- Carina acordou? - Perguntou Isabela.Isabela se levantou abruptamente do chão.- Sim, acabou de acordar. Fiz uma sopa revigorante para ela, agora ela está muito mais lúcida. - Respondeu Iara.Isabela seguiu Iara para o quarto de hóspedes, onde viu Carina na cama tomando a sopa, esvaziando a sopa rapidamente ao ver ela.- Felícia. - Chamou Carina.- Como está se sentindo? Alguma dor de cabeça ou algo assim? - Perguntou Isabela, assentindo.- Não, a sopa revigorante que a tia Iara fez é deliciosa. - Disse Carina. Dizendo isso, Carina ergueu a tigela vazia, continuando. - Tia Iara, ainda tem mais? Eu gostaria de tomar mais uma. - Não tem mais, mas eu também fiz canja de gergelim preto. Gostaria de tomar uma? - Disse Iara, pegando a tigela.- Claro, obrigada. - Respondeu Carina.- De nada. - Disse Iara.Enquanto Iara saía, Isabela se sentou na beirada da cama. - Você me procurou porque tem algo para me dizer? - Perguntou Isabela.- Sim. - Respondeu Carina, assentindo, segurando a mão
- Naquele momento, eu tinha bebido bastante, mas só estava um pouco tonta, andando meio cambaleante, mas definitivamente não estava completamente bêbada. Eu estava descansando no sofá quando o motorista que trouxe a gente ali veio até mim e disse que Sr. M queria que eu fosse para cima esperar por você. Eu não sabia o que estava acontecendo com você e pensei que você tinha mandado ele me procurar, então eu segui ele para cima. - Explicou Carina, passando a língua pelos lábios ressecados e acrescentando. - Quando cheguei lá em cima, ele serviu mais um pouco de bebida e começou a me fazer algumas perguntas.Isabela ficou em alerta de imediato.- Que tipo de perguntas? E sobre quem eram essas perguntas? - Perguntou Isabela.- Você. - Respondeu Carina.Ao ouvir isso, Isabela mudou de expressão, com um misto de emoções confusas. Ela não sabia em quem podia acreditar.Tudo isso estava tão bizarroAs coisas estavam ficando cada vez mais estranhas.Ela conhecia o Sr. M havia tanto tempo, ele n
Vendo o rosto pálido de Isabela e as gotas de suor em sua testa, Carina pegou um lenço para ela se limpar. - Felícia, você está bem? Aquele Sr. M é importante para você? - Perguntou Carina.Isabela recuperou a compostura, olhando para Carina um tanto atordoada. Para ela, o Sr. M era realmente importante, mas Caio... Parecia alguém que ela acabava de conhecer. No entanto, com Tomás ao lado de Caio, como ele não poderia ser o Sr. M? Além disso, Gabriel havia mencionado que ele era o Sr. M...Ela estava completamente confusa.- Felícia? Você está bem? Meus pensamentos podem ser um pouco tendenciosos e subjetivos, então se houver... - Disse Carina.Antes que Carina pudesse terminar, Isabela balançou a cabeça. - Estou bem, o que você disse foi uma análise razoável. Sou eu que... Fiquei muito subjetiva. - Disse Isabela.- Felícia... - Disse Carina.Embora ela dissesse isso, Carina sabia que Isabela estava à beira de um colapso. No final, Isabela suspirou profundamente e se levantou da c
Após chegarem à delegacia, Isabela e Carina foram separadas para prestar depoimento. O conteúdo era simples. Explicando a situação daquela noite. Isabela não queria mentir e optou por ser honesta, exceto pelas partes como Gabriel perfurando a mão de Daniel com uma faca e a ligação posterior com Rodrigo no carro.- Srta. Felícia, há algo mais privado que precisamos perguntar. - Disse o policial, olhando com seriedade para ela. - Qual é a sua relação com o Sr. Gabriel? Em outras palavras, Gabriel mataria por você por conta do incidente com Daniel? - Na verdade, é como todos viram. O Sr. Gabriel é um amigo do meu marido. - Respondeu Isabela, fingindo estar com calma, apertando as mãos sob a mesa.- Mas de acordo com o que dizem, seu marido, Sr. André, parece ter se desentendido com o Sr. Gabriel há quatro anos. - Disse o policial.Ouvindo isso, Isabela fingiu rir de forma descontraída.- Policial, você deve saber que o advogado do Sr. Gabriel agora é meu marido, certo? - Respondeu Isabe
