Gabriel assentiu.Como ele poderia esquecer?Naquela vez, ele tomou uma decisão terrível, quase custando a vida de Isabela.Se não fosse por Rodrigo chamar André para doar sangue naquele momento, talvez...Ao pensar nisso, suas mãos começaram a tremer.Ele sabia que os erros do passado eram irreparáveis.No entanto, as próximas palavras de Isabela não tocaram nesse assunto. - Naquele momento, Mariana disse que eu esfaqueei ela na perna, ela se defendeu e foi por isso que ela me feriu. Você acreditou naquela hora? - Questionou Isabela.Terminada a pergunta, ela olhou para Gabriel.- Agora, eu não acredito. - Respondeu Gabriel. - Não, estou perguntando se você acreditou naquela hora. - Disse Isabela.Gabriel, olhando para ela atordoado, não respondeu, mas suas mãos tremiam mais intensamente.Dívidas, arrependimentos e a dor ocupavam seu coração.Na verdade, ele não se lembrava do que pensou naquele momento. Apenas sentiu que não podia deixar Mariana morrer e Isabela sofrer, sem realme
- Quem? - Perguntou Sílvio.- André! - Disse Mariana, palavra por palavra, olhando para Mariana.Ao ouvir o nome, Sílvio não pôde deixar de rir com desdém. - Mariana, você enlouqueceu? Você prejudicou André e Felícia tantas vezes, agora espera que André doe sangue para te salvar? Pare de sonhar! - Zombou Sílvio.- Você vai pedir! - Disse Mariana.- O que você está dizendo? Me deixar pedir a ele? - Retrucou Sílvio, a expressão dele mudou de repente.- Sim, ele é seu irmão. De qualquer forma, ele deveria me salvar. Caso contrário, eu vou expor ele na mídia, dizendo que ele não valoriza os laços familiares! - Respondeu Mariana. Sílvio sentiu seu lábio tremer, percebendo que Mariana era uma mulher louca, sem a menor autoconsciência. Vendo que ele permanecia em silêncio, Mariana falou novamente. - Sílvio, esta é sua chance de derrubar ele. O que você está esperando?- Se ele não doar sangue para você, tenho a chance de derrotar ele. Mas se ele doar, não só não posso derrubar ele, também
- É a Sra. Almeida que está ferida? - Perguntou a secretária ao lado. - Você está falando da Mariana, né?Ao ouvir isso, Isabela reagiu.- O que aconteceu com Mariana? - Perguntou Isabela.- A coxa foi apunhalada, perdeu muito sangue, mas o banco de sangue está vazio, então... - Respondeu o secretário. Ele olhou para o Cláudio e perguntou. - Diretor, e agora, o que devemos fazer? Cláudio, em vez de responder, olhou para Isabela.- O que você acha? - Perguntou Cláudio.- Diretor, afinal, ela faz parte da família Almeida e é a senhorita da família Silva. Se algo der errado em nosso hospital, certamente causará problemas... - Aconselhou a secretária, vendo que Cláudio não queria se envolver.- A família Almeida não se importará com isso. - Disse André. Ao ouvirem isso, os três viraram a cabeça e viram André se aproximando em sua cadeira de rodas. Ele acrescentou. - Quanto à família Silva, se eles quiserem intervir, posso ajudar com o processo legal.Mas a secretária ainda estava preocup
Isabela não era alguém que gostava de expressar suas emoções. Na maioria das vezes, ela guardava tudo para si, tentando suportar tudo sozinha.Mas dessa vez, ela simplesmente explodiu. André sabia que Mariana havia tocado em sua ferida mais profunda, trazendo à tona sua raiva.- Cláudio, como estão Dulce e Rivaldo? - Perguntou André.- Ainda estão desacordados. Se levarmos eles mais tarde, pode ser tarde demais para salvar eles. - Respondeu Cláudio.- E o Pedro? - Perguntou ele, suspirando.- Também não acordou. Parece que terá que ficar no hospital por um mês. - Explicou Cláudio, se virando para ele, e continuou. - Eu não sei o que aconteceu entre você e a Isa, mas neste período ela está realmente exausta. Tente cuidar bem dela e não cause mais problemas. - Ela concordou com o divórcio. - Revelou André.- O quê? Você realmente traiu ela? - Questionou Cláudio.- Não, é por causa do que aconteceu com Mônica há quatro anos. - Respondeu André, balançando com desânimo a cabeça.Cláudio
