Ao ouvir isso, Bernardo não teve mais coragem de protestar. Afinal, ele sabia que Isabela estava ferida e precisava de descanso.- Está bem, Felícia também precisa descansar. - Concordou Bernardo.Pedro lançou um olhar irritado para ele. - Você sabe qual é o seu lugar.Isabela interveio suavemente: - Pedro, não fale assim. Se não fosse por ele, eu ainda estaria na UTI.Mas Pedro continuou a não gostar de Bernardo, mesmo compreendendo a situação, e ele segurou Isabela para sair.- Pedro, espere um momento. Quero falar com você sobre algo. - Disse Bernardo.- Eu vou voltar para o quarto e trocar de roupa. Venha me encontrar depois. - Respondeu Isabela.Dito isso, Isabela saiu primeiro, deixando Pedro sozinho no quarto com Bernardo.Pedro olhou para Bernardo com desagrado: - O que você quer?- Parece que sua irmã tem claustrofobia. - Observou Bernardo.Pedro o encarou atentamente: - Por que você acha isso?- Depois de sermos capturados, ficamos no escuro por um tempo, e naquele momen
Isabela não ponderou muito a respeito, e na manhã seguinte, bem cedo, alguém bateu de fato à porta.Ao abrir a porta, Pedro deparou-se com duas pessoas carregando uma pilha de suplementos, paradas à sua porta.- Esta é a residência da Srta. Felícia? - Perguntou um dos entregadores.Pedro assentiu: - Sim, e vocês são?As duas pessoas organizaram os suplementos no chão com cuidado. - Estes são os suplementos enviados pelo nosso senhor para a Srta. Felícia. Esperamos que aceitem.Depois, eles se viraram e partiram, deixando Pedro intrigado.Quando finalmente recuperou o juízo, os dois já tinham entrado no elevador e se foram.Nesse momento, Isabela saiu do quarto e, ao ver todos aqueles suplementos no chão, ficou atônita por um momento, até que se lembrou da mensagem do Sr. M.Ela não esperava que ele realmente enviasse tantos suplementos...- Pedro, isso...- Irmã, eu não sei quem são eles, disseram que eram enviados por um cliente. Quem é?- Eu sei, foi um cliente que enviou. Vamos tr
Ao chegar ao hospital e encontrar Bernardo, ele estava deitado na cama, dormindo.Para sua surpresa, assim que entrou, Bernardo abriu os olhos e, ao vê-la, ficou um tanto surpreso. Depois, sorriu e disse: - Felícia, não esperava que viesse.- Como assim? Prometi que viria.Dizendo isso, Isabela colocou a marmita térmica na mesa e ajustou a cama.- Já comeu?- Sim, mas a comida do hospital é péssima...Isabela abriu a lata e serviu um pouco para ele: - Experimente, é nutritiva.- O que é isso?- Na verdade, eu também não sei, Pedro quem fez...Ao ouvir o nome de Pedro, o rosto de Bernardo mudou um pouco: - Ele não envenenou isso, né?Isabela riu: - Ele sabia que eu traria, como ele envenenaria? Se fosse veneno, prejudicaria a mim, não é?Bernardo pensou por um momento e concordou: - Bem, faz sentido, então posso comer.- Amanhã, trarei sopa capeletti para você. Pedi ao Pedro que comprasse os ingredientes.- Ótimo, contanto que seja feito por você, está tudo bem.Isabela balançou a
Ao chegar à entrada do hospital, Isabela finalmente conseguiu fazer a ligação para Cláudio.- Cláudio, sobre o que as notícias estão dizendo, foi você quem fez aquilo?Do outro lado da linha, houve um longo silêncio antes que Cláudio respondesse em voz baixa.- Você...Isabela tinha muitas palavras em mente para expressar seus pensamentos, mas, na hora de falar, ela se viu incapaz de encontrar as palavras certas, então acabou engolindo tudo.- Eu entendo o que você quer dizer. Não se preocupe, eu apenas subornei um assassino, ninguém conseguirá rastrear isso.Ouvindo isso, Isabela conseguiu respirar um pouco mais aliviada. Ela só estava com medo de que Cláudio estivesse tão obcecado pela vingança que tivesse perdido o controle, mas felizmente isso não aconteceu.- Isso é bom.Cláudio riu suavemente. - Isa, você realmente acha que sou tão ingênuo?Isabela sorriu, sentindo-se um pouco constrangida. Realmente, como Cláudio poderia ser tão ingênuo?- Quando você veio me procurar, estava
