- É você? Tire suas mãos sujas de mim!Isabela ainda estava atordoada quando uma voz de desgosto soou em seus ouvidos, seguida de um empurrão que a fez recuar.Quando ela conseguiu se firmar e olhou para a frente, finalmente percebeu quem era a pessoa que havia esbarrado nela.- Sra. Silva? Você está bem?- Não finja ser boazinha aqui. Se você é mesmo tão boa, então pare de se aproximar do noivo dos outros!Ao ver a expressão de aversão no rosto de Sra. Silva, Isabela franziu o cenho. Ela estava prestes a se explicar quando viu um papel cair no chão.Ela se curvou para pegá-lo:- Sra. Silva, isso é seu?Sra. Silva rapidamente dobrou o papel do exame e, em pânico, virou-se para sair, esquecendo até mesmo da discussão que estava prestes a ter com Isabela.Isabela notou casualmente que o papel continha um diagnóstico de câncer em estágio intermediário.- Sra. Silva.Isabela correu atrás dela e bloqueou o caminho da Sra. Silva:- Acho que precisamos esclarecer as coisas.- Não tenho nada p
Ao recordar Mariana, Isabela franzia a testa.Ela não tinha ideia de qual solução Gabriel encontraria para auxiliar Mariana a se livrar da suspeita.Depois, amargamente sorria e balançava a cabeça.- Deixa pra lá, pra quê pensar nisso? Por que se preocupar consigo mesma?Virou-se e desceu as escadas para apanhar sol lá fora.Contudo, o que Isabela não esperava era que...No dia seguinte, quando saísse para tomar sol, ela daria de cara com a Sra. Silva mais uma vez.Realmente, o mundo era pequeno.Isabela não queria brigar com ela, então decidia fingir que não a via e esperava que a Sra. Silva passasse, antes de continuar seu caminho.Mas quem diria que, antes que pudesse se afastar, repentinamente um homem corria na direção deles, segurando uma faca na mão e gritava:- Ninguém se mexe!Isabela ficou paralisada, permanecendo obedientemente no lugar, sem se atrever a mover-se."O que está acontecendo? Um assalto aconteceu no hospital?"A enfermeira estava prestes a chamar a polícia, mas
A atitude de Isabela assustava as enfermeiras ao lado, que puxavam cuidadosamente sua roupa.- Sra. Marques, não seja impulsiva.Mas Isabela não dava atenção a ela e se aproximava diretamente do homem, com seus olhos expressando uma mistura de fragilidade e determinação.- Senhor, entendo que você só quer salvar sua irmã, certo?Ela olhava para a Sra. Silva e continuava:- Se soltar esta senhora, prometo que ela ajudará a pagar as taxas de internação. Quando o Sr. Cláudio chegar, pode haver uma chance de melhorar a condição de sua irmã. Realmente deseja desperdiçar essa oportunidade?Ao ouvir isso, a Sra. Silva ficava atônita. Vendo Isabela fazer um gesto por ela, ela concordou apressadamente:- Vou ajudar a pagar as taxas de internação da sua irmã e posso conseguir os melhores médicos para tratá-la. Prometo que posso fazer isso.A proposta era realmente tentadora demais. O homem começava a hesitar, afrouxando um pouco o aperto da mão na Sra. Silva.Nesse momento, Isabela puxava a Sra.
