Eu acordo no quarto de Roldoff, ele ainda está agarrado em mim, sua barba por fazer arranha um pouco o meu pescoço. Eu me viro lentamente para ele e percebo que ele está dormindo profundamente e também parece calmo. Com meu dedo indicador, eu percorro toda a linha perfeitamente alinhada da mandíbula dele, seus cílios grandes e negros, lábios carnudos e bem avermelhados, as sobrancelhas grossas mas bem feitas, e no sinal que ele tem na orelha que até faz parecer que ele está usando um brinco. Ele acorda com meus toques, abre os lindos olhos azuis e parece estar prestes a falar algo quando a porta do quarto é aberta de repente.
Raffael entra feito louco no quarto já falando:
- O comboio das armas.... nós o rastreamos... Estamos prontos para ir tomá-lo de volta... Todos os nossos homens estão à caminho para o Porto, vai ser uma grande guerra.
Roldoff pula da cama ainda nu, corre até o guarda roupa e pega uma m
A noite chega, e finalmente eu e as outras duas mulheres temos nossas algemas retiradas para que possamos nos alimentar e nos hidratar. Dois homens enormes ficam nos olhando enquanto estamos comendo, eu não posso deixar de notar que os talheres são descartáveis. Eles nos dão 15 minutos para terminar tudo, passados os quinze minutos eles começam a nos algemar de volta, um deles algema a mulher da direita enquanto o outro algema a da esquerda. Eu fico por último, quando chega a minha vez um deles dá um passo a frente mas é impedido de continuar por causa da mão do seu parceiro no peito dele, eles então resolvem jogar pedra, papel, tesoura para decidir qual deles é quem vai me algemar. Após um deles ganhar ele vem até mim com uma cara de satisfação e desejo que o deixa altamente amedrontador, ele me dá um tapa na bunda, um ainda mais forte do que ganhei de Roldoff. A marca fica visível quase que instantaneamente, ele sorri e me joga na cama, está claro que eles não jogaram para decidir
Eu acordo com uma mão em volta da minha cintura, eu percebo que estou dormindo com as minhas costas aquecidas pelo corpo de um homem. Eu respiro fundo e olho ao redor, vejo uma arma em cima da escrivaninha. É aí que me dou conta, estou em casa, Roldoff me encontrou e me resgatou, nunca achei que ficaria feliz em voltar para esse mausoléu, o meu mausoléu. Me viro lentamente para ficar de frente à Roldoff na cama, com cuidado para não acordar ele eu finalmente fico de frente a ele. Quando eu levanto o meu olhar para vê-lo dormir, percebo que ele já está me encarando, com uma expressão de quem está muito preocupado ele fala: - Foi mais um pesadelo? - Mais um? - Você passou a noite inteira falando e se mexendo como se quisesse fugir de algum lugar. - Ah, eu não lembro. - Desculpa, eu sinto muito mesmo Camile, eu vou matar aquele velho por ter feito isso com você. - Bem, eu
gritos são altos, e minha mente já não aguenta mais. Estava ficando louca em saber que enquanto estou deitada em minha cama, no meu quarto, existe um homem que está amarrado e sendo torturado no andar de baixo. Eu abro o armário de remédios e pego um que vá me fazer dormir.Depois de medicada eu adormeço e não dou sinal de mais nada.Acordo de madrugada, mas percebo que não estou mais no meu quarto, estou no quarto de Roldoff, e ele está agarrado a mim como uma criança se agarra ao urso de pelúcia para dormir.Me viro delicadamente para que não o acorde, lhe dou um beijo de bom dia e saio sem que ele perceba. Vou até o banheiro do quarto dele e começo a encher a banheira, coloco sais de banho e faço bastante espuma, assim que a banheira está cheia eu entro e me deito aproveitando a água morna relaxando meus músculos ainda doloridos. Enquanto me esfrego, eu percebo que as marcas das algemas ainda estão visivelmente fortes em meus pulsos, solto a esponja e toco
