Quando ele olhou com esse olhar triste para Isabela, fazendo-a se sentir ainda mais culpada...- Você está livre à noite?Bernardo assentiu.- Estou.- Eu gostaria de te convidar para jantar.Bernardo pensou que havia entendido errado e ficou perplexo por um momento.- Felícia, você está me convidando para jantar? É sério?Vendo isso, Isabela se sentiu um pouco sem saída.- Então, você vai ou não vai?- Claro, eu vou. Só acho isso um pouco surreal.- Você tem algum lugar favorito?Bernardo pensou por um momento, segurou a mão dela.- Sim, eu tenho. Vou te levar a um lugar que você certamente vai adorar.- É mesmo?- Eu prometo, se você não gostar, pode me bater.Isabela riu. - Por que eu te bateria?Bernardo a ajudou a abrir a porta do passageiro, em seguida, protegeu sua cabeça e colocava o cinto de segurança para ela, fechava a porta antes de ele entrar no carro.Às vezes, Isabela achava que ele era brincalhão, mas outras vezes, ele parecia muito sério. De qualquer forma, estar com
Quem diria, quando Bernardo ouviu isso, não ficou irritado, mas sorriu.- Felícia, você não está sendo muito dura consigo mesma? Ao meu ver, você é mais boa pessoa do que eu.Isabela também não esperava essa reação dele, o que a deixou sem saber como responder.Ela não podia dizer que já tinha sido presa, certo?Afinal, quem esteve na prisão foi Isabela, não Felícia.Se Bernardo fosse investigar a sério, iria revelar?Claro, para ela, o que mais importava era Dulce.Ela já estava sofrendo por não ter um pai.Se ela descobrisse que a mãe já esteve na prisão, o futuro dela seria ainda mais sombrio.Então, Isabela apenas sorriu e balançou a cabeça.- Só acho que você tem muitas opções, não precisa gastar seu tempo comigo. Tive um casamento fracassado uma vez, não acredito mais no amor.- Eu sei, por isso não espero que você aceite de imediato.Bernardo olhou para ela e disse suavemente: - Só quero ter o direito de estar ao seu lado, não me afaste o tempo todo, está bem?Nesse ponto, Isab
- Obrigada. Isabela mexia o pulso. - Muito bonito.- É bom que você goste. Olhando para o cinábrio em seu pulso, ela de repente perguntou: - Por que você decidiu me dar cinábrio?Bernardo levantou os olhos para olhar para ela. - As coisas que aconteceram com Alex e o terremoto na Cidade X me deixaram preocupado. Mesmo que seja um pouco supersticioso, e se algo acontecesse?- É coincidência, mas é bom pegar algo que traga sorte.- Aliás. - Bernardo franzia a testa. - Você se lembra do homem que encontrou na exposição antes?Isabela estava um pouco confusa. - O homem? Quem?- Aquele que... - Bernardo bateu na cabeça, pensando por um momento e disse. - Aquele que estava te perseguindo enquanto você olhava a exposição. A mesma pessoa que encontramos depois da noite em que você bebeu demais.Ao ouvir isso, Isabela sabia que ele estava falando de Gabriel. Seu coração apertou, e ela involuntariamente apertou a manga da roupa.- Oh?- Você sabe quem é? Ele tentou me parar e disse para
Nesta refeição, Isabela estava comendo com entusiasmo, mas tinha algo em sua mente e seu apetite era limitado, então sobrou muita comida. Para evitar o desperdício, ela teve que sugerir levar a comida para casa para Pedro.Bernardo não pôde deixar de rir dela.- Felícia, afinal você é uma designer de anéis, precisa ser tão realista?Isabela riu de forma tímida.- Não quero desapontar sua gentileza, tenho pouco apetite e não como muito.- Embora eu não goste muito de Pedro, não acho que seja apropriado deixá-lo comer sobras. - Com isso, Bernardo se levantou. - Vou levar isso para sua casa.- Ah?- Estou falando sério.Terminando de falar, Bernardo chamou um garçom para embalar a comida, e quando saiu, realmente a levou para o carro.- Felícia, são as sobras da nossa refeição juntos. Não vou desperdiçar.Ouvindo isso, Isabela ficou constrangida e teve que concordar.No caminho de volta, Bernardo estava de bom humor.- Felícia, estou muito feliz esta noite.Isabela olhou para ele.- Bern
