Assim que Mariana saiu, Isabela ligou imediatamente para Cláudio.- Cláudio, você tem notícias da Carina recentemente?- Carina? O tio disse que ela está viajando pelo país R, o que aconteceu?Isabela franziu a testa:- Não consigo falar ela, estou com medo de que algo tenha acontecido.Cláudio estava cético, rindo sarcasticamente: - Algo aconteceu? Carina sempre é a que apronta, nunca vi ninguém ousar tocá-la. Isa, você está pensando demais.- Ela não pode estar no país R, ela estava na Cidade S antes, mas desde ontem não consigo mais falar com ela. Suspeito que Mariana tenha feito algo.- Como assim?No momento em que a conversa terminou, Cláudio entrou pela porta, desligou o celular e entregou uma xícara de café para Isabela: - Isa, não pense demais, eu conheço Carina, você não precisa...- Cláudio, estou muito séria. No dia da transmissão ao vivo da Mariana e do Fábio, ela me ligou, avisando que Mariana poderia ser prejudicial para mim, mas ontem, quando liguei para ela procurand
Cláudio se aproximou e cheirou, imediatamente franzindo a testa. O odor era penetrante, uma mistura de diversos cheiros que fazia as pessoas instintivamente cobrirem o nariz.- Vou descer para dar uma olhada. - Disse Cláudio.Isabela agarrou Cláudio e ligou a lanterna do celular: - Vou com você.Com cuidado, desceram as escadas, e à medida que se aproximavam do porão, o cheiro se intensificava. Entre essa amalgama de odores estranhos, percebia-se um forte odor de sangue.Um pressentimento sombrio envolveu Isabela, que segurou firmemente o braço de Cláudio, seu coração acelerando. “Por favor, que nada de ruim tenha acontecido...”A porta do porão estava trancada com um grande cadeado, e Cláudio não tinha a chave consigo. Ele decidiu chamar alguém para trazer ferramentas.- Espere um momento. - Disse Isabela, tirando um grampo de cabelo da cabeça. - Você sabe como usar isso para abrir a fechadura?Cláudio, surpreso, pegou o grampo: - Vou tentar.Mesmo estando um pouco enferrujado, e
Isabela verificou casualmente os ferimentos no corpo de Carina, marcas da mistura causada por golpes de cassetete, e a roupa ainda estava manchada de sangue espesso. Rapidamente, Isabela tirou a própria camisa e a envolveu ao redor da metade inferior de Carina, mordendo os lábios com sentimentos complexos em seu coração.- Desculpe...Se não fosse por informar a ela, Carina não teria acabado com esse destino.Uma moça tão boa, na pior das hipóteses, apenas com palavras afiadas, mas nunca fez algo prejudicial. Especialmente agora, nesta situação, Isabela não pôde deixar de lembrar de Sofia, sentindo o nariz arder, as lágrimas quase caindo.De repente, a pessoa em seus braços se moveu, ouvindo uma voz fraca.- Felícia?Isabela imediatamente olhou para baixo e viu os lábios secos e pálidos de Carina se moverem, parecendo estar dizendo alguma coisa; ela se aproximou rapidamente.- O que você quer dizer? Sou eu, Felícia, estou aqui.- Eu... Meu... Primo... Ele Não... Viu... Eu... Assim?-
Cláudio, impotente, baixou as mãos, encostou-se à parede e deslizou para o chão. Ele sabia muito bem que Isabela estava certa. Mas a sensação de ressentimento que ele estava segurando explodia de tempos em tempos, deixando-o sem fôlego. Isabela sentou ao seu lado, acariciando suavemente suas costas para acalmá-lo. - Acredite em mim, em breve, poderemos vingá-los. Cláudio cobriu o rosto: - Isa, eu não posso... Eu não posso ser tão inútil novamente. Quatro anos atrás, não consegui proteger Sofia, e agora não posso ficar de braços cruzados enquanto Mariana mata Carina.- Eu sei, eu nunca esqueci sobre a vingança de Sofia!Para Isabela, Mariana nunca deveria morrer. Ela queria fazê-la perder tudo o que lhe importava e, em seguida, torturá-la lentamente. Só ferindo o coração dela, fazendo-a desejar estar morta, Isabela sentiria que havia se vingado.Uma hora depois, as luzes da sala de cirurgia finalmente se apagaram, o médico se aproximou e disse: - A paciente está fora de perigo,
