Roldoff sai do banheiro com suas feições vermelhas, parecendo até estar envergonhado por seus gemidos.
Ele veste um roupão, e nada mais. Se deita ao meu lado e me vira para que minha bunda fique virada para ele, então ele me agarra e nós ficamos de conchinha, ele beija meu pescoço e depois minha orelha e então sussurra:
- Por favor, não me faça isso de novo. Se não me quer ok, mas saiba que eu te quero muito, e não aguento saber que até uma merda de vibrador tem mais você do que eu.
Eu me viro para ele, acaricio sua mandíbula perfeitamente desenhada e respondo a ele:
- Eu não sou uma puta Roldoff, eu exijo respeito e consideração. Faça isso e aí você terá ao menos um pouco de chance. Eu deixei você me ter, não porque eu te desejava e sim porque eu sabia que você ficaria viciado em mim. Agora se quiser provar de novo, se quiser ter um mínimo de chance de me ter de novo, me respeite e me co
Depois de toda aquela conversa séria que tivemos nós fomos arrumar as malas, ficamos todo o processo sem dizer uma só palavra, Roldoff de vez em quando se forçava a fingir um sorriso caloroso e animado, mas seus olhos quase que lacrimejando tentavam me mostrar a verdade, a vulnerabilidade daquele homem grande e musculoso com quem eu me casei, a sua verdadeira face.Seguimos para o carro em um silêncio torturador, Roldoff pegou nossas bagagens e as colocou no porta malas do carro, e pela primeira vez ele abriu a porta do carro para mim. Eu não queria admitir, mas ver todo aquele esforço dele ao tentar sorrir e parecer bem me deixou com um nó na garganta, como se eu fosse a pessoa que estivesse torturando o homem que é temido por suas horrendas torturas. Eu entro pela porta que Roldoff abriu para mim e penso em agradecer pelo gesto dele mas antes que eu chegue a pronunciar algo, ele fecha a porta e faz a volta no carro até o outro lado, entra e se senta com um livro,
Ele se posiciona em meio às minhas pernas e as abre, ele olha para mim sorrindo enquanto diz: - É, provavelmente é melhor para mim se nós continuarmos isso na cama. Eu não sou bom em segurar o fôlego.Não consigo segurar uma gargalhada alta e sincera que ecoa pelo banheiro, neste momento eu percebo que há anos eu não conseguia rir de verdade, ou parar de me sentir oprimida ou humilhada, e por incrível que pareça esse homem frio e arrogante conseguiu mudar tudo isso. Pela primeira vez em muito tempo eu me sinto desejada em um lugar, cuidada e notada, no começo foi estranho porque eu não entendia como aquilo podia fazer o menor sentido, porém hoje eu entendi : Roldoff Mertz e eu somos duas pessoas que perderam as únicas formas de amor que tínhamos, nossas mães e desde então a guerra foi declarada, não só ao nosso redor, mas também no nosso interior, somos feridos em busca de cuidados.Eu me agarro a ele em um abraço apertado, com lágrimas nos olho
Diante de todo o caos que causamos na noite passada Roldoff está em um sono profundo, e enquanto isso eu estou sentada no sofá da varanda, pensando no que toda essa confusão pode se tornar, e rezando para que não passe de um susto. Meus pensamentos são interrompidos por sons de passos atrás de mim, Roldoff chega bocejando e falando com sua voz sonolenta: - Nossa senhora, que noite. Dormiu bem sem mim? Aposto que sim. - Na verdade sim, nem vi a hora que eu apaguei. - É, eu queria dizer a mesma coisa sabe? Que eu tive uma boa noite de sono, mas não rolou. - É... Tá bom Roldoff, para te compensar eu fiz um ótimo café da manhã... Vamos lá??? Ele não vai ser comido sozinho. - Vamos lá, estou faminto...Nós vamos para a cozinha e começamos nosso café da manhã em silêncio. Roldoff come o lanche como se não comesse a tempos... Saboreamos toda a comida s
Ao ouvir aquilo meu peito se desmorona, lágrimas correm dos meus olhos para minhas bochechas. Roldoff será pai, e não vai ser comigo, bem ao menos eu acho que não comigo. Marina fez tudo o que fez e vai se sair dessa impune, eu quase virei um objeto sexual de um velho por causa dela, e o que ela ganha de castigo? Regalias por ser a mãe do primogênito do chefe da máfia localMe levanto e quando eu percebo minha mão está atingindo em cheio o rosto de Roldoff, a marca se forma quase que instantaneamente. Ele não reage, continua com o olhar vazio como se me perguntasse o que ele tem fazer, em que direção ele tem que seguir, pela primeira vez vejo ele vulnerável e indeciso. Mil e um pensamentos inundam minha mente, mas os olhos desse homem que está sentando à minha frente, os ombros caídos, a linda mandíbula cerrada, e os dedos nervosos da mão dele fazem a minha raiva ceder o lugar dela para uma enorme quantidade de dó.Eu percebo então que pela primeira vez ele é quem
