Uma chuva intensa desabou dos céus, encharcando toda a terra no solo. Rapidamente, a água da chuva misturou-se à lama, formando pequenos riachos que desciam pela ladeira.De repente, um carro preto da marca Maybach surgiu em alta velocidade, derramando lama amarela no ar ao fazer uma curva. O veículo parou na encosta.Um homem saiu apressadamente do banco do motorista, ignorando a chuva. Seu olhar ansioso varreu o entorno, revelando seu nervosismo.Este era um terreno abandonado, repleto de terra amarelada. Agora, com a chuva misturada, todas as pistas desapareceram.Nesse momento, outro homem saiu do banco do passageiro e correu até o primeiro, protegendo-o com um guarda-chuva.- Senhor, a área é extensa, vou chamar mais pessoas para ajudar.O rosto de Gabriel estava gélido e assustador. Ele ergueu a mão e afastou o guarda-chuva das mãos de Rodrigo. Seus olhos profundos refletiam uma intenção assassina.- Não temos mais tempo. Comece a cavar agora!Rodrigo estava nervoso, mas o céu es
Quem estava chamando por ela?Essa voz era tão familiar, seria a voz de Gabi?Mas como o Gabi estaria chamando por ela? Provavelmente só queria que ela morresse.A mente de Isabela estava confusa e ela sentiu como se houvesse barulhos por todos os lados, forçando-a a acordar do sono profundo.Embora tivesse acordado, ela simplesmente não conseguia abrir os olhos.Será que ela já havia morrido e agora era um espírito?"Gabi, se eu morresse, você choraria por mim?"No vazio do campo, de repente alguém gritou:- Aqui! Encontramos!Num instante, todos correram na direção do som.Gabriel correu até lá e se jogou no chão, com o rosto pálido e sem cor, mas com as mãos ensanguentadas, cavando freneticamente.Só para ao ver o caixão e, agarrando uma pá das mãos de alguém ao lado, rapidamente removeu a terra da tampa do caixão.Mas, devido à água lamacenta que estava escorrendo constantemente, a tampa do caixão estava presa e não podia ser aberta.- Vamos cavar em volta.Assim que as palavras fo
Ao se deparar com o rosto familiar diante dela, Isabela ficou surpresa.Após um breve momento, ela finalmente perguntou, perplexa:- Sofia? O que você está fazendo aqui?Sofia ajudou Isabela a se acomodar na cama e então suspirou, com um olhar ressentido:- Isa, eu até queria te fazer essa pergunta. Nós tínhamos combinado que você não me abandonaria, por que você me enganou?- Você realmente me deu um sedativo, Isa. Você realmente queria que eu fosse embora?Isabela queria argumentar, mas as palavras se prenderam em sua garganta. Seus lábios pálidos se moveram, mas nada saiu.Em seguida, ela viu Sofia sentar-se à beira da cama, seus olhos grandes piscando:- Isa, você não quer saber por que eu decidi ficar ao seu lado?Ao ouvir isso, Isabela ergueu o olhar para Sofia, com uma expressão extremamente complexa.Vendo isso, Sofia sorriu levemente:- Você pode rir de mim quando eu contar, mas ainda quero lhe dizer.- Eu sou órfã, sem pai nem mãe, e passei mais de vinte anos sem ver a luz do
Isabela olhou hesitante para Sofia, mas viu Sofia colocar a língua para fora e rir:- Isa, não é minha culpa. Eu estava no funeral e depois acordei no avião... Fiquei realmente assustada. Pensei que alguém estava tentando te atingir. Claro que reagi imediatamente.- Você não viu a carta que eu escrevi para você?- Carta? - Sofia fez um biquinho. - Eu vi, mas não queria partir. Além disso, mal voltei e já soube que você estava em apuros. Isa, você realmente me deixou preocupada.Ouvindo isso, Isabela ficou cheia de desculpas:- Desculpe por te preocupar novamente.- Isa, não diga essas coisas. Mas como exatamente eles conseguiram te capturar?Lembrando disso, Isabela olhou para André e apertou os lábios:- André, você me salvou novamente. Se continuar assim, eu realmente nunca vou poder retribuir sua gentileza.A expressão nos olhos de André mudou ligeiramente, ele nem negou e nem confirmou:- Felizmente, você ativou o sinal de socorro, caso contrário, as coisas teriam ficado muito comp
