O ambiente estava mergulhado na escuridão, e o ar se tornava cada vez mais rarefeito.- Rivaldo, eu... Eu sinto como se estivesse ficando sem ar. Será que estamos perto da morte? - Disse Dulce.Dulce se apoiou fracamente no colo de Rivaldo, seu corpo pequeno tremendo incessantemente.Ela estava com muito medo, queria chorar, mas o ar sufocante a deixava sem forças, cansada e sonolenta, até mesmo as lágrimas pareciam ter desaparecido.Rivaldo a abraçou firmemente: - Dulce, não durma, você poderia contar para mim uma história sua com a sua mamãe? Ou talvez cantar uma música para eu ouvir?À medida que o tempo passava, Rivaldo também começava a ficar assustado, mas por Dulce, ele não ousava ter medo, ele não podia ter medo.Ele precisava ser o apoio de Dulce.Dulce era a única criança de sua madrinha, e ele estava determinado a protegê-la com todas as suas forças.- Rivaldo, estou com muito sono... - Disse Dulce.Dulce sentia seus olhos pesarem, sua cabeça estava pesada, se não fosse pel
A figura estava coberta de sangue, estendeu a mão para segurar a cadeira, mas caiu no chão devido à falta de apoio.As pessoas presentes ficaram atordoadas, e Isabela foi a primeira a reagir, correndo até ele:- Pedro?Ela abraçou Pedro, olhando as manchas de sangue em seu corpo, sem saber onde colocar as mãos: - Você... O que aconteceu?As mãos de Pedro, sujas de sangue, seguraram a mão dela enquanto ele abria os olhos inchados com dificuldade: - ...Irmã, Dulce foi capturada por Mariana, você... Vá salvá-la...- Eu entendi, eu entendi. Estamos procurando o local, vou levá-lo ao hospital primeiro. - Respondeu Isabela.No entanto, Pedro balançou a cabeça: - Eu posso não conseguir, não se preocupe comigo, vá salvar... Dulce! Eles foram para o norte da cidade, eu... Ouvi eles dizerem que é uma fazenda...Depois de dizer isso, Pedro desmaiou devido à perda de sangue.Isabela entrou em pânico, sem saber quem salvar primeiro. Ela olhou para Gabriel em desespero: - Ambulância... Salvar...
- Rivaldo, você não está sentindo um frio chegando...? - Perguntou Dulce.O coração de Rivaldo apertou, e ele usou um esforço extra para puxar Dulce mais para perto em seus braços, que já estavam rígidos.- E agora? Está se sentindo melhor? - Perguntou Rivaldo.Dulce tremia enquanto balançava a cabeça: - Rivaldo, eu acho que... Não aguento mais...- Dulce, não fale palavras ruins, comigo aqui, nada vai te acontecer! - Disse Rivaldo.- Rivaldo, se nós não morrermos e conseguirmos sair daqui, vou te convidar para tomar sorvete, tudo bem? - Disse Dulce.- Ok. - Respondeu Rivaldo.- Rivaldo, qual sabor você gosta? - Perguntou Dulce.- Baunilha.- Que coincidência, eu também. - Respondeu Rivaldo.De repente, Dulce suspirou novamente: - Por que mamãe ainda não chegou? Dulce está quase desistindo.Ela estava realmente exausta.Mas fazia muito tempo desde a última vez que ela viu mamãe, ela queria tanto a mamãe, e o papai também, ela queria muito encontrá-lo.Rivaldo tinha acabado de promete
Após rugir essas palavras, Isabela não esperou pela resposta de Mariana e desligou o telefone, deixando Gabriel chocado.- Não fique aí parado, vá procurar a Dulce. - Gritou Isabela.Pelo vídeo, era evidente que Dulce já havia desmaiado. Se não a encontrassem em meia hora, seria perigoso.Portanto, ela não tinha tempo para conversas fiadas com Gabriel.No entanto, mesmo depois de procurarem pela fazenda, não encontraram nenhum rastro de Dulce e os outros.Um sentimento de impotência oprimia Isabela. Se não fosse Pedro, ferido, a informar-lhe dessa notícia, ela poderia até duvidar de sua veracidade.Dulce deveria estar aqui!Ela tinha que encontrá-los!“Mas, Dulce, Rivaldo, onde vocês estão afinal?”Isabela olhava para todos os lados, desejando até se jogar no chão para procurar pistas, mas tudo em vão.- Isa, descanse um pouco. - Disse Gabriel.Gabriel se aproximou e tentou aconselhá-la quando viu que ela parecia mal.Ao ouvir isso, Isabela o empurrou com força: - Se você acha que est
