Isabela saiu trocada e nem olhou para Gabriel, correndo para dentro.- Devagar. – Disse ele.Gabriel a seguiu, embora estivessem procurando por Carina, seus olhos não se afastavam de Isabela nem por meio segundo.Caio ainda poderia estar na exposição de joias, ele poderia agir, então Gabriel tinha que estar preparado.No entanto, Isabela estava correndo muito rápido, e com a multidão na exposição, ela quase foi empurrada após apenas dois passos.Sem opções, Gabriel teve que apressar o passo e alcançá-la, segurando sua mão:- Não corra tão rápido, tenha cuidado para não se perder.Naquele momento, Isabela estava cheia de preocupação em encontrar Carina, então foi assustada quando alguém a segurou. Ao olhar para trás, viu Gabriel e soltou a mão, irritada: - Me solte, não atrapalhe. Se algo acontecer com Carina, será culpa sua.- Eu tenho medo que você se perca.Isabela revirou os olhos para ele: - Eu não sou uma criança, isso não é um parque de diversões. Me solte imediatamente, eu pre
Caio sorriu de canto: - Sr. Gabriel, Srta. Felícia é minha amiga, é claro que não vou deixar que ela seja maltratada à toa. Fique tranquilo quanto a isso, e pode dizer ao Sr. André para ficar tranquilo também.Vendo isso, Isabela rapidamente puxou Gabriel: - Não faça nada precipitado.Talvez com medo de deixar Isabela chateada, Gabriel apenas lançou um olhar frio para Caio e foi até o sofá para pegar Carina, mantendo-se vigilante em relação a Caio. Ele disse para Isabela: - Vamos.Isabela olhou constrangida para Caio: - Desculpe, senhor, ele tem um temperamento forte. Obrigada pelo que aconteceu hoje.Caio apenas sorriu levemente e perguntou: - Quer que o Tomás os leve de volta?- Não precisa, não precisa.- Certo, quando chegar em casa, me avise. Se o Sr. Daniel realmente te incomodou, você precisa me contar, eu vou atrás dele. - Disse Caio.Lembrando da ligação que Gabriel fez no carro antes, Isabela tinha a sensação de que o tal Sr. Daniel ainda estava com Gabriel. Ela balançou
O clima dentro do carro ficou instantaneamente pesado.Isabela até esqueceu da discussão e rapidamente pegou alguns lenços para limpar o rosto de Carina. Quanto a Gabriel...Ela nem ousou olhar para ele, apenas puxou Carina para fora do carro e, em seguida, chamou um táxi que passava.Gabriel era extremamente higiênico e até mesmo se sujar com vômito em suas roupas poderia fazê-lo explodir de raiva, sem mencionar que ele foi atingido diretamente no rosto. Isabela podia imaginar o quão furioso ele estava. Se eles demorassem mais um instante, ela realmente tinha medo de que Gabriel pudesse punir Carina ali mesmo.Nesse momento, mesmo se Cláudio estivesse presente, não adiantaria.Afinal, se Cláudio tivesse vomitado no rosto de Gabriel, provavelmente também teria sido brutalmente espancado naquela noite.De volta à Vila da Nuvem, ela e tia Iara ajudaram Carina a tomar banho, trocaram suas roupas e a ajudaram a deitar na cama, se certificando de que ela estava bem. Somente então Isabela co
Na manhã seguinte, Isabela foi acordada pelas batidas frenéticas de Iara.- Senhorita, senhorita, acorde rápido, algo grande aconteceu. – Exclamou Iara.Isabela, assustada, se levantou abruptamente, sem abrir os olhos direito, foi cambaleando até a porta.- O que aconteceu? Aconteceu alguma coisa com Dulce e Rivaldo? – Perguntou Isabela.- Não. – Respondeu Iara, balançando a cabeça. - É a Carina? Carina está em apuros? Alguém chamou a ambulância? – Questionou Isabela.- Também não. – Respondeu Iara.Ao perceber que não eram essas pessoas, Isabela ficou perplexa.- Então é o Pedro ou João? Ou o André? Ou o Cláudio? – Continuou Isabela.- Senhorita, nenhum deles. É o Sr. Gabriel. – Negou Iara, balançando a cabeça repetidamente.Ao saber que não se tratava de nenhuma dessas pessoas, Isabela soltou um suspiro de alívio, coçou a cabeça e voltou a se deitar.- O que poderia acontecer com o Gabriel? – Perguntou Isabela.- É um grande problema! – Disse Iara. Ela foi até ela e puxou seu braço,