Depois de um fim de semana romântico arruinado Roldoff e eu voltamos para nossa casa, e logo ao chegarmos percebemos que o carro de Leon está na garagem da mansão, eu me apresso para chegar dentro de casa antes de Roldoff, mas comparadas as longas pernas as minhas não passam de uma miúda imitação de pernas.... Para cada dois passos que eu dou Roldoff dá um, desse modo nós chegamos juntos e a irritação de Roldoff é visível já que ele está com a mandíbula totalmente travada.Leon está sentado no sofá da sala, à frente dele está Raffael calado e visivelmente incomodado com a presença de Leon, a tensão é quase que palpável no lugar. Tentando amenizar a situação eu falo: - Hey Leon, veio ver se tava tudo bem né? Esqueci de te mandar mensagem, desculpa amigo. - É Mile, vim ver se você tava viva... _ Leon diz me olhando com um olhar moleque. - Não é ela a pessoa que eu quero matar, eu te asseguro... _ Roldoff diz olhando de
Acordamos com o sol brilhando em nossa direção. Ainda deitados em silêncio nós dois estamos perdidos, cada um com seus medos e esperanças, com planos para a vida do bebê, mas um pensamento nós temos em comum: não queremos que o nosso bebê cresça nesse meio cheio de morte e violência, e sabemos que temos nove meses para conseguirmos escapar de algum modo, o que será difícil, mas estamos determinados a conseguir sair disso tudo.Roldoff quebra o silêncio me dando um beijo no ombro esquerdo e falando pela primeira vez de um jeito manhoso: - Bom dia para os amores da minha vida.Meu espanto foi tanto que eu me viro quase que instantaneamente para ele, que está com um sorriso largo e caloroso estampado em seu rosto. - Nossa, bom dia príncipe da máfia... _ Digo enquanto acaricio a barba por fazer dele. - Esse príncipe da máfia está com os dias de seu reinado contados minha donzela... &nb
Ainda atordoada com tudo o que está acontecendo, eu decido tomar um banho quente e esperar a hora do almoço. Entro no banheiro, coloco meu roupão a posto e sigo para a preparação do meu tão merecido banho. Pego sais de diferentes origens e aromas, velas para uma aromaterapia, uma ducha para esfolar meu corpo, meu shampoo preferido e coloco todos o mais próximo possível da banheira. Coloco a banheira para encher de água morna e me sento ao lado dela para esperar que o nível da água esteja em uma proporção maior, enquanto isso o fato de Raffael ter me ameaçado não sai da minha mente, e o pior de tudo foi que eu acreditei que ele seria a única pessoa nesta máfia toda que nunca, jamais, em circunstâncias nenhuma, me faria algum tipo de mal. Uma pergunta me vem à mente e eu sem querer acabo por falar ela em voz alta: - Será que eu conto ao Roldoff? Quer dizer.... Eu devo contar para ele?...De repente sou pega de surpresa quando Roldoff me questiona da port
Estamos todos aqui, parados e calados. O olhar de Raffael está fixo em mim, mas o de Roldoff está muito distante, ele olha pela janela com um semblante triste e eu não posso deixar de sentir facadas em peito. Sei que no seu interior Roldoff pede que tudo isso não passe de um mal entendido, que eu não seja a pessoa que o está tentando derrubar, que o meu amor por ele não seja apenas um conto de três, eu sei que no fundo ele ainda acredita em mim, e sim eu irei usar isso a meu favor, se eu sou a informante ou não ele terá de esperar para saber.Dou alguns passos em direção ao meu marido, e direciono o meu olhar para Raffael e o respondo em alto e bom tom: - Se esse colar é ou não uma escuta eu não sei, foi um presente que recebi e o guardei sem nem ao menos usá-lo uma vez se quer. _ Digo isso enquanto aponto para o colar.Rolfdoff instantaneamente levanta o olhar e seu semblante muda como se dissesse “eu sabia, eu sabia que não era você”. Raffael no enta