Isabela alterou levemente sua expressão, encarando o homem sem proferir uma única palavra.Gabriel perguntou de forma provocativa: - Você não quer saber o que você disse no meu sonho?- E o que eu disse?- Você afirmou que, ao longo desses anos, na verdade, nunca me esqueceu, que ainda me ama. Só não consegue deixar para trás as coisas do passado, então...Antes que Gabriel pudesse concluir, Isabela levantou-se e o encarou friamente: - Parece que você se recuperou bem. Não vou mais fazer companhia a você. Deixe o médico cuidar de você.Dito isso, ela virou as costas e dirigiu-se para fora.Ao se aproximar da porta, Gabriel a chamou subitamente: - Isa, ainda tenho algo para dizer.No entanto, Isabela não parou, continuando a andar sem olhar para trás.- Se eu disser que sou o Sr. M, você ficaria?Ao ouvir essas palavras do lado de fora da porta, o corpo de Isabela ficou rígido, imóvel no lugar.Após um momento, ela virou-se e foi até a porta, encarando o homem na cama: - Você é o Sr
Durante toda a refeição, Isabela comeu distraída, sua mente repetidamente ponderando sobre as semelhanças entre Gabriel e o Sr. M. No entanto, ela ainda se recusava a acreditar que o Sr. M fosse Gabriel. Isso seria um golpe muito grande para ela.Após a refeição, ela levou Rivaldo para dar uma volta no quintal. Agachou-se para ajudar Rivaldo a arrumar suas roupas e disse: - Rivaldo, a madrinha quer se desculpar. Deveria ter te avisado antes de sair ontem à noite, para não te preocupar. Desculpe.- Alguma coisa aconteceu?- A prima do seu tio Cláudio teve alguns problemas, então eu estava ocupada cuidando dela e levando ela para o hospital, atrasando o dia inteiro.- E agora? Tia Carina está bem?Isabela assentiu: - Agora já passou o período crítico, mas precisamos ver como será a recuperação dela. Você também, a madrinha espera que você se recupere logo, não quer ver mais você sofrendo.Enquanto falava, ela acariciou o rosto de Rivaldo e sorriu.Rivaldo assentiu: - Madrinha, você
Nada foi encontrado...Isabela sentia uma dor de cabeça intensa; muitas coisas, que antes pareciam claras, agora estavam se tornando cada vez mais confusas.Ela lançou um olhar para Rivaldo, que dormia profundamente na cama, e abaixou a voz: - Pedro, você se lembra... Se lembra do George?- George?Pedro ficou em silêncio por um momento e, finalmente, um tanto confuso, disse: - George é quem?- O falecido marido da Mônica.Ao ouvir isso, Pedro finalmente se lembrou: - Ah, George, eu me lembro agora. O que aconteceu com ele? Ele não voltou dos mortos, né?Isabela assentiu: - Exatamente.Pedro ficou um pouco sem palavras.- Irmã, não me assuste. Estamos na era moderna, como isso seria possível? Você não está confundindo as coisas, está?- Como eu poderia estar enganada? Ele sequestrou o Rivaldo, feriu o Gabriel e, no final, eu o matei com minhas próprias mãos.Pedro ficou sem palavras.Não sabia o por quê, mas ele achou que o que Isabela estava dizendo era mais assustador do que Geor
Isabela hesitou por um momento ao segurar a sopa, depois a colocou de volta, abriu a tampa e despejou uma tigela para Carina, só então perguntou: - Por quê?Carina pegou a sopa, baixou a cabeça e riu ironicamente: - Porque eu estava com inveja. - Dizendo isso, ela deu um grande gole na sopa. - A sopa está deliciosa, obrigada.Isabela não entendia o que ela queria dizer com “inveja”, mas não podia perguntar diretamente, então só podia olhar para ela, perplexa.Vendo isso, Carina levantou a cabeça, arrumou o cabelo: - A inveja realmente pode mudar completamente uma pessoa, faz esquecer a racionalidade, esquecer a moralidade e até... Esquecer a identidade...Em seguida, ela olhou para Isabela, sorrindo: - Felícia, eu me apaixonei por Cláudio. Comecei a gostar dele quando tinha quinze anos, agora são mais de dez anos, eu acho.- Vocês... Não são primos? - Isabela ficou surpresa, olhando para ela com incredulidade e choque, pensou que tinha ouvido errado.Ela foi verdadeiramente surpree