Isabela hesitou por um momento ao segurar a sopa, depois a colocou de volta, abriu a tampa e despejou uma tigela para Carina, só então perguntou: - Por quê?Carina pegou a sopa, baixou a cabeça e riu ironicamente: - Porque eu estava com inveja. - Dizendo isso, ela deu um grande gole na sopa. - A sopa está deliciosa, obrigada.Isabela não entendia o que ela queria dizer com “inveja”, mas não podia perguntar diretamente, então só podia olhar para ela, perplexa.Vendo isso, Carina levantou a cabeça, arrumou o cabelo: - A inveja realmente pode mudar completamente uma pessoa, faz esquecer a racionalidade, esquecer a moralidade e até... Esquecer a identidade...Em seguida, ela olhou para Isabela, sorrindo: - Felícia, eu me apaixonei por Cláudio. Comecei a gostar dele quando tinha quinze anos, agora são mais de dez anos, eu acho.- Vocês... Não são primos? - Isabela ficou surpresa, olhando para ela com incredulidade e choque, pensou que tinha ouvido errado.Ela foi verdadeiramente surpree
- Depois que Mariana e o Sr. Sílvio se casaram, eu sabia de muitas coisas, mas não revelei. Afinal, eu também era cúmplice, então recebi minha punição. Realmente, não devemos praticar ações negativas. - Ela concluiu, rindo um pouco amargamente.Isabela olhou para ela como se visse seu próprio passado, também propensa à autocondenação. Então, ela consolou: - Não fale assim. Afinal, não foi você quem fez coisas ruins, e isso é compreensível.Carina ficou surpresa por um momento, depois riu friamente: - Na verdade, conheci Mariana no exterior naquela época... Ela realmente não parecia uma má pessoa, era até amigável. Eu pensava que poderia ficar na Cidade S, ficar perto de Cláudio, e... Eu era ingênua e burra por minha própria conta. Mesmo com tantos escândalos sobre ela, eu simplesmente não acreditava. - Ela passou a língua pelos lábios, expressando autodepreciação.- E agora, você a odeia?Carina balançou a cabeça: - Não a odeio. Na verdade, devo agradecê-la.Isabela franziu levement
Ao sair do elevador, Isabela percebeu uma atmosfera sombria e instintivamente abraçou os próprios braços.- Chegamos. O senhor está esperando por você lá dentro. - Disse Rodrigo.Isabela ergueu casualmente os olhos e, ao vê-lo, congelou instantaneamente.Isso era... Uma sala de necropsia?Por que Gabriel a trouxe para a sala de necropsia?Ele estava morto, ou ele queria que ela morresse?Rodrigo a ajudou a empurrar a porta, revelando Gabriel vestido como um paciente, acenando para ela: - Entre.Isabela ficou sem palavras.Ela respirou fundo e entrou.Ao entrar, Gabriel estendeu a mão, puxou um freezer e abriu casualmente o pano branco.Isabela sentiu sua respiração parar por um momento, todo o seu corpo tremendo. Ela exclamou: - Gabriel, você está doente? Que perversão é essa!- Olhe com atenção.Isabela cobriu o rosto e não ousou olhar, balançando a cabeça: - Você ficou louco, me chamando para a sala de necropsia para ver um cadáver!Vendo-a assim, Gabriel se aproximou lentamente,
Isabela saiu e encontrou Cláudio trazendo Rivaldo consigo.- Madrinha. - Rivaldo correu até ela e segurou sua mão.- Como foi? Você contou tudo para o tio Cláudio? - Perguntou Isabela.Rivaldo assentiu com a cabeça: - O tio Cláudio me perguntou algo, e eu disse a verdade, sem mentiras ou omissões.Era evidente que Rivaldo estava se sentindo melhor depois de conversar com Cláudio.Isabela finalmente se sentiu um pouco mais aliviada e sorriu para Cláudio: - Obrigada.- Traga-o amanhã novamente, eu vou dedicar uma ou duas horas todas as manhãs para orientá-lo. Depois de uma ou duas semanas, podemos reduzir a frequência. - Disse Cláudio.- Certo, vamos jantar na minha casa? - Perguntou ela.Cláudio verificou as horas levantando a mão: - Ótimo, acabei de terminar o trabalho.- A tia Iara fez sopa e preparou muitos pratos de carne, para te dar um reforço. - Disse ela.- E o Gabriel, como está? - Perguntou Cláudio.- Ele está bem. - Respondeu ela.Cláudio sorriu: - Você ainda tem tanta an
