- Gabi, acorde...Isabela, em um instante de pânico, chamou Gabriel com voz trêmula: - Gabi, não durma, acorde.Um medo inexplicável a envolvia, deixando ela ansiosa e inquieta.Ela continuava sacudindo o corpo de Gabriel, mas ele não dava qualquer sinal de reação.Naquele momento, George estava atrás dela, com dificuldade, zombou: - Isabela, eu vou... Morrer, mas antes, quero levar... Alguém comigo... Haha...De repente, Rivaldo, de algum lugar, pegou uma barra de aço afiada. Aproveitando o momento de satisfação de George, ele a enfiou no peito dele.- Morra!À beira da morte, George, com as pupilas tremendo, segurou com força a mão de Rivaldo, dizendo: - Você... Você realmente se atreve... A matar o próprio pai?Rivaldo, sem hesitar, esbravejou entredentes, xingando: - Você não merece ser meu pai. Me lembro muito bem de como você tratava minha mãe. Já que gosta tanto de fingir estar morto, eu vou garantir que sua morte seja bem real. Pelo menos, eu vingarei minha mãe com minhas p
- Isa, eu sei que o que aconteceu não pode ser ignorado. A empresa está me ocupando ultimamente, então, vou ficar perto da empresa. Você e Rivaldo fiquem descansando aqui. Tia Iara cuidará de vocês e fico mais tranquilo assim.Isabela ficou um pouco atordoada por um momento, abriu a boca como se quisesse deter ele.Mas ela sabia que, uma vez que começasse a falar, era inevitável que os dois se envolvessem em uma conversa constante.E ela estava cansada, confusa demais para ter energia para lidar com as emoções dele. No final, ela fechou a boca e subiu as escadas.Entre todas as coisas que aconteceram, a mais inesperada para ela foi o fato de George não ter morrido.Até agora, ela ainda sentia como se estivesse em um sonho.Agora ele realmente estava morto?Enquanto pensava nisso, ela abriu a porta do banheiro.Iara estava ajudando Rivaldo a lavar o cabelo, mas Rivaldo ainda estava olhando fixamente para as próprias mãos, era claro que ainda não havia se recuperado.Isabela reprimiu sua
Rivaldo parecia estar tentando determinar se ela estava mentindo, olhando para ela por um longo minuto.- Sim, ele disse que você matou minha mãe de propósito para escapar, deixando ela morrer em seu lugar, enquanto você poderia recomeçar sua vida.Rivaldo mordeu os lábios, continuando: - Madrinha, eu acredito em você, mas... No dia em que minha mãe morreu, foi exatamente o dia em que você fingiu sua morte, certo?Isabela assentiu com a cabeça:- Sim, é verdade que foi no mesmo dia, mas eu absolutamente não armei essa situação. Sua mãe era minha grande amiga na prisão. Quando eu estava sendo maltratada, ela sempre me protegia e cuidava de mim. Como eu poderia trair essa amizade?Franzindo a testa, Isabela continuando:- Mas eu vou investigar o que você disse. Vou encontrar a verdade e dar a você explicações, está bem?- Madrinha, você também está desconfiada?Isabela balançou a cabeça. - Não é desconfiança. Naquela noite, eu e sua mãe ficamos presas no fogo. Quando acordei, já tinham
Ao chegar ao hospital, Gabriel acabava de passar pela cirurgia, sem risco de vida, e já estava em um quarto individual no último andar. Isabela, sem ver ninguém por perto, abriu a porta e entrou.A luz branca da lua brilhava sobre ele, tornando sua pele pálida ainda mais cadavérica, como se não tivesse um pingo de cor. Isabela pegou uma cadeira e se sentou ao lado da cama, olhando fixamente para o rosto tranquilo de Gabriel, iluminado pela luz da lua.Apesar de familiar, havia uma sensação estranha, algo que a fazia se sentir desconfortável. O quarto permanecia às escuras, exceto onde a luz da lua tocava, mas Isabela não queria acender as luzes, como se isso a impedisse de enfrentar algo. Ou talvez, tornasse tudo mais tranquilo.Ela segurou a mão fria de Gabriel e riu, soltando um som divertido. - Gabriel, às vezes eu realmente acho que sou idiota. Prometi a mim mesma que não entraria mais em contato com você, mas aqui estou, incapaz de resistir e vindo te ver. No passado, eu pens