Após o alvoroço causado por Mariana, Virgínia foi direto ao encontro de Cláudio com um advogado.- Dr. Cláudio, minha filha teve complicações durante a cirurgia. Vocês precisam me dar uma explicação. - Disse Virgínia.Cláudio já estava preparado e apresentou todos os documentos.- Estes são todos os detalhes do tratamento de Mariana. Sra. Silva, dê uma olhada. O restante, discutiremos quando meu advogado estiver presente. - Respondeu Cláudio.Virgínia pegou os papéis e bateu na mesa. - Cláudio, o que você quer dizer com isso? Vocês têm um hospital tão grande e falta sangue no banco? - Questionou Virgínia. - Sra. Silva, você deve saber que sua filha tem sangue tipo raro? - Retrucou Cláudio.- E daí? - Disse Virgínia, perplexa.- Sangue raro, como o nome sugere, é extremamente raro. Nossa reserva de sangue é variada, mas sangue raro é sempre insuficiente. Seguimos o procedimento padrão, solicitando bolsas de sangue do hospital mais próximo. Este é o nosso procedimento e é a maneira mai
- Isa... Felícia? - Chamou Virgínia, com voz trêmula. - Tudo isso... - Tudo isso foi enviado pela Mariana. Minha filha e meu filho foram pegos por ela, colocados em um barril de ferro e enterrados em uma fazenda nos arredores. Eu... - Revelou Isabela, ao relembrar aqueles eventos, Isabela sentiu um aperto no peito, franzindo a testa e segurando as lágrimas, continuou. - Eu quase perdi meus dois filhos. Sra. Silva, eu ouvi dizer que você já experimentou a dor de perder uma criança, você deveria entender, não é mesmo? Um tremor passou pelos cantos da boca de Virgínia. Ela queria pedir para Isabela poupar Mariana, mas as palavras não saíam.Como ela poderia ousar exigir justiça para sua filha? Isso era a retribuição!Se ela não tivesse trancado as duas crianças em um barril, como poderia enfrentar tal retaliação?Mas... Era a única filha dela. Como ela poderia não se sentir angustiada?Isabela fungou e limpou as lágrimas.- No entanto, pode ficar tranquila, eu não vou chamar a polícia p
Isabela parou por um momento, sem se virar. - Vamos falar sobre isso depois. - Disse ela.- Isa. - Chamou André.André segurou com firmeza os apoios da cadeira de rodas, com as palmas das mãos suando frio. Ele ansiava que ela detivesse ele, que ela fosse como antes.No entanto...- André, você disse agora pouco que Sílvio queria se divorciar da Mariana, né? - Isabela se virou para olhar ele, continuando. - Se vocês dois se divorciarem neste momento, as ações do Grupo Almeida certamente despencarão. Quando você assumir como CEO, será um grande problema, sem nenhuma credibilidade. Espere até que você consolide a posição, então podemos conversar sobre isso. Não há pressa. - Isa, aquilo não aconteceu como você pensa. Eu não forcei a Mônica a se matar. - Explicou André.Isabela apertou os lábios, sorriu com um toque de resignação. - André, mesmo que Mônica tenha se matado por minha causa, eu não conseguiria aceitar. - Disse ela.Ela sabia que tudo o que André fazia era por ela. Contudo,
- Estou bem. – Respondeu Isabela, soltando a mão dele, se levantou e apontou para a sopa. - Já que você veio, beba a sopa como um lanche. - Isso não é uma boa ideia... – Falou Valentino.- Se eu disser para beber, você bebe. Não enrole tanto, ou vou te demitir, entendeu? – Ameaçou Isabela.- Não, não faça isso. - Valentino rapidamente se rendeu. - Ainda dependo desse emprego para pagar minha faculdade, não posso me dar ao luxo de perder. - Então beba. – Ordenou Isabela.Com a brincadeira de Iara e Valentino, Isabela sabia que, se não fosse embora agora, os dois continuariam tagarelando como se fossem um monge. Ela pegou a Geleia Real, deu um gole e limpou a boca. - Está bem, já que você veio, eu vou indo, mas não faça disso um precedente, entendeu? – Disse Isabela.- Entendi! – Respondeu Valentino.- Tia Iara, venha comigo. – Disse Isabela.- Não, senhorita. – Recusou Iara, balançando a cabeça. – Eles ficam em dois quartos, ambos precisam de alguém. - Tia Iara, você estava me acons