- Felícia? Não durma. - Bernardo a chamava enquanto se mexia um pouco. - Felícia, não se mova. Vou ver se consigo te ajudar a soltar essa corda das mãos.Isabela não ousava mover um músculo, permaneceu completamente imóvel.Logo depois, ela sentiu um alívio em seu pulso.- Desatou. - Bernardo mexeu as mãos novamente. - Agora, você me ajuda a desatar as minhas.Isabela estendeu a mão para ajudar, mas suas mãos tremiam incessantemente.Quanto mais tremiam, mais nervosa ela ficava, até que finalmente soluçou: - Bernardo, eu não consigo... Por que não consigo...- Está tudo bem, vá devagar, não se apresse, não chore.Isabela mordeu os lábios e forçou-se a acalmar.Mesmo com Bernardo amarrado, ele ainda a confortava. Como ela poderia desistir?Então, ela tentou novamente.Mas, por algum motivo, sentiu que o nó estava muito apertado, suas mãos doíam, mas não havia sinal de que a corda estava se soltando.- Bernardo, parece que esse nó está muito apertado.Bernardo, temendo que ela entrasse
Dito isso, Alex apontou mais uma vez a faca para Isabela.- Felícia, farei você sofrer como nunca antes!Ele cortou o braço de Isabela com a faca, e o sangue jorrou instantaneamente.Isabela manteve os lábios cerrados, suportando a dor, sem emitir um som, sem se mexer.- Alex, pare!Bernardo rosnou, movendo-se para proteger Isabela: - Não a machuque!- Hmm, verdadeiramente apaixonado! Brigando por uma mulher desgraçada!Alex chutou Bernardo e riu friamente. - Agora que estão nas minhas mãos, têm o direito de falar?Em seguida, ele olhou para Isabela novamente, olhos vermelhos de raiva: - Vadia! Não pense que ele pode te salvar. Deixe-me dizer, ninguém pode te salvar!Isabela franziu a testa, seu olhar permanecia firme, sem pedir misericórdia, apesar do medo.De repente, ela perguntou: - Quem te libertou?- Você quer saber?- Sim, me diga isso, o resto não importa.Isabela não temia a morte, mas ansiava saber quem tinha o poder de libertar alguém que cometeu um crime grave da prisão
Alex mal teve tempo de reagir antes de sentir a frieza de uma arma pressionada contra sua testa.- Solte minha irmã!Nessa situação, ele não ousou hesitar, empurrou Isabela com força para os braços de Pedro e afastou-se da confusão, correndo ladeira abaixo.Naquele momento, o amanhecer emprestava ao céu uma tonalidade cinza, o que tornava a visão imperfeita, favorecendo a fuga de Alex.Pedro segurou Isabela nos braços, virou-se para as pessoas que vinham atrás dele e gritou: - Vão atrás dele, não vão?- Irmã?Ao notar o sangue em Isabela, Pedro ficou apavorado e a levou para longe dali.- Pedro, espere.- O que houve? Irmã, você está ferida, precisa de cuidados imediatos.- Não... Não é meu sangue.Pedro parou: - De quem é então?- É... - Isabela apontou para dentro. - É o sangue de Bernardo, ele está ferido e ainda está lá dentro...- Entendi.Pedro fez sinal para o médico que se aproximava: - Há um ferido lá dentro precisando de ajuda.Com isso, ele acomodou Isabela na ambulância.
- Ele apenas feriu o ombro e não atingiu órgãos internos, então não há risco de vida. Ele passou por uma cirurgia e ainda não recobrou a consciência.Ouvir que Bernardo não estava em perigo de morte aliviou Isabela.- Se não fosse por mim, ele não teria se machucado. - Disse ela enquanto se erguia da cama. - Pedro, me leve até ele. Eu preciso vê-lo com meus próprios olhos para ter certeza de que ele está bem.- Claro, segure-se em mim. Você ainda está fraca.Isabela apoiou-se no braço de Pedro, calçou os sapatos e saiu lentamente.- Irmã, agora que Alex está morto, provavelmente será difícil descobrir como ele foi libertado, mas sinto que isso não é simples; com certeza há alguém por trás disso.- Sim, há alguém por trás disso.Observando a expressão serena de Isabela, Pedro perguntou: - Você sabe quem é?Isabela parou e o encarou, com um sorriso triste nos lábios. - Acho que talvez eu saiba.- Quem é?Ela o encarou profundamente. - Pedro, quanto a isso, não se preocupe. Arrume suas