Isabela espiou e viu uma sombra passando pelo corredor, então largou as laranjas que segurava e saiu correndo atrás:- André?André se apoiou constrangido na parede, enquanto a outra mão girava rapidamente a cadeira de rodas. No entanto, não importava quão rápido fosse, a cadeira continuava presa à porta, sem se mover nem um centímetro.Isabela franziu a testa e se aproximou para segurar a cadeira dele: - Eu te ajudo.- Não precisa! - Gritou André com raiva.Após o grito, ele pareceu perceber que sua reação foi exagerada, abaixou a cabeça sem coragem de encará-la: - Desculpe, eu...- André, será que nós temos que ser tão estranhos um com o outro? Afinal, ainda somos casados, e você agindo assim... - Disse Isabela.Isabela mordeu os lábios e foi até ele: - Na verdade, aquela noite foi apenas uma coisa pequena, nós já conversamos sobre isso, não foi? Ultimamente, por causa dos problemas do Rivaldo e da Carina, eu não tive tempo de vir te procurar. Na verdade, eu já não me importo mais
- Há quatro anos, como exatamente você me ajudou a escapar? A morte de Mônica foi um acidente ou premeditada? - Disse Isabela.No momento em que ouviu essas palavras, André prendeu a respiração, sentindo seu coração sendo envolvido por inúmeras vinhas, arrastando-o lentamente para o inferno.Ela finalmente... Começou a suspeitar.Ele sabia muito bem que se revelasse a verdade agora, o relacionamento entre eles poderia se romper completamente.Mas havia alguma possibilidade entre eles?Desde a última vez em que explodiu em raiva, ele sentiu que tudo tinha mudado.Especialmente ele mesmo.Ele nunca culpou Isa, mas culpava a si mesmo.Se ele não tinha mais paciência nem mesmo com ela, se tinha esse tipo de temperamento, talvez realmente não houvesse esperança para ele.André abaixou os olhos, respirou fundo, preparando-se para o rompimento iminente com Isabela. Ele estava prestes a responder quando ouviu uma voz:- Madrinha.Ao ouvir a voz, Isabela se virou e segurou a mão de Rivaldo: -
Isabela entrou no quarto e viu Gabriel e Rivaldo conversando, os dois pareciam estar em harmonia, e ela até notou um leve sorriso no rosto de Gabriel, o que a surpreendeu.Isso a fez lembrar de Dulce.Seria injusto não deixar Gabriel ver Dulce?Será que deveria ser Dulce a decidir?- Madrinha. - Enquanto pensava nisso, Rivaldo se levantou e se aproximou. - Veio me buscar para irmos para casa?Isabela se recuperou e sorriu: - Sim, mas você saia primeiro e me espere lá fora, eu quero perguntar algumas coisas a ele.- Ok, eu espero por você no corredor. - Disse Rivaldo.Rivaldo sorriu e saiu correndo.Esse menino realmente era muito responsável, mesmo depois de passar pelo incidente com George, ele ainda sabia cuidar das emoções das pessoas.Talvez fosse porque ele cresceu lendo as expressões faciais das pessoas. Mesmo que estivesse de mau humor, ele não se atrevia a ficar assim o tempo todo.- Você está com essa expressão sombria, o que André te disse? - Perguntou Gabriel.- Nada. - Isa
O semáforo podia mudar do vermelho para o verde, porque era um programa pré-estabelecido, mas o coração das pessoas era difícil de passar do vermelho para o verde.No entanto, desde que Rivaldo a questionou daquela maneira, o coração de Isabela começou a bater mais rápido com frequência.Ela sentia que estava doente.Ela realmente se apaixonou pela segunda vez por um homem assim, ela realmente estava doente.Embora se sentisse extremamente complexa em seu coração, ela continuava levando Rivaldo para ver Cláudio todos os dias, e depois aproveitava para conversar com Carina, e no final sobrava um tempo para dar uma olhada em Gabriel.Gabriel não estava nada satisfeito com isso:- Por que você só dá uma olhada em mim todos os dias? É só com Carina que você tem algo para conversar? Enquanto descascava uma laranja, Isabela contra-atacava: - Como você pode ter essa atitude em relação à prima do Cláudio? Não esperava que o Mestre Gabriel tivesse tanto poder, mas uma mente tão pequena.De re
Como poderia Gabriel não perceber que ela estava ironizando-o?Mas estranhamente, ele se sentia um pouco feliz.Ela ainda o provocava. Isso não significava que ela ainda se importava com ele?- Fique tranquila, estou investigando essa pessoa também. Não vou permitir que ele te machuque novamente. - Disse Gabriel.- Você não é capaz de lidar facilmente com alguém que nem mesmo você, tão habilidoso em investigações, não consegue encontrar. Então é melhor não falar com tanta convicção. - Respondeu Isabela.Isabela sabia muito bem que, de acordo com a personalidade de Gabriel, quando o Grupo Marques foi atacado quatro anos atrás, ele certamente mandou investigar.No entanto, após quatro anos, não descobriram nada. Isso só podia significar que o outro lado estava escondido muito bem. Se realmente quisessem encontrá-lo, não seria tão simples.Além disso, após o incidente com George, certamente o outro lado agiria novamente.O medo de Isabela era de que pessoas inocentes fossem prejudicadas.
