- Obrigada. Isabela mexia o pulso. - Muito bonito.- É bom que você goste. Olhando para o cinábrio em seu pulso, ela de repente perguntou: - Por que você decidiu me dar cinábrio?Bernardo levantou os olhos para olhar para ela. - As coisas que aconteceram com Alex e o terremoto na Cidade X me deixaram preocupado. Mesmo que seja um pouco supersticioso, e se algo acontecesse?- É coincidência, mas é bom pegar algo que traga sorte.- Aliás. - Bernardo franzia a testa. - Você se lembra do homem que encontrou na exposição antes?Isabela estava um pouco confusa. - O homem? Quem?- Aquele que... - Bernardo bateu na cabeça, pensando por um momento e disse. - Aquele que estava te perseguindo enquanto você olhava a exposição. A mesma pessoa que encontramos depois da noite em que você bebeu demais.Ao ouvir isso, Isabela sabia que ele estava falando de Gabriel. Seu coração apertou, e ela involuntariamente apertou a manga da roupa.- Oh?- Você sabe quem é? Ele tentou me parar e disse para
Nesta refeição, Isabela estava comendo com entusiasmo, mas tinha algo em sua mente e seu apetite era limitado, então sobrou muita comida. Para evitar o desperdício, ela teve que sugerir levar a comida para casa para Pedro.Bernardo não pôde deixar de rir dela.- Felícia, afinal você é uma designer de anéis, precisa ser tão realista?Isabela riu de forma tímida.- Não quero desapontar sua gentileza, tenho pouco apetite e não como muito.- Embora eu não goste muito de Pedro, não acho que seja apropriado deixá-lo comer sobras. - Com isso, Bernardo se levantou. - Vou levar isso para sua casa.- Ah?- Estou falando sério.Terminando de falar, Bernardo chamou um garçom para embalar a comida, e quando saiu, realmente a levou para o carro.- Felícia, são as sobras da nossa refeição juntos. Não vou desperdiçar.Ouvindo isso, Isabela ficou constrangida e teve que concordar.No caminho de volta, Bernardo estava de bom humor.- Felícia, estou muito feliz esta noite.Isabela olhou para ele.- Bern
- Felícia? Não durma. - Bernardo a chamava enquanto se mexia um pouco. - Felícia, não se mova. Vou ver se consigo te ajudar a soltar essa corda das mãos.Isabela não ousava mover um músculo, permaneceu completamente imóvel.Logo depois, ela sentiu um alívio em seu pulso.- Desatou. - Bernardo mexeu as mãos novamente. - Agora, você me ajuda a desatar as minhas.Isabela estendeu a mão para ajudar, mas suas mãos tremiam incessantemente.Quanto mais tremiam, mais nervosa ela ficava, até que finalmente soluçou: - Bernardo, eu não consigo... Por que não consigo...- Está tudo bem, vá devagar, não se apresse, não chore.Isabela mordeu os lábios e forçou-se a acalmar.Mesmo com Bernardo amarrado, ele ainda a confortava. Como ela poderia desistir?Então, ela tentou novamente.Mas, por algum motivo, sentiu que o nó estava muito apertado, suas mãos doíam, mas não havia sinal de que a corda estava se soltando.- Bernardo, parece que esse nó está muito apertado.Bernardo, temendo que ela entrasse
Dito isso, Alex apontou mais uma vez a faca para Isabela.- Felícia, farei você sofrer como nunca antes!Ele cortou o braço de Isabela com a faca, e o sangue jorrou instantaneamente.Isabela manteve os lábios cerrados, suportando a dor, sem emitir um som, sem se mexer.- Alex, pare!Bernardo rosnou, movendo-se para proteger Isabela: - Não a machuque!- Hmm, verdadeiramente apaixonado! Brigando por uma mulher desgraçada!Alex chutou Bernardo e riu friamente. - Agora que estão nas minhas mãos, têm o direito de falar?Em seguida, ele olhou para Isabela novamente, olhos vermelhos de raiva: - Vadia! Não pense que ele pode te salvar. Deixe-me dizer, ninguém pode te salvar!Isabela franziu a testa, seu olhar permanecia firme, sem pedir misericórdia, apesar do medo.De repente, ela perguntou: - Quem te libertou?- Você quer saber?- Sim, me diga isso, o resto não importa.Isabela não temia a morte, mas ansiava saber quem tinha o poder de libertar alguém que cometeu um crime grave da prisão
Alex mal teve tempo de reagir antes de sentir a frieza de uma arma pressionada contra sua testa.- Solte minha irmã!Nessa situação, ele não ousou hesitar, empurrou Isabela com força para os braços de Pedro e afastou-se da confusão, correndo ladeira abaixo.Naquele momento, o amanhecer emprestava ao céu uma tonalidade cinza, o que tornava a visão imperfeita, favorecendo a fuga de Alex.Pedro segurou Isabela nos braços, virou-se para as pessoas que vinham atrás dele e gritou: - Vão atrás dele, não vão?- Irmã?Ao notar o sangue em Isabela, Pedro ficou apavorado e a levou para longe dali.- Pedro, espere.- O que houve? Irmã, você está ferida, precisa de cuidados imediatos.- Não... Não é meu sangue.Pedro parou: - De quem é então?- É... - Isabela apontou para dentro. - É o sangue de Bernardo, ele está ferido e ainda está lá dentro...- Entendi.Pedro fez sinal para o médico que se aproximava: - Há um ferido lá dentro precisando de ajuda.Com isso, ele acomodou Isabela na ambulância.
