Alguns dias depois, sabendo que Mariana havia sido presa, Isabela decidiu que era hora de as crianças voltarem para casa.- Dulce, Rivaldo, vocês estão bem de saúde e o perigo já passou. Hoje vocês voltarão com a tia Iara para casa. Devem obedecer a ela, está bem?Dulce, aconchegada no colo de Isabela, fez beicinho:- Mamãe, por que você não volta com a gente?- O braço da mamãe ainda não está curado, preciso de mais alguns dias para tirar o gesso. O hospital não é um bom lugar para crianças ficarem o tempo todo, sabem?Dulce assentiu, meio entendendo:- Sinto falta de comer com a mamãe, o irmão e o tio.Isabela sorriu e afagou os cabelos macios de Dulce:- Logo estarei em casa para comer com você, Dulce. Mas pode demorar um pouco mais para o tio.- Hmm, posso esperar. - Disse a pequena, espiando Isabela e murmurando. - Seria bom se o papai estivesse aqui também.Antes que Isabela pudesse responder, Rivaldo já a tinha segurado.- Dulce, não faça birra.Dulce olhou para ele, irritada:-
- Chamem a Felícia para mim, senão, eu mato a filha dela!Logo depois, se ouviram os soluços de Dulce.Isabela, com o rosto pálido, entregou Rivaldo à tia Iara e abriu caminho entre a multidão.Ao entrar, viu Mariana segurando Dulce, com um bisturi pressionado contra o delicado pescoço da menina. O sangue fresco já começava a se infiltrar na pele branca como neve, uma visão alarmante.- Mariana, estou aqui, solte a minha filha!Ao ouvir isso, Mariana se virou e sorriu friamente:- Felícia, você me fez perder tudo, não vou deixar você em paz!- Solte a minha filha!- Soltar? Por quê? - Mariana deu um passo para trás, rindo sinistramente. - Não tenho nada contra você, e ainda assim você me fez perder tudo, e quer me acusar de assassinato, quer que eu vá para a prisão!Falando isso, ela sorriu sarcasticamente:- Felícia, vou para a prisão, mas só depois de matar sua filha! Caso contrário, não conseguirei viver em paz! Você sabe o quanto me custou ter tudo o que tenho agora? E agora... -
Isabela não havia percebido a mudança em Mariana, apenas olhaou com surpresa para o homem à sua frente.Dulce, chorando, se lançou nos braços de Isabela, abraçando seu pescoço e fungando: - Mamãe, desculpe, mas eu estava realmente muito assustada, por isso não consegui segurar as lágrimas.Isabela finalmente se recuperou, baixando a cabeça para beijar os cabelos dela: - Bobinha, você só tem quatro anos, chorar é completamente normal. Claro que você vai chorar quando estiver assustada.Então, ela levantou a cabeça para olhar para Gabriel, apertando os lábios: - Obrigada.Nesse momento, Dulce de repente virou a cabeça e apontou para Gabriel, perguntando: - Tio, você realmente não é meu pai?Gabriel olhou para os olhos vermelhos dela, as lágrimas ainda penduradas em seus longos cílios, parecendo uma boneca, e ficou um bom tempo sem falar.Dulce, aparentemente indiferente, perguntou novamente: - Então, o tio gosta da minha mamãe?Gabriel ficou surpreso, um lampejo de tristeza passou p
Dulce falou com orgulho: - Sim! Minha mãe não é linda? E meu pai, não é muito bonito?Nana, um pouco invejosa, acenou com a cabeça: - Tia, tio, tudo bem.Isabela acariciou a cabeça de Nana: - Boa menina, e seus pais?Nana baixou os olhos e balançou a cabeça: - Como estou doente, eles não me querem mais. Agora têm uma nova família. Minha mãe até teve um irmãozinho novo, então raramente vêm me visitar.Isso deixou Isabela um pouco desconfortável.De repente, Dulce segurou a mão de Isabela: - Mamãe, venha aqui, preciso falar com você.Isabela se inclinou para ouvir Dulce sussurrar: - Mamãe, vamos ajudá-la. Sua avó está coletando lixo para pagar seu tratamento, e temo que não dure muito.Isabela ficou feliz com a bondade de Dulce.Mas, por algum motivo, ela se lembrou de Mariana. No início, achava Mariana digna de pena, por isso implorou ao pai para ajudá-la e até convenceu sua mãe a adotá-la como afilhada. Mas qual foi o resultado? Ruínas financeiras, desonra, desastre familiar..