No início da manhã do dia seguinte, Isabela se levantou, tomou café da manhã e concluiu o projeto. Em seguida, levou Rivaldo ao hospital.- Rivaldo, você precisa obedecer bem ao Cláudio, entendeu? - Disse Isabela.- Eu sei, madrinha. - Disse Rivaldo.Isabela acariciou sua cabeça e disse suavemente: - Bom menino, quando você se recuperar, eu te levo para o parque de diversões, que tal?- Posso ir com o padrinho? - Perguntou Rivaldo- Você quer ir com ele? - Disse Isabela.Rivaldo hesitou por um momento e então balançou a cabeça: - Não, eu prefiro ir com você, mas ouvi dizer que o padrinho se machucou e está no hospital, também gostaria de visitá-lo.- Está bem, vamos ver depois que você terminar, combinado? - Disse Isabela.- Sim, combinado. - Disse Rivaldo.Isabela entregou Rivaldo ao Cláudio e se preparou para subir e visitar Carina.Rivaldo era o único filho vivo de Mônica, e ela precisava cuidar bem dele, senão nem ela mesma seria capaz de seguir em frente.No entanto...Ela realm
Carina ficou em silêncio por um momento e então sorriu: - Você acha que estou um pouco perturbada por causa do trauma? Fique tranquila, na verdade, quando você me conhecer melhor, verá que não sou esse tipo de pessoa que se entrega ao fracasso. Assim que fico lúcida, sou mais consciente do que qualquer um. - Dizendo isso, ela sorriu. - Na verdade, eu devo agradecer a você. Se não fosse por você, talvez eu não teria despertado tão rapidamente.- Eu?- Sim.Carina disse de forma leve: - No começo, eu estava realmente desanimada, mas então eu lembrei de você. Se não fosse por você, eu poderia ter morrido, poderia ter desistido completamente... Se Cláudio visse o meu estado naquele momento...Carina riu: - Tenho certeza de que eu teria saído do país mesmo estando doente, mas você me ajudou e me deu a chance de me reerguer. Vou corrigir meus erros e não quero mais ser a antiga Sra. Isabela mimada. Quero seguir seu exemplo e construir minha própria carreira.Isabela nunca havia imaginado
Isabela espiou e viu uma sombra passando pelo corredor, então largou as laranjas que segurava e saiu correndo atrás:- André?André se apoiou constrangido na parede, enquanto a outra mão girava rapidamente a cadeira de rodas. No entanto, não importava quão rápido fosse, a cadeira continuava presa à porta, sem se mover nem um centímetro.Isabela franziu a testa e se aproximou para segurar a cadeira dele: - Eu te ajudo.- Não precisa! - Gritou André com raiva.Após o grito, ele pareceu perceber que sua reação foi exagerada, abaixou a cabeça sem coragem de encará-la: - Desculpe, eu...- André, será que nós temos que ser tão estranhos um com o outro? Afinal, ainda somos casados, e você agindo assim... - Disse Isabela.Isabela mordeu os lábios e foi até ele: - Na verdade, aquela noite foi apenas uma coisa pequena, nós já conversamos sobre isso, não foi? Ultimamente, por causa dos problemas do Rivaldo e da Carina, eu não tive tempo de vir te procurar. Na verdade, eu já não me importo mais
- Há quatro anos, como exatamente você me ajudou a escapar? A morte de Mônica foi um acidente ou premeditada? - Disse Isabela.No momento em que ouviu essas palavras, André prendeu a respiração, sentindo seu coração sendo envolvido por inúmeras vinhas, arrastando-o lentamente para o inferno.Ela finalmente... Começou a suspeitar.Ele sabia muito bem que se revelasse a verdade agora, o relacionamento entre eles poderia se romper completamente.Mas havia alguma possibilidade entre eles?Desde a última vez em que explodiu em raiva, ele sentiu que tudo tinha mudado.Especialmente ele mesmo.Ele nunca culpou Isa, mas culpava a si mesmo.Se ele não tinha mais paciência nem mesmo com ela, se tinha esse tipo de temperamento, talvez realmente não houvesse esperança para ele.André abaixou os olhos, respirou fundo, preparando-se para o rompimento iminente com Isabela. Ele estava prestes a responder quando ouviu uma voz:- Madrinha.Ao ouvir a voz, Isabela se virou e segurou a mão de Rivaldo: -