Eu saio da cama e vou para o armário nervosa.
Coloco um par de jeans com um moletom e tênis, já que está frio à noite, e prendo meu cabelo para trás em um rabo de cavalo. O som de uma mensagem chega no meu celular e acho que deve ser Scott me enviando a localização de sua casa.
Aproximo-me da cama e coloco estrategicamente alguns travesseiros para que, cobertos com o lençol, pareçam a minha silhueta adormecida. Apenas no caso de minha mãe aparecer. Se funciona em filmes, por que não tentar?
Pego meu celular e disco
E eu o beijo.E não há mais nada nesta sala, mais ninguém.É como se todos os problemas que nos impediam tivessem desaparecido.O que mais faz tudo.Agora é só ele e eu.Com um simples roçar de lábios, tão arrumado, tão inocente e tão terno, consigo algo para acender dentro de mim, algo novo, uma mistura do desejo de mais que sinto agora, o desejo e a adrenalina que percorre meu veias. .Talvez seja isso que o torna tão tentador... saber que está fora dos limites.É como se nossos lábios se encaixassem perfeitamente, mesmo que apenas os mantenhamos pressionados, e passamos segundo após segundo assim, talvez um minuto, quem sabe.Eu sinto sua respira&cced
Lailah.-Estou grávida. Por um momento, meu mundo para completamente, até que eu termine de assimilar a situação.Ela olha para mim esperando uma resposta.-Ahhh... eu... Me desculpe
AzaelCruzo os braços sobre a cabeça e olho para Lailah com um sorriso malicioso. Ela está sentada na beira da cama, bem ao meu lado, curativos e álcool na mão, esperando que eu tire as calças para me curar, mas ela está com vergonha de me pedir, e eu quero que ela o faça. O otário do Scott nos olha da entrada da sala, parece que ele também está se divertindo com essa situação.-Vamos, diga! - ele grita com entusiasmo.- Isso me excita.-Scott... -Eu aviso com um tom ameaçador.-Que?
Droga, ela está machucada.Decido calar a boca porque se eu falar, tenho certeza que vou estragar tudo.Não estou acostumada a ter esse tipo de situação, acho que é a primeira vez em todo o ano que tento me desculpar com alguém. -Já acabei.É melhor eu ir para casa.-Que?Nem falar.Você não vai voltar sozinha a esta hora, neste bairro.- digo ao ver como ela sai da cama. LailahGigi segura minha mão com força enquanto a médica passa o pequeno aparelho com um líquido claro por toda a barriga. Em uma tela, ao lado da maca, você pode ver algumas manchas brancas, pretas e cinzas. -O feto tem três semanas- O médico murmura, abaixando seus pequenos óculos na ponta do nariz. Gigi afrouxa seu aperto na minha mão e eu movo meus dedos para fazer a circulação correr por eles novamente. Ela solta um suspiro e eu a vejo mais aliviada. O médico estende uma toalha branca para ela.- Aqui, limpe-se e jogue a toalha naquele cesto. Então você pode ir para casa. Nos vemos daqui a um mês para ver sua evolução e verificar20
Uma velha música de rock toca nos alto-falantes e de repente estou cercada por um monte de gente me empurrando de um lado para o outro, no bar, há vários bartenders devastados pela extrema demanda por álcool. Vejo degraus na extremidade da sala que levam a uma sala mais alta com uma mesa de sinuca no centro, cortada por uma corda de veludo vermelho. Começo a empurrar as pessoas e a passar por elas até chegar aos degraus, recebendo várias reclamações e cotoveladas. Afasto a corda que me impede de passar e entro, mas sou parado por outros dois gorilas três cabeças mais altos que eu.-Aonde você pensa que está indo?- um deles pergunta, me intimidando.-Deixe ela Bill! Venha comigo! -uma voz tremendamente familiar fala pelas costas dos dois guardas. Eles se afastam sem protestar e me deixam p
LailahO jogo começa e todos levantamos nossas cartas. Azael olha para o dele e para o meu e sorri. Mas estas não são cartas de poker normais.O jogador à nossa direita começa, e quando é a nossa vez Azael joga a minha carta. Quando é a vez do jogador à nossa esquerda, ele rola um número par e deixa mil dólares na mesa, a quantia certa para começar a apostar.- Merda- Azael sussurra com uma expressão divertida. Mas ele parece levar para o lado pessoal e deixa mais duzentos dólares.Azael olha para mim, estala os lábios e se recosta na cadeira.
Frustração e raiva tomam conta de mim e começo a me perguntar se ele gostou tanto quanto eu. E instantaneamente fica claro para mim. Não. Claramente não. Eu me arrependo de ter feito isso e tenho vontade de chorar tanto, então fico olhando para o chão, tentando não ouvir as queixas da garota sangrando até a morte na calçada.-Os quarenta e cinco minutos acabaram! -Anuncia pelo microfone.- Quem você acha que é o vencedor?- ele pergunta com entusiasmo. As pessoas gritam o nome de Azael, então o de bigode se aproxima dele e levanta o braço quebrado no ar, proclamando-o o vencedor, fazendo o povo gritar como louco.Ele mal sorri, apenas pega o dinheiro da mesa e o coloca e