Se não fosse por Gabriel segurá-la, ela teria continuado a brigar, embora soubesse que pessoas assim não se emendavam com palavras. As pessoas ao redor começaram a se aglomerar, apontando e murmurando sobre a mãe de Nana, a deixando envergonhada e furiosa. Ela foi diretamente até Nana e lhe deu um tapa.- Desgraçada! Eu te criei até agora e você revela nossos segredos para estranhos? Veja se ainda te dou dinheiro para comprar remédios!Originalmente, ela via Dulce como uma mina de ouro, mas agora que foi desmascarada, descarregou toda a sua raiva em Nana.Felizmente, um transeunte bondoso a empurrou para longe:- Que tipo de mãe é você, batendo em sua própria filha que tem doença cardíaca? Quer que ela morra?- O que vocês, ricos, sabem? Sabem quanto custa o tratamento? O pai da criança trabalha tanto que até tosse sangue, nossa casa está quase arruinada. O que mais eu poderia fazer?- Bobagem! Se está tão difícil, por que teve outro filho? Não consegue sustentar um e ainda tem outro
- Felícia. - Bernardo não conseguiu se conter e se aproximou, interrompendo os dois. - Está tudo bem?Isabela ficou surpresa ao vê-lo: - Bernardo? O que está fazendo aqui?Ao ouvir isso, um olhar de frieza passou pelos olhos de Bernardo, enquanto seu rosto abaixava melancolicamente, ele sorriu amargamente: - Felícia, já estou aqui há muito tempo. Fui eu quem prendeu a Mariana e afastou a mãe da Nana. Como você não percebeu nada disso? - Ele exibia uma expressão de tristeza e angústia em seus belos olhos. - Felícia, você não se importa comigo, isso realmente me entristece.- Eu... - Respondeu Isabela.Isabela ficou extremamente constrangida. Além de não ter reconhecido Bernardo, ele ainda havia ajudado a salvar Dulce. Ela se sentia muito mal consigo mesma.Vendo-a desconfortável, Gabriel interveio: - A situação estava tão confusa agora pouco, como ela teria tempo para se preocupar com você? Querendo mérito por tudo o que faz e buscando atenção de forma tão melancólica, você realmente
Desde o incidente anterior, Cláudio decidiu entrar em greve para evitar hostilidades.Portanto, no dia em que Isabela teve alta, André enviou Reginaldo para buscá-la.No entanto, antes mesmo de Reginaldo chegar, Isabela já havia arrumado suas malas e estava esperando sozinha em seu quarto.- Felícia. - Disse Bernardo.Ao ouvir a voz, Isabela olhou para cima, um tanto surpresa: - O que você está fazendo aqui?- Vim buscá-la para levá-la embora do hospital. - Respondeu Bernardo.- André já enviou alguém para me buscar. - Disse Isabela.Isabela estava prestes a inventar uma desculpa quando Bernardo se aproximou e segurou sua mão, perguntando: - Felícia, já considerou partir?- Partir? - Perguntou Isabela.- Sim, você e André estão se separando, não faz sentido ficar aqui. É melhor ir comigo. Você pode continuar administrando seu estúdio de design de joias, eu posso investir para você abrir mais lojas. E além disso, Dulce nasceu no exterior e se adaptaria melhor à vida lá, não acha? - Di
Assim que entrou no carro, Isabela apressou Reginaldo: - Dirija logo.- Sim, senhora. - Respondeu Reginaldo.Enquanto saíam, Reginaldo notou que Isabela continuava olhando para trás e não pôde deixar de perguntar: - Senhora, há algo errado?Isabela balançou a cabeça: - Não, é que dois mosquitos estavam me seguindo no hospital. Eu estava com medo deles terem entrado no carro.- Eu tenho uma pulseira repelente de mosquitos aqui. Você quer usar? - Aconselhou Reginaldo.Dizendo isso, Reginaldo pegou uma nova pulseira de uma caixa ao lado e entregou a Isabela.Isabela hesitou por um momento, mas acabou aceitando.Afinal, ela estava com preguiça de explicar que esses mosquitos não eram mosquitos reais.- Na verdade, essa pulseira foi preparada pelo Presidente André. Ele sabia que o seu tipo sanguíneo atrai mosquitos, então ele me pediu para ter alguns equipamentos repelentes de mosquitos no carro, além da pulseira, também temos pomadas e sprays. - Explicou Reginaldo.Após dizer isso, Regi