- Por que você balançou a cabeça? Não pode ajudar ele? - Perguntou Isabela.André fez um gesto para Isabela, indicando que ela se aproximasse um pouco mais. Sabendo que estavam na delegacia, onde certas informações não podiam ser discutidas em voz alta, Isabela se inclinou para perto.- Essa situação está complicada. Alguém fez uma denúncia formal contra Gabriel. - Respondeu André.Ao ouvir isso, o rosto de Isabela mudou e ela olhou ao redor. - O quê? Denúncia formal? Mas há alguma evidência? - Sussurrou Isabela, perplexa.- Não há evidência concreta, mas há fotos do Rodrigo pisoteando Daniel e levando ele embora. - Disse André.- Mas isso não prova que Gabriel matou alguém. - Comentou Isabela.- Sim, mas também não prova que ele não matou, especialmente sem evidências de que ele não instruiu Rodrigo a cometer o assassinato. - Disse André.- Então, você está confiante? - Perguntou Isabela, apertando os lábios.- Apesar da complicação, tenho confiança. A questão principal agora é o mo
Ao pensar nisso, André já tinha uma compreensão clara. No entanto...- Carina, você também suspeita do Caio? - Perguntou André.- Sim, eu sinto que algo está errado com esse homem. Ele mentiu várias vezes sobre o que aconteceu na noite passada, todas as mentiras eram dirigidas à Felícia, como se estivesse construindo uma imagem específica para ela... - Explicou Carina, assentindo. Em seguida, ela fez um gesto de negação. - Eu não sei, mas minha intuição diz que não posso confiar totalmente nesse homem.André se virou olhando para Isabela, suspirando de leve.Na verdade, ele também não confiava em Caio. Em termos de linha do tempo, Caio era a pessoa mais suspeita. E... Ele não acreditava que Caio fosse o Sr. M, afinal, sua presença era muito coincidente. Tudo parecia muito coincidente.Durante o almoço, Isabela ficou com a cabeça baixa, quase não falou, mal tocou na comida. Isso preocupou André, mas ele ficou sem jeito para falar alguma coisa, então fez sinal para Carina ficar mais t
O toque normal, tão comum que mal se percebia, parecia agora um sino fúnebre vindo do inferno, ecoando sem parar no quarto...Isabela encarava fixamente na direção da porta, suas unhas pressionando na carne enquanto se forçava a ficar de pé. Cada passo parecia pesado e cheio de medo enquanto descia as escadas.Ela sempre estava fugindo, com medo de desvendar a verdade sobre Caio, relutante em discutir, relutante em acreditar. Mas agora, parecia que ela não tinha mais para onde correr, não havia mais escapatória, apenas poderia aceitar essa realidade cruel.No entanto... Por quê?Carina apoiava ela ao lado, vendo seu rosto pálido, com pequenas gotas de suor na testa. - Felícia, não se force. Devemos procurar ajuda, só você não será capaz de encontrar eles. - Falou Carina.Isabela não respondeu, se arrastando com dificuldade até a porta. Com a mão trêmula, agarrou a maçaneta.Mordendo os lábios, ela respirou profundamente, empurrando a porta com força para fora.Do lado de fora, Caio,
Isabela levantou a mão e abriu a palma, se acalmando de repente: - Eu não pretendia te ofender.- Isso é ainda melhor. - Cláudio, meio irritado, disse. - Agora há pouco, o segurança do condomínio veio correndo dizer que havia um problema com a represa aqui perto, que ela poderia desabar. Então, pediram para todos se reunirem em um abrigo temporário.- E agora?- Agora estão dizendo que foi um erro no sistema, então se enganaram. Na verdade, não há perigo, está tudo seguro. Nos Mandaram voltar.Isabela franziu a testa, enxugando as lágrimas do rosto: - Tem uma represa perto daqui?Cláudio pegou o celular, abriu o mapa, encontrou o local e mostrou para ela: - Aqui. Não é muito perto, mas está dentro do alcance.Isabela respondeu com um aceno. Se Lembrando de Caio, perguntou: - E aquele senhor, por que estava aqui?- Ele veio te procurar e acabou sendo levado pelo segurança para o abrigo. Lá dentro, por coincidência, encontrou conosco. Você não deve se preocupar tanto, ainda há mais p