Isabela soltou uma risada irônica, apontando na direção da porta.- Você está falando daquela mulher que acabou de sair? - Ela se inclinou para pegar a gravata e a colocou na mesa, continuando. - Você quer me fazer ciúmes ou me deixar brava?André ficou em silêncio.- Eu estou realmente brava... - Disse Isabela, olhando para ele. - Porque você me decepcionou. Ao ouvir isso, André estremeceu por um momento, seus olhos passaram por uma expressão de surpresa, mas apenas por um momento, antes de se transformar em um sorriso irônico.- Eu te decepcionei? Bem, lá fora estão espalhando rumores sobre o fim do nosso casamento, dizendo que você está traindo. Por que se decepcionar comigo?Vendo aquela atitude, Isabela ficou um pouco irritada.- Eu vim aqui para te levar para casa depois do trabalho, mas se você gosta tanto dos rumores de divórcio, então que deixe esses rumores se tornarem realidade, para que ninguém diga que estou te impedindo de encontrar outras mulheres! - Você se importa?I
O tapa de Mariana mal tinha descido quando Isabela revidou com força, deixando Mariana atordoada. Segurando sua bochecha ardente, ela olhou com surpresa para Isabela. - Você... Você ousou me bater? Felícia, você enlouqueceu? - Enlouqueci? Quem está enlouquecendo? - Isabela ergueu a cabeça, encarando ela com expressão fria. - Há rumores de que eu e André estamos nos divorciando e que tenho um caso com Gabriel, quem espalhou isso não foi você?Mariana não esperava que Isabela soubesse tão rápido, ainda não tinha processado isso quando ouviu Isabela continuar: - Além disso, quem deixou Carina meio morta e a trancou no porão foi você! Acha que os outros são idiotas?- Eu...Sem dar chance para Mariana se defender, Isabela deu um passo em direção a ela, seus olhos frios deixando Mariana desconcertada, esquecendo até mesmo de argumentar.- E também, o sequestro do Rivaldo, foi você que fez, não foi? Como ousa fazer tantas coisas e ainda se achar inocente? Mariana, não é que eu não possa
Sr. M?Isabela avaliou com suspeita os dois homens estranhos à sua frente. - E onde está o Tomás?Um dos homens hesitou por um momento antes de responder.- Tomás foi trabalhar em outra cidade e só voltará daqui a algum tempo.- Geralmente é Tomás que me busca. Eu nunca os vi. O que o Sr. M quer? - Perguntou Isabela.- Srta. Felícia, você saberá quando chegarmos lá. O senhor realmente deseja ver você desta vez. Isabela estava perplexa. Gabriel afirmava ser o Sr. M e prometia provar isso a ela. Por que ele estava envolvendo tudo em tanto mistério? E onde estavam Rodrigo e Tomás?Gabriel raramente enviava estranhos para buscar ela.Vendo ela permanecer imóvel, os homens de preto pareciam impacientes, abrindo a porta do carro e um dos dele a empurrou, dizendo: - Srta. Felícia, por favor, entre no carro.Isabela se sentiu desconfortável com a situação, percebendo que aquela abordagem era totalmente diferente do Sr. M habitual. Parecia mais uma intimidação do que um convite. Mas isso se
Ao ver Isabela com uma expressão perplexa, Caio disse soltando uma risada suave:- O que foi? Tem medo de que eu seja uma farsa?- Um pouquinho.- Alguma vez alguém se autodenominou Sr. M antes?Isabela hesitou por um momento e assentiu. - Sim, daí minha suspeita. - E quem você acha que se parece mais com o verdadeiro, eu ou aquele que se passou por mim? Isabela sorriu de forma constrangida. - Senhor, essa é uma pergunta difícil de responder. Nunca vi o senhor antes e agora, sentada aqui conversando com o senhor, parece um sonho, algo irreal e um pouco... Surreal.Caio disse sorrindo:- Que tal tomar um café para acordar?- Está bem.Ele apertou um botão na mesa, perguntando: - O que você gostaria de beber? - Café preto. - Ótimo, um café preto.Uma voz feminina respondeu pelo botão:- Claro, senhor.Caio soltou o botão, continuando:- Dessa vez, vou ficar na Cidade S por um bom tempo. Se quiser me encontrar, pode ligar para o número no meu cartão.- O número antigo do senhor não