- Orgulho? - Disse Isabela.A cabecinha de Rivaldo fez um gesto afirmativo: - Sim, é isso. Você diz que se perdoar, significa se rebaixar, no fundo é porque você não consegue deixar de lado o seu orgulho.- Você acha que ele te machucou tanto no passado que você não quer perdoá-lo, mas, Madrinha, ninguém está pedindo para você perdoar. - Disse Rivaldo.Isabela não entendia: - Se eu não perdoo, como posso aceitá-lo?- Madrinha, eu acredito que você pode separar o ato de perdoá-lo do seu sentimento atual. Aceitar não significa perdoar. Alguns erros são imperdoáveis para sempre. - Disse Rivaldo.- Assim como eu nunca poderia perdoar meu pai, mas se ele realmente mudasse, começasse a cuidar de mim e estivesse disposto a dar a própria vida por mim, eu não me importaria de chamá-lo de pai. - Continuou Rivaldo.Após ouvir essas palavras, Isabela ficou imóvel, completamente surpresa, olhando para Rivaldo com incredulidade.Ela nunca teria imaginado que uma criança de dez anos entendesse as c
- Eu aceito a sua boa intenção, vou conversar com o André sobre isso, obrigada. - Disse Isabela.Ao dizer isso, Isabela estava prestes a sair, mas foi interrompida por Dalila: - Sra. Almeida, há mais uma coisa.Isabela se virou para olhar para ela: - O que é?- Você e o André brigaram, não é? - Perguntou Dalila.- Por que está perguntando isso? - Disse Isabela.Dalila apertou os lábios. - Muitas pessoas estão dizendo por aí que você traiu o André, e por isso o André se separou de você e está prestes a se divorciar. - Ela fez um gesto com as mãos. - Eu não estou dizendo isso, são apenas rumores que estão circulando. Não sei quem começou, e além disso, você não apareceu na empresa recentemente para entregar as marmitas, e algumas pessoas te viram no hospital onde o Mestre Gabriel está internado, então...Em seguida, ela perguntou de forma hesitante: - Sra. Almeida, você não está realmente... Traindo, está?Isabela arqueou levemente as sobrancelhas e sorriu: - O que você acha?- Bem.
Isabela soltou uma risada irônica, apontando na direção da porta.- Você está falando daquela mulher que acabou de sair? - Ela se inclinou para pegar a gravata e a colocou na mesa, continuando. - Você quer me fazer ciúmes ou me deixar brava?André ficou em silêncio.- Eu estou realmente brava... - Disse Isabela, olhando para ele. - Porque você me decepcionou. Ao ouvir isso, André estremeceu por um momento, seus olhos passaram por uma expressão de surpresa, mas apenas por um momento, antes de se transformar em um sorriso irônico.- Eu te decepcionei? Bem, lá fora estão espalhando rumores sobre o fim do nosso casamento, dizendo que você está traindo. Por que se decepcionar comigo?Vendo aquela atitude, Isabela ficou um pouco irritada.- Eu vim aqui para te levar para casa depois do trabalho, mas se você gosta tanto dos rumores de divórcio, então que deixe esses rumores se tornarem realidade, para que ninguém diga que estou te impedindo de encontrar outras mulheres! - Você se importa?I