Isabela, desconfiada, desvelou o curativo no abdômen de Gabriel, confirmando a presença de um ferimento ali. Em seguida, ela ergueu o colarinho da camisa, revelando um curativo no ombro. Ao notar a expressão séria dela, Cláudio interveio: - Se você ainda duvida, posso desfazer as ataduras para que você veja com clareza.Isabela, sentada na cadeira, se deixou cair para trás, relembrando os eventos daquele momento. Quando Rivaldo a abraçou, George já estava caído no chão e ele só podia atirar de baixo para cima, vindo de trás. A bala deveria ter atingido o ombro de Gabriel? E aquela bala no abdômen...Então, a conclusão era que, naquela noite na sala escura, o som do tiro que Isabela ouviu não era para George, mas sim para Gabriel?Ao perceber que Isabela não respondia, Cláudio estava prestes a desfazer o curativo, mas foi interrompido por ela, que o deteve com firmeza.- Não é preciso.- Não quero que pense que estou mentindo para você. Ele levou dois tiros, não apenas um. Precisa ent
- Isa.O olhar de Cláudio estava complicado, como se soubesse algo, mas relutasse em falar. - Talvez você descubra no futuro.Isabela balançou a cabeça. - Deixa pra lá, se ele não quiser contar, de nada adianta eu perguntar agora e eu não quero mesmo.- Do ponto de vista da psicologia, a formação da personalidade envolve muitos fatores, sendo a infância o mais impactante.Com um suspiro, Cláudio continuou: - Mas, no fim das contas, isso é uma questão pessoal, não devo me estender muito. No entanto, já que mencionou quatro anos atrás, há algo que eu quero te contar.- O que é?- Você deve se lembrar que, quatro anos atrás, eu hipnotizei o Gabriel para ajudar Gabriel a recuperar suas memórias, certo? Há seis anos, naquele acidente de carro, ele perdeu algumas lembranças, especialmente aquelas relacionadas a você. Somado a isso, Mariana inventou histórias sem sentido, o que fez com que ele ficasse distante por aqueles dois anos. Não foi que ele deixou de te amar, ele esqueceu muitas co
Cláudio, por ter que trabalhar no turno da manhã no dia seguinte, voltou para casa para descansar assim que Rodrigo chegou. Isabela, por sua vez, permaneceu ao lado da cama durante toda a noite. No entanto, durante aquelas horas, ela não dormiu nem falou. Ficou ali, olhando para o homem na cama e para o céu lá fora.Ninguém sabia o que ela estava pensando, nem o que esperava. Na manhã seguinte, quando Rodrigo notou sua palidez, se aproximou dela, dizendo com preocupação: - Senhora, você passou à noite toda aqui e está cansada. Por que não vai descansar um pouco. Quando o senhor acordar, eu te aviso?Isabela negou com a cabeça, tossiu e disse com uma voz rouca: - Não, vou esperar ele acordar. Tenho algumas perguntas para fazer.Ela queria questionar ele sobre o que Cláudio disse, sobre a amnésia que supostamente a fez sofrer. Não que ela se importasse, mas queria esclarecer o que ele esqueceu.Rodrigo conhecia seu temperamento e sabia que não conseguiria persuadir ela. - Entendi. V
Ela era Isabela e João era seu irmão. Isso não poderia estar errado. Então, por que o resultado do teste de DNA indicava algum problema?Será que alguém havia manipulado os resultados do exame de paternidade? E, se sim, quem poderia ter feito isso? André ou Gabriel?Enquanto aqueles pensamentos giravam na mente de Isabela, Mariana, de repente, agarrou seus cabelos por trás. - Felícia, deixe eu te contar, isso está longe de acabar. Haverá muitos dias pela frente para você se divertir comigo.Isabela tentou se libertar, mas Mariana segurava firme. - Felícia, só porque você está bem agora, não significa que ficará bem na próxima vez. Além disso, você estar bem não garante que as pessoas ao seu redor também estarão. Se lembre, não tente se opor a mim!- Me solte!- Eu não vou soltar. Eu adoro ver a expressão de dor no seu rosto!Mariana riu de maneira maliciosa, puxando os cabelos de Isabela e a girando brutalmente. Em seguida, ela segurou o pescoço de Isabela, ameaçando: - Volte e di