Alex mal teve tempo de reagir antes de sentir a frieza de uma arma pressionada contra sua testa.- Solte minha irmã!Nessa situação, ele não ousou hesitar, empurrou Isabela com força para os braços de Pedro e afastou-se da confusão, correndo ladeira abaixo.Naquele momento, o amanhecer emprestava ao céu uma tonalidade cinza, o que tornava a visão imperfeita, favorecendo a fuga de Alex.Pedro segurou Isabela nos braços, virou-se para as pessoas que vinham atrás dele e gritou: - Vão atrás dele, não vão?- Irmã?Ao notar o sangue em Isabela, Pedro ficou apavorado e a levou para longe dali.- Pedro, espere.- O que houve? Irmã, você está ferida, precisa de cuidados imediatos.- Não... Não é meu sangue.Pedro parou: - De quem é então?- É... - Isabela apontou para dentro. - É o sangue de Bernardo, ele está ferido e ainda está lá dentro...- Entendi.Pedro fez sinal para o médico que se aproximava: - Há um ferido lá dentro precisando de ajuda.Com isso, ele acomodou Isabela na ambulância.
- Ele apenas feriu o ombro e não atingiu órgãos internos, então não há risco de vida. Ele passou por uma cirurgia e ainda não recobrou a consciência.Ouvir que Bernardo não estava em perigo de morte aliviou Isabela.- Se não fosse por mim, ele não teria se machucado. - Disse ela enquanto se erguia da cama. - Pedro, me leve até ele. Eu preciso vê-lo com meus próprios olhos para ter certeza de que ele está bem.- Claro, segure-se em mim. Você ainda está fraca.Isabela apoiou-se no braço de Pedro, calçou os sapatos e saiu lentamente.- Irmã, agora que Alex está morto, provavelmente será difícil descobrir como ele foi libertado, mas sinto que isso não é simples; com certeza há alguém por trás disso.- Sim, há alguém por trás disso.Observando a expressão serena de Isabela, Pedro perguntou: - Você sabe quem é?Isabela parou e o encarou, com um sorriso triste nos lábios. - Acho que talvez eu saiba.- Quem é?Ela o encarou profundamente. - Pedro, quanto a isso, não se preocupe. Arrume suas
Cerca de uma hora mais tarde, a porta se abriu e Isabela saiu apressada de dentro: - Doutor, ele acordou!Após o grito, ela se deparou com Pedro parado na porta, e ficou sem palavras, mordendo os lábios, sentindo-se constrangida.- Você... Não tinha ido embora? - Perguntou Pedro.Ele a puxou de volta para o quarto e a fez sentar-se no sofá. - Irmã, fique aqui. Vou chamar o médico.Dito isso, ele se virou e saiu apressadamente. Em pouco tempo, ele retornou acompanhado pelo médico e pela enfermeira. Um grupo de pessoas se aproximou do paciente na cama, realizou alguns exames e, em seguida, informou-os: - O paciente está completamente fora de perigo agora, precisa de um bom descanso.Depois disso, o médico dirigiu seu olhar para Isabela: - Srta. Felícia, você também precisa de um bom descanso.Isabela assentiu: - Obrigada, doutor.Depois que o médico saiu, Pedro olhou na direção da cama e disse: - Não saiam daqui. Vou buscar algo para vocês comerem.- Está bem.Isabela se levantou
Ao ouvir isso, Bernardo não teve mais coragem de protestar. Afinal, ele sabia que Isabela estava ferida e precisava de descanso.- Está bem, Felícia também precisa descansar. - Concordou Bernardo.Pedro lançou um olhar irritado para ele. - Você sabe qual é o seu lugar.Isabela interveio suavemente: - Pedro, não fale assim. Se não fosse por ele, eu ainda estaria na UTI.Mas Pedro continuou a não gostar de Bernardo, mesmo compreendendo a situação, e ele segurou Isabela para sair.- Pedro, espere um momento. Quero falar com você sobre algo. - Disse Bernardo.- Eu vou voltar para o quarto e trocar de roupa. Venha me encontrar depois. - Respondeu Isabela.Dito isso, Isabela saiu primeiro, deixando Pedro sozinho no quarto com Bernardo.Pedro olhou para Bernardo com desagrado: - O que você quer?- Parece que sua irmã tem claustrofobia. - Observou Bernardo.Pedro o encarou atentamente: - Por que você acha isso?- Depois de sermos capturados, ficamos no escuro por um tempo, e naquele momen