- Ele apenas feriu o ombro e não atingiu órgãos internos, então não há risco de vida. Ele passou por uma cirurgia e ainda não recobrou a consciência.Ouvir que Bernardo não estava em perigo de morte aliviou Isabela.- Se não fosse por mim, ele não teria se machucado. - Disse ela enquanto se erguia da cama. - Pedro, me leve até ele. Eu preciso vê-lo com meus próprios olhos para ter certeza de que ele está bem.- Claro, segure-se em mim. Você ainda está fraca.Isabela apoiou-se no braço de Pedro, calçou os sapatos e saiu lentamente.- Irmã, agora que Alex está morto, provavelmente será difícil descobrir como ele foi libertado, mas sinto que isso não é simples; com certeza há alguém por trás disso.- Sim, há alguém por trás disso.Observando a expressão serena de Isabela, Pedro perguntou: - Você sabe quem é?Isabela parou e o encarou, com um sorriso triste nos lábios. - Acho que talvez eu saiba.- Quem é?Ela o encarou profundamente. - Pedro, quanto a isso, não se preocupe. Arrume suas
Cerca de uma hora mais tarde, a porta se abriu e Isabela saiu apressada de dentro: - Doutor, ele acordou!Após o grito, ela se deparou com Pedro parado na porta, e ficou sem palavras, mordendo os lábios, sentindo-se constrangida.- Você... Não tinha ido embora? - Perguntou Pedro.Ele a puxou de volta para o quarto e a fez sentar-se no sofá. - Irmã, fique aqui. Vou chamar o médico.Dito isso, ele se virou e saiu apressadamente. Em pouco tempo, ele retornou acompanhado pelo médico e pela enfermeira. Um grupo de pessoas se aproximou do paciente na cama, realizou alguns exames e, em seguida, informou-os: - O paciente está completamente fora de perigo agora, precisa de um bom descanso.Depois disso, o médico dirigiu seu olhar para Isabela: - Srta. Felícia, você também precisa de um bom descanso.Isabela assentiu: - Obrigada, doutor.Depois que o médico saiu, Pedro olhou na direção da cama e disse: - Não saiam daqui. Vou buscar algo para vocês comerem.- Está bem.Isabela se levantou
Ao ouvir isso, Bernardo não teve mais coragem de protestar. Afinal, ele sabia que Isabela estava ferida e precisava de descanso.- Está bem, Felícia também precisa descansar. - Concordou Bernardo.Pedro lançou um olhar irritado para ele. - Você sabe qual é o seu lugar.Isabela interveio suavemente: - Pedro, não fale assim. Se não fosse por ele, eu ainda estaria na UTI.Mas Pedro continuou a não gostar de Bernardo, mesmo compreendendo a situação, e ele segurou Isabela para sair.- Pedro, espere um momento. Quero falar com você sobre algo. - Disse Bernardo.- Eu vou voltar para o quarto e trocar de roupa. Venha me encontrar depois. - Respondeu Isabela.Dito isso, Isabela saiu primeiro, deixando Pedro sozinho no quarto com Bernardo.Pedro olhou para Bernardo com desagrado: - O que você quer?- Parece que sua irmã tem claustrofobia. - Observou Bernardo.Pedro o encarou atentamente: - Por que você acha isso?- Depois de sermos capturados, ficamos no escuro por um tempo, e naquele momen