A facada anterior na verdade não era direcionada a Isabela, mas sim ao próprio homem.Ele carregava um fardo pesado, sem saída por muito tempo. Se alguém pudesse ajudar sua irmã a se curar, ele não hesitaria em transformar o incidente em um grande problema, de modo que não houvesse espaço para voltar atrás.No entanto, o que ele não esperava era que Isabela pudesse enxergar através dele e até planejar usar seu próprio corpo para detê-lo...O homem olhou para Sofia na cama e sentiu um tremor de medo.Se Isabela não tivesse sido salva, as consequências seriam inimagináveis.Isabela virou a cabeça para olhar para ele, sua expressão tranquila: - Senhor, estar vivo é uma oportunidade. Se você morrer, quem cuidará de sua irmã? Quando ela acordar no futuro e não te ver, ela será feliz?Os olhos do homem se contraíram abruptamente, e ele tremia enquanto perguntava com voz trêmula: - Senhorita, como você se chama?- Isabela.- Senhorita Isabela, obrigado. Eu vou retribuir a você.Depois disso
O Cláudio havia acabado de retornar ao país e estava pouco informado sobre os eventos recentes. No entanto, ele percebeu a melancolia na voz e no olhar de Isabela.- Cunhada, na verdade, o Gabi se preocupa com você.Ouvindo isso, Isabela sorriu com amargura:- Cláudio, a forma como ele se preocupa com as pessoas é algo que poucas podem suportar. Prender, humilhar e trair não são formas de preocupação.- Cunhada...Sem esperar que o Cláudio terminasse, Isabela levantou a mão para indicar que ele não precisava continuar:- Aquele homem de agora a pouco, diga à polícia para soltá-lo. Sofia também não foi gravemente ferida, deixe para lá.- Mas...- Ele também está encurralado. - Após falar, ela arrumou o cobertor para Sofia. - Aquele homem estava pensando em se suicidar.Suicídio?O Cláudio ficou surpreso por um momento e depois assentiu:- Tudo bem, vou falar com a polícia.- Obrigada.Vendo Isabela tão distante e fria consigo, o Cláudio se sentiu desconfortável.- Cunhada, eu também sou
Quanto você recorda?Gabriel refletiu seriamente por um momento, relembrando principalmente suas traições, suas friezas, momentos felizes eram raros em sua memória.No entanto, ele nutria sentimentos profundos por Isabela em seu coração.Fosse ódio ou amor.Antes, ele relutava em admitir, mas após essa experiência, ele compreendeu que, na verdade, ainda amava Isabela.Apenas... Não conseguia deixar de lado o rancor.De repente, Gabriel segurou a cabeça com dor, gemendo de aflição.Rodrigo assustou-se e soltou os documentos que tinha nas mãos para correr e amparar Gabriel:- Senhor? O que está acontecendo?- Dor de cabeça! - Gabriel tinha o rosto contorcido, rangendo os dentes. - Chame o Cláudio.- Primeiro, deite-se. Vou chamá-lo imediatamente.A cabeça de Gabriel doía como se estivesse prestes a explodir, como se algo estivesse puxando seus nervos, impedindo-o de lembrar.A dor o fez cair da cama diretamente no chão, abrindo suas feridas e manchando suas roupas de sangue.Quando o Clá
Quando Isabela acordou na manhã seguinte, seus olhos estavam novamente inchados devido às lágrimas derramadas durante a madrugada.Para reduzir o inchaço, ela até mesmo aplicou uma toalha quente sobre seus olhos, conseguindo assim uma melhora leve em sua aparência.Após se arrumar, ela planejava visitar Sofia. Entretanto, ao sair, deparou-se com suplementos nutricionais e uma bolsa térmica à sua porta.Ela trouxe os suplementos para dentro do quarto e abriu a bolsa, encontrando dois recipientes térmicos com um líquido audível ao agitá-los, provavelmente contendo sopa.Não havia bilhete algum, e ela não sabia quem os havia deixado ali.Isabela franziu levemente a testa e pensou sobre as possíveis pessoas responsáveis, mas no fim, teve que atribuir isso a André.Contudo, agora que os itens já estavam ali, por que não a informaram? Isso era realmente estranho.Ela não pensou muito nisso e levou a bolsa consigo ao encontrar Sofia.Sofia estava bem, pois havia sido medicada com um tranquili
Para assegurar que Sofia descansasse devidamente após a refeição, Isabela insistiu que ela tirasse um cochilo. A princípio, Sofia relutou, mas incapaz de resistir, acabou cedendo e se deitou.Enquanto caminhava de volta ao quarto, Isabela passou pelo corredor e, inesperadamente, ouviu a voz da Sra. Silva.- Você sabe que meu tempo é curto. Eu preciso viver o suficiente para vê-la.- Senhora, já se passaram mais de vinte anos de busca. A senhora realmente pretende continuar? É bem provável que nunca a encontre. A Srta. Juliana não é uma opção viável?Contudo, a Sra. Silva balançou a cabeça:- Não, não é a mesma coisa. Se eu não puder vê-la, não poderei partir em paz!- Mas...- Não diga mais nada. Eu tenho que encontrá-la, mesmo que isso signifique procurar por todos os cantos do mundo!Nesse instante, uma voz surgiu atrás de Isabela.- Isabela, o que está fazendo?Assustada pelo som repentino, enquanto estava parada na entrada das escadas, Isabela virou-se e lançou um olhar um tanto te