Isabela não ponderou muito a respeito, e na manhã seguinte, bem cedo, alguém bateu de fato à porta.Ao abrir a porta, Pedro deparou-se com duas pessoas carregando uma pilha de suplementos, paradas à sua porta.- Esta é a residência da Srta. Felícia? - Perguntou um dos entregadores.Pedro assentiu: - Sim, e vocês são?As duas pessoas organizaram os suplementos no chão com cuidado. - Estes são os suplementos enviados pelo nosso senhor para a Srta. Felícia. Esperamos que aceitem.Depois, eles se viraram e partiram, deixando Pedro intrigado.Quando finalmente recuperou o juízo, os dois já tinham entrado no elevador e se foram.Nesse momento, Isabela saiu do quarto e, ao ver todos aqueles suplementos no chão, ficou atônita por um momento, até que se lembrou da mensagem do Sr. M.Ela não esperava que ele realmente enviasse tantos suplementos...- Pedro, isso...- Irmã, eu não sei quem são eles, disseram que eram enviados por um cliente. Quem é?- Eu sei, foi um cliente que enviou. Vamos tr
Ao chegar ao hospital e encontrar Bernardo, ele estava deitado na cama, dormindo.Para sua surpresa, assim que entrou, Bernardo abriu os olhos e, ao vê-la, ficou um tanto surpreso. Depois, sorriu e disse: - Felícia, não esperava que viesse.- Como assim? Prometi que viria.Dizendo isso, Isabela colocou a marmita térmica na mesa e ajustou a cama.- Já comeu?- Sim, mas a comida do hospital é péssima...Isabela abriu a lata e serviu um pouco para ele: - Experimente, é nutritiva.- O que é isso?- Na verdade, eu também não sei, Pedro quem fez...Ao ouvir o nome de Pedro, o rosto de Bernardo mudou um pouco: - Ele não envenenou isso, né?Isabela riu: - Ele sabia que eu traria, como ele envenenaria? Se fosse veneno, prejudicaria a mim, não é?Bernardo pensou por um momento e concordou: - Bem, faz sentido, então posso comer.- Amanhã, trarei sopa capeletti para você. Pedi ao Pedro que comprasse os ingredientes.- Ótimo, contanto que seja feito por você, está tudo bem.Isabela balançou a
Ao chegar à entrada do hospital, Isabela finalmente conseguiu fazer a ligação para Cláudio.- Cláudio, sobre o que as notícias estão dizendo, foi você quem fez aquilo?Do outro lado da linha, houve um longo silêncio antes que Cláudio respondesse em voz baixa.- Você...Isabela tinha muitas palavras em mente para expressar seus pensamentos, mas, na hora de falar, ela se viu incapaz de encontrar as palavras certas, então acabou engolindo tudo.- Eu entendo o que você quer dizer. Não se preocupe, eu apenas subornei um assassino, ninguém conseguirá rastrear isso.Ouvindo isso, Isabela conseguiu respirar um pouco mais aliviada. Ela só estava com medo de que Cláudio estivesse tão obcecado pela vingança que tivesse perdido o controle, mas felizmente isso não aconteceu.- Isso é bom.Cláudio riu suavemente. - Isa, você realmente acha que sou tão ingênuo?Isabela sorriu, sentindo-se um pouco constrangida. Realmente, como Cláudio poderia ser tão ingênuo?- Quando você veio me procurar, estava
Levando-a passo a passo até o limite, essa estratégia era idêntica à utilizada quatro anos atrás. Mas Mariana nem sequer tinha conhecimento de que ainda estava viva...Pensando nisso, só poderia ser Gabriel.Por quê?Esse homem era um verdadeiro demônio, ele não a deixaria em paz?Quando Isabela finalmente chegou ao seu destino, percebeu que seu peito doía e estava tendo dificuldade para respirar. Ela ficou parada diante da porta por um momento, ofegante, até que recuperou o fôlego o suficiente para entrar.Hoje era um dia de trabalho, e ainda não era hora de sair, então os funcionários ainda estavam lá. No entanto, todos pareciam estar cientes do que estava acontecendo e estavam reunidos, conversando incessantemente.- O que faremos? Parece que teremos que procurar um novo emprego.- Sim, se houver um processo legal, temo que não receberemos nossos salários.- Minha filha acabou de nascer, o leite em pó está tão caro, e ainda temos a hipoteca da casa... Eu...- E vocês acham que fo