Isabela olhou hesitante para Sofia, mas viu Sofia colocar a língua para fora e rir:- Isa, não é minha culpa. Eu estava no funeral e depois acordei no avião... Fiquei realmente assustada. Pensei que alguém estava tentando te atingir. Claro que reagi imediatamente.- Você não viu a carta que eu escrevi para você?- Carta? - Sofia fez um biquinho. - Eu vi, mas não queria partir. Além disso, mal voltei e já soube que você estava em apuros. Isa, você realmente me deixou preocupada.Ouvindo isso, Isabela ficou cheia de desculpas:- Desculpe por te preocupar novamente.- Isa, não diga essas coisas. Mas como exatamente eles conseguiram te capturar?Lembrando disso, Isabela olhou para André e apertou os lábios:- André, você me salvou novamente. Se continuar assim, eu realmente nunca vou poder retribuir sua gentileza.A expressão nos olhos de André mudou ligeiramente, ele nem negou e nem confirmou:- Felizmente, você ativou o sinal de socorro, caso contrário, as coisas teriam ficado muito comp
André inclinou-se e segurou a mão de Isabela, colocando-a sobre seu peito:- Isa, eu te juro, não vou enganar ninguém, muito menos você. Se eu te decepcionar...Antes que ele pudesse terminar, Isabela subitamente cobriu sua boca com a mão, balançando a cabeça:- Não precisa jurar, André.André ficou atordoado por um momento, seu coração começou a bater rápido, e o olhar que ele lançou a Isabela ficou ainda mais complexo.Ele reprimiu em seu coração:"Isa, se continuar assim, posso realmente perder o controle."Mas Isabela não conseguia entender o olhar dele. Ela soltou a mão e fungou levemente:- Dedé, confio em você, não precisa jurar.Dedé...Foi a primeira vez que Isabela o chamou tão carinhosamente, fazendo o coração de André tremer violentamente. Ele rapidamente soltou a mão de Isabela e tossiu disfarçadamente.- Confie em mim, está bem? Agora preciso ir.Vendo-o tossir, Isabela pensou que ele poderia ter pegado um resfriado ao salvá-la e sentiu-se culpada:- Cuide-se, não fique d
- É você? Tire suas mãos sujas de mim!Isabela ainda estava atordoada quando uma voz de desgosto soou em seus ouvidos, seguida de um empurrão que a fez recuar.Quando ela conseguiu se firmar e olhou para a frente, finalmente percebeu quem era a pessoa que havia esbarrado nela.- Sra. Silva? Você está bem?- Não finja ser boazinha aqui. Se você é mesmo tão boa, então pare de se aproximar do noivo dos outros!Ao ver a expressão de aversão no rosto de Sra. Silva, Isabela franziu o cenho. Ela estava prestes a se explicar quando viu um papel cair no chão.Ela se curvou para pegá-lo:- Sra. Silva, isso é seu?Sra. Silva rapidamente dobrou o papel do exame e, em pânico, virou-se para sair, esquecendo até mesmo da discussão que estava prestes a ter com Isabela.Isabela notou casualmente que o papel continha um diagnóstico de câncer em estágio intermediário.- Sra. Silva.Isabela correu atrás dela e bloqueou o caminho da Sra. Silva:- Acho que precisamos esclarecer as coisas.- Não tenho nada p
Ao recordar Mariana, Isabela franzia a testa.Ela não tinha ideia de qual solução Gabriel encontraria para auxiliar Mariana a se livrar da suspeita.Depois, amargamente sorria e balançava a cabeça.- Deixa pra lá, pra quê pensar nisso? Por que se preocupar consigo mesma?Virou-se e desceu as escadas para apanhar sol lá fora.Contudo, o que Isabela não esperava era que...No dia seguinte, quando saísse para tomar sol, ela daria de cara com a Sra. Silva mais uma vez.Realmente, o mundo era pequeno.Isabela não queria brigar com ela, então decidia fingir que não a via e esperava que a Sra. Silva passasse, antes de continuar seu caminho.Mas quem diria que, antes que pudesse se afastar, repentinamente um homem corria na direção deles, segurando uma faca na mão e gritava:- Ninguém se mexe!Isabela ficou paralisada, permanecendo obedientemente no lugar, sem se atrever a mover-se."O que está acontecendo? Um assalto aconteceu no hospital?"A enfermeira estava prestes a chamar a polícia, mas