Do lado de fora da sala de emergência, Isabela andava de um lado para o outro, ansiosa, esfregando as mãos. Já se passava uma hora desde que as crianças entraram, por que ainda não saíram? E se algo acontecesse com a Dulce...- Isa, se sente e descanse um pouco. Não fique tão nervosa, tudo vai ficar bem. - Disse Gabriel.Isabela não comeu nada o dia inteiro, seus lábios estavam sem cor e seu corpo frágil parecia prestes a ceder. Preocupado, Gabriel deu a ela uma garrafa de leite e acrescentou. - Pelo menos coma algo, quando a Dulce te ver assim, também vai se preocupar. Isabela tomou o leite de uma vez e devolveu a garrafa a ele. Gabriel franziu a testa, ele conhecia bem a teimosia dela. Contudo, ao ver ela tão frágil, também estava preocupado e tinha medo de que, enquanto Dulce ficasse bem, ela ficasse doente.Ele se aproximou, erguendo a mão, tentando fazer ela desmaiar.- Isa. - Chamou Cláudio. Ele apareceu, surpreendido com a ação de Gabriel, agiu como se nada tivesse acontec
Mansão da Família Almeida.Mariana estava relaxada no sofá, comendo frutas e assistindo TV com despreocupação. Ela sabia que já era hora, aqueles dois bastardos provavelmente estavam mortos. Pensando nisso, ela se sentiu satisfeita.- Felícia, você desafiou minha paciência várias e várias vezes, desta vez, finalmente, você perdeu tudo! - Murmurou ela.Enquanto pensava nisso, uma figura repentina bloqueou sua visão da TV. - Quem é o idiota que se atreve a ficar na minha frente? Quer morrer? - Resmungou ela, irritada. Ao erguer a cabeça, se deparou com os olhos vermelhos intensos de Isabela, assustando ela num instante. Ela xingou. - Você... Sua vadia, quando entrou aqui? Ao ver a expressão hostil de Isabela, Mariana engoliu em seco. Ela queria se levantar e chamar alguém, mas Isabela pressionou ela com força no sofá.- O que você está fazendo? Felícia, vagabunda, me solte! Você quer morrer? Sabe, se algo me acontecer, a família Silva não vai deixar barato, e André, eu vou garantir
Gabriel assentiu.Como ele poderia esquecer?Naquela vez, ele tomou uma decisão terrível, quase custando a vida de Isabela.Se não fosse por Rodrigo chamar André para doar sangue naquele momento, talvez...Ao pensar nisso, suas mãos começaram a tremer.Ele sabia que os erros do passado eram irreparáveis.No entanto, as próximas palavras de Isabela não tocaram nesse assunto. - Naquele momento, Mariana disse que eu esfaqueei ela na perna, ela se defendeu e foi por isso que ela me feriu. Você acreditou naquela hora? - Questionou Isabela.Terminada a pergunta, ela olhou para Gabriel.- Agora, eu não acredito. - Respondeu Gabriel. - Não, estou perguntando se você acreditou naquela hora. - Disse Isabela.Gabriel, olhando para ela atordoado, não respondeu, mas suas mãos tremiam mais intensamente.Dívidas, arrependimentos e a dor ocupavam seu coração.Na verdade, ele não se lembrava do que pensou naquele momento. Apenas sentiu que não podia deixar Mariana morrer e Isabela sofrer, sem realme
- Quem? - Perguntou Sílvio.- André! - Disse Mariana, palavra por palavra, olhando para Mariana.Ao ouvir o nome, Sílvio não pôde deixar de rir com desdém. - Mariana, você enlouqueceu? Você prejudicou André e Felícia tantas vezes, agora espera que André doe sangue para te salvar? Pare de sonhar! - Zombou Sílvio.- Você vai pedir! - Disse Mariana.- O que você está dizendo? Me deixar pedir a ele? - Retrucou Sílvio, a expressão dele mudou de repente.- Sim, ele é seu irmão. De qualquer forma, ele deveria me salvar. Caso contrário, eu vou expor ele na mídia, dizendo que ele não valoriza os laços familiares! - Respondeu Mariana. Sílvio sentiu seu lábio tremer, percebendo que Mariana era uma mulher louca, sem a menor autoconsciência. Vendo que ele permanecia em silêncio, Mariana falou novamente. - Sílvio, esta é sua chance de derrubar ele. O que você está esperando?- Se ele não doar sangue para você, tenho a chance de derrotar ele. Mas se ele doar, não só não posso derrubar ele, também