminho do morro.Heloísa: Não quero mais ir visitar o Júlio. -PH se espantou com a minha decisão, ele sabia que eu precisava muito do dinheiro.Eu estava tomando a
Heloísa 1 Mês Depois.E hoje fazia exatamente 1 mês que tinha deixado de fazer as visitas ao Júlio na prisão. Querendo ou não aquilo me deixava receosa, a todo momento eu pensava nele.Como será que ele tava ? Quem estava indo fazer as visitas íntimas no meu lugar ?Mesmo não fazendo as visitas, PH fez questão de ficar me dando o dinheiro pra ajudar meu pai no tratamento. Eu não sabia se isso tinha sido atitude de Júlio, mas eu fiquei extremamente feliz, e agradeceria aos dois de todo jeito.Lembro até no dia que ia passando na rua de baixo, eu estava a caminho do meu trabalho, quando PH me chamou pra conversar .Flashback onPH: Heloísa, quero bater um papo contigo, pode ser ? Heloísa: Claro, eu também queria falar com você. -Já tinha tomado minha decisão, e eu não poderia voltar atrás, mesmo não querendo fazer isso.PH: fala tu primeiro. -Ele esperou eu falar.Heloísa: Infelizmente não posso continuar indo fazer as visitas pro Júlio. - Somente falei o que eu já estava fazendo a 1
JúlioAs coisas por aqui não andavam tão bem quanto parecia. Já fazia 1 mês que eu tava sem ela, sem as visitas da Heloísa, aquilo me quebrava por inteiro e só me fazia pensar nos meus erros, e em como eu me arrependi de ter feito aquilo com ela.Quando ela passou mais de 4 semanas sem vim, eu já real cogitei que ela não queria mais nem olhar na minha cara depois do que eu fiz. Ela não tinha culpa por eu ser possessivo. Heloísa precisava muito do dinheiro pra ajudar o pai dela no tratamento lá contra a doença. Então dei a ideia do PH ficar dando ela a cada mês a mesma quantia que ela recebia pelas visitas.PH mandou já mais de 4 mulheres diferentes para mim, mas nenhuma era ela, nenhuma tinha o carisma dela, nenhuma tinha o sorriso dela, nenhuma tinha o toque macio das mãos delas.Eu estava ficando louco, minha fuga estava sendo mais difícil do que eu pensava. Os policiais tinham achado o buraco por onde seria a fuga, e um dos policiais que me ajudaria no plano foi afastado da delega
HeloísaFlashback on.Júlio: Volta a fazer às visitas por favor, eu preciso muito de você aqui toda semana. Você me reconecta de um jeito maravilhoso. Você pode ? Heloísa: Júlio eu não posso, eu tenho outros motivos e tenho outros focos lá fora nesse momento, me desculpa, mas infelizmente eu não posso fazer isso. Júlio apenas abaixou a cabeça. Eu pensei que ele fosse surtar com a minha resposta, mas ele somente abaixou a cabeça e ficou em silêncio.Flashback off.E essa tinha sido a decisão mais árdua que eu tinha feito na minha vida a 3 meses atrás.Júlio precisava de mim, mas infelizmente ele me causou remorsos, e eu não poderia voltar com minhas palavra atrás.E também tinha Pedro, que durante esses meses foi meu companheiro, meu amigo e meu amor. Eu me sentia bem perto dele, eu me sentia cuidada e principalmente amada.Eu não poderia escolher um homem agressor, sem sentimentos. Enquanto do meu outro lado eu tinha Pedro, um homem carinhoso e cuidadoso.Minha decisão tinha sido e