André inclinou-se e segurou a mão de Isabela, colocando-a sobre seu peito:- Isa, eu te juro, não vou enganar ninguém, muito menos você. Se eu te decepcionar...Antes que ele pudesse terminar, Isabela subitamente cobriu sua boca com a mão, balançando a cabeça:- Não precisa jurar, André.André ficou atordoado por um momento, seu coração começou a bater rápido, e o olhar que ele lançou a Isabela ficou ainda mais complexo.Ele reprimiu em seu coração:"Isa, se continuar assim, posso realmente perder o controle."Mas Isabela não conseguia entender o olhar dele. Ela soltou a mão e fungou levemente:- Dedé, confio em você, não precisa jurar.Dedé...Foi a primeira vez que Isabela o chamou tão carinhosamente, fazendo o coração de André tremer violentamente. Ele rapidamente soltou a mão de Isabela e tossiu disfarçadamente.- Confie em mim, está bem? Agora preciso ir.Vendo-o tossir, Isabela pensou que ele poderia ter pegado um resfriado ao salvá-la e sentiu-se culpada:- Cuide-se, não fique d
- É você? Tire suas mãos sujas de mim!Isabela ainda estava atordoada quando uma voz de desgosto soou em seus ouvidos, seguida de um empurrão que a fez recuar.Quando ela conseguiu se firmar e olhou para a frente, finalmente percebeu quem era a pessoa que havia esbarrado nela.- Sra. Silva? Você está bem?- Não finja ser boazinha aqui. Se você é mesmo tão boa, então pare de se aproximar do noivo dos outros!Ao ver a expressão de aversão no rosto de Sra. Silva, Isabela franziu o cenho. Ela estava prestes a se explicar quando viu um papel cair no chão.Ela se curvou para pegá-lo:- Sra. Silva, isso é seu?Sra. Silva rapidamente dobrou o papel do exame e, em pânico, virou-se para sair, esquecendo até mesmo da discussão que estava prestes a ter com Isabela.Isabela notou casualmente que o papel continha um diagnóstico de câncer em estágio intermediário.- Sra. Silva.Isabela correu atrás dela e bloqueou o caminho da Sra. Silva:- Acho que precisamos esclarecer as coisas.- Não tenho nada p
Ao recordar Mariana, Isabela franzia a testa.Ela não tinha ideia de qual solução Gabriel encontraria para auxiliar Mariana a se livrar da suspeita.Depois, amargamente sorria e balançava a cabeça.- Deixa pra lá, pra quê pensar nisso? Por que se preocupar consigo mesma?Virou-se e desceu as escadas para apanhar sol lá fora.Contudo, o que Isabela não esperava era que...No dia seguinte, quando saísse para tomar sol, ela daria de cara com a Sra. Silva mais uma vez.Realmente, o mundo era pequeno.Isabela não queria brigar com ela, então decidia fingir que não a via e esperava que a Sra. Silva passasse, antes de continuar seu caminho.Mas quem diria que, antes que pudesse se afastar, repentinamente um homem corria na direção deles, segurando uma faca na mão e gritava:- Ninguém se mexe!Isabela ficou paralisada, permanecendo obedientemente no lugar, sem se atrever a mover-se."O que está acontecendo? Um assalto aconteceu no hospital?"A enfermeira estava prestes a chamar a polícia, mas
A atitude de Isabela assustava as enfermeiras ao lado, que puxavam cuidadosamente sua roupa.- Sra. Marques, não seja impulsiva.Mas Isabela não dava atenção a ela e se aproximava diretamente do homem, com seus olhos expressando uma mistura de fragilidade e determinação.- Senhor, entendo que você só quer salvar sua irmã, certo?Ela olhava para a Sra. Silva e continuava:- Se soltar esta senhora, prometo que ela ajudará a pagar as taxas de internação. Quando o Sr. Cláudio chegar, pode haver uma chance de melhorar a condição de sua irmã. Realmente deseja desperdiçar essa oportunidade?Ao ouvir isso, a Sra. Silva ficava atônita. Vendo Isabela fazer um gesto por ela, ela concordou apressadamente:- Vou ajudar a pagar as taxas de internação da sua irmã e posso conseguir os melhores médicos para tratá-la. Prometo que posso fazer isso.A proposta era realmente tentadora demais. O homem começava a hesitar, afrouxando um pouco o aperto da mão na Sra. Silva.Nesse momento, Isabela puxava a Sra.