Levando-a passo a passo até o limite, essa estratégia era idêntica à utilizada quatro anos atrás. Mas Mariana nem sequer tinha conhecimento de que ainda estava viva...Pensando nisso, só poderia ser Gabriel.Por quê?Esse homem era um verdadeiro demônio, ele não a deixaria em paz?Quando Isabela finalmente chegou ao seu destino, percebeu que seu peito doía e estava tendo dificuldade para respirar. Ela ficou parada diante da porta por um momento, ofegante, até que recuperou o fôlego o suficiente para entrar.Hoje era um dia de trabalho, e ainda não era hora de sair, então os funcionários ainda estavam lá. No entanto, todos pareciam estar cientes do que estava acontecendo e estavam reunidos, conversando incessantemente.- O que faremos? Parece que teremos que procurar um novo emprego.- Sim, se houver um processo legal, temo que não receberemos nossos salários.- Minha filha acabou de nascer, o leite em pó está tão caro, e ainda temos a hipoteca da casa... Eu...- E vocês acham que fo
- O portador deste anel personalizado.Jéssica ponderou por um momento, mas ainda não conseguia compreender qual era a ligação entre este tal Smith e o processo judicial.- Felícia, afinal, o que você está dizendo?- No começo, foi porque o Sr. Smith me pediu em casamento que eu projetei este anel. Se conseguirmos encontrá-lo e fazê-lo testemunhar no tribunal, nossas chances de vitória serão maiores.- É isso mesmo!Jéssica deu um pulo e aplaudiu: - Nossa, como eu não pensei nisso antes.No entanto, após um segundo de reflexão, ela ficou desanimada: - Felícia, já se passaram mais de dois anos. Será que podemos encontrá-lo? E, além disso, e se ele não quiser comparecer ao tribunal?- Eu não pensei muito nisso ainda. Vamos encontrá-lo primeiro e depois decidimos.Na verdade, Isabela não estava totalmente confiante sobre essa questão, mas ela tinha que tentar. Ela tinha certeza de que Unique Joias estava a perseguindo. Portanto, não importava o que acontecesse, ela não iria desistir e
Após desabafar, Isabela não conseguiu evitar cobrir o rosto e balançar a cabeça: - Desculpe, desculpe...Jéssica se recompôs e a abraçou: - Felícia, a culpa é minha. Fiquei constantemente dependendo dos outros. Sinto muito, não deveria ter te questionado daquela maneira.Na verdade, Isabela entendia muito bem as dúvidas de Jéssica.Apenas... Havia coisas que ela não poderia contar a ela.Alguns fardos eram difíceis de compartilhar.Mas, no final das contas, ela deveria pagar um preço por tudo isso, porque foi por causa dela que tudo isso aconteceu.No entanto, ela não queria ser o tipo de pessoa que...Se não fosse pela situação extrema, ela nunca teria procurado Bernardo.Quanto ao dinheiro...Ela tinha exatamente 30 milhões, mas não podia usá-los.Esses 30 milhões pertenciam ao Cláudio, não a ela. Mesmo se ela realmente precisasse, ela queria que esse dinheiro fosse usado para o benefício de Dulce.No futuro, talvez ela não pudesse estar ao lado de Dulce. Se nem um único centavo
Em questão de instantes, a chamada foi atendida.- Senhorita Felícia?Ao ouvir aquela voz familiar e profunda, Isabela ficou tão nervosa que não conseguia articular uma única palavra e acabou desligando o telefone apressadamente.Após um breve intervalo, Gabriel ligou novamente.Isabela encarou o nome que lhe era ao mesmo tempo tão conhecido e estranho, sentindo-se novamente trêmula, antes de desligar o telefone mais uma vez.Então, ela se apoiou na janela, respirando fundo algumas vezes até que conseguisse acalmar os nervos e enviar uma mensagem."Liguei errado."Logo em seguida, bloqueou imediatamente o número de Gabriel.Lembrando-se de sua impulsividade anterior, uma preocupação ainda maior se apoderou dela.Ela tinha agido de forma tão impulsiva ao cogitar confrontá-lo. E se, por acaso, revelasse algo que ele desconhecia? Como lidaria com isso?E se, na verdade, ele nem sequer soubesse que ela era Isabela?Ou, e se... E se ele não fosse realmente o responsável? Teria ela ido at