Isabela hesitou por um momento e balançou a cabeça, dizendo:- Não é tão sério, eu posso resolver isso sozinha, não preciso que o senhor intervenha. Ao ser recusado, Caio franziu a testa, perguntando: - O quê? Não confia mais em mim?- Não é isso, como não poderia? É só que aquela pessoa é bastante peculiar, há razões pelas quais ele poderia me enganar. - Isabela apertou os lábios. - Algumas razões pessoais, espero que o senhor não entenda mal.Ouvindo isso, Caio a encarou por um tempo e de repente sorriu.- Você vê meu rosto e fica tão assustada. Pela sua reação, parece que eu iria te culpar?A pessoa diante dela e aquela no celular pareciam meio desconexas e ela temia que suas palavras não soassem tão naturais quanto as mensagens de texto. Isso inevitavelmente a fazia se preocupar com mal-entendidos.- Tudo bem, não vou mais brincar com você. Cuide disso por conta própria, eu não vou me intrometer. Mas, se precisar, me chame. Ah, e sobre o leilão depois de amanhã, se decidir ir, me
Naquela noite, Gabriel fez várias ligações, mas todas foram ignoradas por Isabela.No dia seguinte, para evitar encontrar Gabriel, ela nem sequer foi ao hospital. As refeições de Carina foram entregues por um motorista, enquanto Rivaldo recebeu cuidados em casa por Cláudio....No hospital, Gabriel andava de um lado para o outro na sala.- Ela ainda não veio? Rodrigo balançou a cabeça.- Parece que a senhora não virá ao hospital hoje. As refeições da Dra. Carina foram entregues por alguém e Rivaldo também não apareceu. Ao ouvir isso, Gabriel socou com raiva a parede. - Descubra com quem ela se encontrou ontem!- Estamos investigando.- Saia!Ontem, algo aconteceu com certeza, ou ela não teria mudado de atitude de repente. Quem poderia ser?A primeira pessoa que veio à mente foi Bernardo, mas Rodrigo já havia verificado e Bernardo não estava na Cidade S.Quem mais além de Bernardo poderia ser?De repente, ele se lembrou das palavras de Isabela, acusando ele de mentir. Poderia alguém
Sem esperar pela reação de Isabela, o homem já estava bloqueando seu caminho.- Vamos conversar. - Não temos nada para conversar, por favor, saia! Gabriel segurou o pulso delicado dela.- Não vou sair até esclarecermos. Por que você não foi ao hospital hoje? Isabela se debateu um pouco, se recusando a responder. Em vez disso, se virou e empurrou as costas de Rivaldo, dizendo: - Tia Iara, leve o Rivaldo para cima. Com Rivaldo presente, ela não queria brigar com Gabriel na frente da criança, com medo de assustar ele.Portanto, somente depois que Iara levou Rivaldo para cima e fechou a porta, Isabela olhou com frieza para Gabriel.- Gabriel, você veio para uma confrontação? Preciso relatar minha ida ou não ao hospital para você?- Só para não me ver?Ao ver ele parecer um pouco magoado, Isabela deu um sorriso frio. - Sim, só para não te ver! Está satisfeito agora? Pode me soltar?- Por quê? Isabela tentou com força se libertar de sua mão, mas a força dele era grande demais e ela nã
- Madrinha, ele ainda está lá embaixo, não foi embora. Isabela se levantou, foi até a janela, abriu uma fresta e viu Gabriel parado lá embaixo, parecendo determinado a não ir embora.- Madrinha, e se ele realmente não tiver mentido para você? - Rivaldo, venha morar na Vila da Nuvem.Rivaldo ficou surpreso por um momento, perguntando:- Está bem, mas por que está dizendo isso de repente? - Esse homem não é confiável. Se você morar na casa dele, tenho medo que algo aconteça com você. Se você morar aqui, posso te levar e buscar na escola, pelo menos posso garantir sua segurança. - Isabela acariciou a cabeça dele. - Já te devo tanto, se algo acontecer com você, temo que nem ouse encarar sua mãe. Rivaldo concordou com a cabeça.- Sim, depois que ele se for, vou voltar e arrumar minhas coisas. - Vá brincar no quarto, preciso de um tempo sozinha. - Está bem.Vendo que ela parecia preocupada, Rivaldo quis perguntar o que aconteceu, mas ele sabia que, com seus dez anos, mesmo que pergunta