André parecia não esperar que ela fizesse essa pergunta.- Você não acredita? – Perguntou André, de volta.Isabela ficou completamente em silêncio por um momento.- Vá logo, espero por suas boas notícias. – Disse Isabela, depois de longo silêncio.Com isso, ela desligou a chamada e ficou olhando pela janela, perdida em seus pensamentos.As notícias afirmavam que Gabriel havia matado Daniel, o chefe da equipe de relações públicas da Jóias do Rio, e apresentaram uma narrativa coerente, incluindo até mesmo fotos como evidência.Daniel era a pessoa que tentou abusar dela na noite passada na exposição de joias.No entanto, Isabela, ouvindo as ordens de Gabriel para Rodrigo naquela hora, não conseguia ter certeza se ele realmente matou Daniel.Ela até... Estava inclinada a acreditar que ele fez isso.Além dele, quem mais poderia ter feito isso?No entanto...- Senhorita? – Chamou Iara, se aproximou dela, acenando na frente dela. – Senhorita, no que está pensando? Você acha que o Sr. Gabriel
Isabela considerou muitas possibilidades e suspeitos, mas ela sabia que havia uma pessoa que era a mais suspeita...No início, ela realmente suspeitava que Gabriel tinha matado Daniel, mas quando o incidente entre ela e Daniel foi revelado, ela sentiu que algo estava errado.Isso claramente era uma armadilha para Gabriel.A morte de Daniel, a briga de Gabriel com Daniel, incluindo o fato de ela ter sido assediada por Daniel, todas essas coisas formaram um ciclo perfeito.Herói salvava a bela, substituição de esposa morta, traição, esposa de amigo, busca pelo poder...As etiquetas que poderiam ser associadas a palavras sujas e imorais e os espaços para a imaginação eram muito grandes.Na segunda ligação que ele fez, Isabela finalmente atendeu.- Você viu as notícias? - Perguntou Caio.- Sim, eu vi. - Respondeu Isabela.- Onde você está? - Continuou Caio.- Estou em casa. - Respondeu Isabela.- Felícia, você sabe que agora você é uma testemunha crucial neste caso? - Disse Caio.- Sim, eu
- Carina acordou? - Perguntou Isabela.Isabela se levantou abruptamente do chão.- Sim, acabou de acordar. Fiz uma sopa revigorante para ela, agora ela está muito mais lúcida. - Respondeu Iara.Isabela seguiu Iara para o quarto de hóspedes, onde viu Carina na cama tomando a sopa, esvaziando a sopa rapidamente ao ver ela.- Felícia. - Chamou Carina.- Como está se sentindo? Alguma dor de cabeça ou algo assim? - Perguntou Isabela, assentindo.- Não, a sopa revigorante que a tia Iara fez é deliciosa. - Disse Carina. Dizendo isso, Carina ergueu a tigela vazia, continuando. - Tia Iara, ainda tem mais? Eu gostaria de tomar mais uma. - Não tem mais, mas eu também fiz canja de gergelim preto. Gostaria de tomar uma? - Disse Iara, pegando a tigela.- Claro, obrigada. - Respondeu Carina.- De nada. - Disse Iara.Enquanto Iara saía, Isabela se sentou na beirada da cama. - Você me procurou porque tem algo para me dizer? - Perguntou Isabela.- Sim. - Respondeu Carina, assentindo, segurando a mão
- Naquele momento, eu tinha bebido bastante, mas só estava um pouco tonta, andando meio cambaleante, mas definitivamente não estava completamente bêbada. Eu estava descansando no sofá quando o motorista que trouxe a gente ali veio até mim e disse que Sr. M queria que eu fosse para cima esperar por você. Eu não sabia o que estava acontecendo com você e pensei que você tinha mandado ele me procurar, então eu segui ele para cima. - Explicou Carina, passando a língua pelos lábios ressecados e acrescentando. - Quando cheguei lá em cima, ele serviu mais um pouco de bebida e começou a me fazer algumas perguntas.Isabela ficou em alerta de imediato.- Que tipo de perguntas? E sobre quem eram essas perguntas? - Perguntou Isabela.- Você. - Respondeu Carina.Ao ouvir isso, Isabela mudou de expressão, com um misto de emoções confusas. Ela não sabia em quem podia acreditar.Tudo isso estava tão bizarroAs coisas estavam ficando cada vez mais estranhas.Ela conhecia o Sr. M havia tanto tempo, ele n