Roldoff sai do banheiro com suas feições vermelhas, parecendo até estar envergonhado por seus gemidos.Ele veste um roupão, e nada mais. Se deita ao meu lado e me vira para que minha bunda fique virada para ele, então ele me agarra e nós ficamos de conchinha, ele beija meu pescoço e depois minha orelha e então sussurra: - Por favor, não me faça isso de novo. Se não me quer ok, mas saiba que eu te quero muito, e não aguento saber que até uma merda de vibrador tem mais você do que eu.Eu me viro para ele, acaricio sua mandíbula perfeitamente desenhada e respondo a ele: - Eu não sou uma puta Roldoff, eu exijo respeito e consideração. Faça isso e aí você terá ao menos um pouco de chance. Eu deixei você me ter, não porque eu te desejava e sim porque eu sabia que você ficaria viciado em mim. Agora se quiser provar de novo, se quiser ter um mínimo de chance de me ter de novo, me respeite e me co
Depois de toda aquela conversa séria que tivemos nós fomos arrumar as malas, ficamos todo o processo sem dizer uma só palavra, Roldoff de vez em quando se forçava a fingir um sorriso caloroso e animado, mas seus olhos quase que lacrimejando tentavam me mostrar a verdade, a vulnerabilidade daquele homem grande e musculoso com quem eu me casei, a sua verdadeira face.Seguimos para o carro em um silêncio torturador, Roldoff pegou nossas bagagens e as colocou no porta malas do carro, e pela primeira vez ele abriu a porta do carro para mim. Eu não queria admitir, mas ver todo aquele esforço dele ao tentar sorrir e parecer bem me deixou com um nó na garganta, como se eu fosse a pessoa que estivesse torturando o homem que é temido por suas horrendas torturas. Eu entro pela porta que Roldoff abriu para mim e penso em agradecer pelo gesto dele mas antes que eu chegue a pronunciar algo, ele fecha a porta e faz a volta no carro até o outro lado, entra e se senta com um livro,
Ele se posiciona em meio às minhas pernas e as abre, ele olha para mim sorrindo enquanto diz: - É, provavelmente é melhor para mim se nós continuarmos isso na cama. Eu não sou bom em segurar o fôlego.Não consigo segurar uma gargalhada alta e sincera que ecoa pelo banheiro, neste momento eu percebo que há anos eu não conseguia rir de verdade, ou parar de me sentir oprimida ou humilhada, e por incrível que pareça esse homem frio e arrogante conseguiu mudar tudo isso. Pela primeira vez em muito tempo eu me sinto desejada em um lugar, cuidada e notada, no começo foi estranho porque eu não entendia como aquilo podia fazer o menor sentido, porém hoje eu entendi : Roldoff Mertz e eu somos duas pessoas que perderam as únicas formas de amor que tínhamos, nossas mães e desde então a guerra foi declarada, não só ao nosso redor, mas também no nosso interior, somos feridos em busca de cuidados.Eu me agarro a ele em um abraço apertado, com lágrimas nos olho
Diante de todo o caos que causamos na noite passada Roldoff está em um sono profundo, e enquanto isso eu estou sentada no sofá da varanda, pensando no que toda essa confusão pode se tornar, e rezando para que não passe de um susto. Meus pensamentos são interrompidos por sons de passos atrás de mim, Roldoff chega bocejando e falando com sua voz sonolenta: - Nossa senhora, que noite. Dormiu bem sem mim? Aposto que sim. - Na verdade sim, nem vi a hora que eu apaguei. - É, eu queria dizer a mesma coisa sabe? Que eu tive uma boa noite de sono, mas não rolou. - É... Tá bom Roldoff, para te compensar eu fiz um ótimo café da manhã... Vamos lá??? Ele não vai ser comido sozinho. - Vamos lá, estou faminto...Nós vamos para a cozinha e começamos nosso café da manhã em silêncio. Roldoff come o lanche como se não comesse a tempos... Saboreamos toda a comida s
Ao ouvir aquilo meu peito se desmorona, lágrimas correm dos meus olhos para minhas bochechas. Roldoff será pai, e não vai ser comigo, bem ao menos eu acho que não comigo. Marina fez tudo o que fez e vai se sair dessa impune, eu quase virei um objeto sexual de um velho por causa dela, e o que ela ganha de castigo? Regalias por ser a mãe do primogênito do chefe da máfia localMe levanto e quando eu percebo minha mão está atingindo em cheio o rosto de Roldoff, a marca se forma quase que instantaneamente. Ele não reage, continua com o olhar vazio como se me perguntasse o que ele tem fazer, em que direção ele tem que seguir, pela primeira vez vejo ele vulnerável e indeciso. Mil e um pensamentos inundam minha mente, mas os olhos desse homem que está sentando à minha frente, os ombros caídos, a linda mandíbula cerrada, e os dedos nervosos da mão dele fazem a minha raiva ceder o lugar dela para uma enorme quantidade de dó.Eu percebo então que pela primeira vez ele é quem