A atitude de Isabela assustava as enfermeiras ao lado, que puxavam cuidadosamente sua roupa.- Sra. Marques, não seja impulsiva.Mas Isabela não dava atenção a ela e se aproximava diretamente do homem, com seus olhos expressando uma mistura de fragilidade e determinação.- Senhor, entendo que você só quer salvar sua irmã, certo?Ela olhava para a Sra. Silva e continuava:- Se soltar esta senhora, prometo que ela ajudará a pagar as taxas de internação. Quando o Sr. Cláudio chegar, pode haver uma chance de melhorar a condição de sua irmã. Realmente deseja desperdiçar essa oportunidade?Ao ouvir isso, a Sra. Silva ficava atônita. Vendo Isabela fazer um gesto por ela, ela concordou apressadamente:- Vou ajudar a pagar as taxas de internação da sua irmã e posso conseguir os melhores médicos para tratá-la. Prometo que posso fazer isso.A proposta era realmente tentadora demais. O homem começava a hesitar, afrouxando um pouco o aperto da mão na Sra. Silva.Nesse momento, Isabela puxava a Sra.
A facada anterior na verdade não era direcionada a Isabela, mas sim ao próprio homem.Ele carregava um fardo pesado, sem saída por muito tempo. Se alguém pudesse ajudar sua irmã a se curar, ele não hesitaria em transformar o incidente em um grande problema, de modo que não houvesse espaço para voltar atrás.No entanto, o que ele não esperava era que Isabela pudesse enxergar através dele e até planejar usar seu próprio corpo para detê-lo...O homem olhou para Sofia na cama e sentiu um tremor de medo.Se Isabela não tivesse sido salva, as consequências seriam inimagináveis.Isabela virou a cabeça para olhar para ele, sua expressão tranquila: - Senhor, estar vivo é uma oportunidade. Se você morrer, quem cuidará de sua irmã? Quando ela acordar no futuro e não te ver, ela será feliz?Os olhos do homem se contraíram abruptamente, e ele tremia enquanto perguntava com voz trêmula: - Senhorita, como você se chama?- Isabela.- Senhorita Isabela, obrigado. Eu vou retribuir a você.Depois disso
O Cláudio havia acabado de retornar ao país e estava pouco informado sobre os eventos recentes. No entanto, ele percebeu a melancolia na voz e no olhar de Isabela.- Cunhada, na verdade, o Gabi se preocupa com você.Ouvindo isso, Isabela sorriu com amargura:- Cláudio, a forma como ele se preocupa com as pessoas é algo que poucas podem suportar. Prender, humilhar e trair não são formas de preocupação.- Cunhada...Sem esperar que o Cláudio terminasse, Isabela levantou a mão para indicar que ele não precisava continuar:- Aquele homem de agora a pouco, diga à polícia para soltá-lo. Sofia também não foi gravemente ferida, deixe para lá.- Mas...- Ele também está encurralado. - Após falar, ela arrumou o cobertor para Sofia. - Aquele homem estava pensando em se suicidar.Suicídio?O Cláudio ficou surpreso por um momento e depois assentiu:- Tudo bem, vou falar com a polícia.- Obrigada.Vendo Isabela tão distante e fria consigo, o Cláudio se sentiu desconfortável.- Cunhada, eu também sou
Quanto você recorda?Gabriel refletiu seriamente por um momento, relembrando principalmente suas traições, suas friezas, momentos felizes eram raros em sua memória.No entanto, ele nutria sentimentos profundos por Isabela em seu coração.Fosse ódio ou amor.Antes, ele relutava em admitir, mas após essa experiência, ele compreendeu que, na verdade, ainda amava Isabela.Apenas... Não conseguia deixar de lado o rancor.De repente, Gabriel segurou a cabeça com dor, gemendo de aflição.Rodrigo assustou-se e soltou os documentos que tinha nas mãos para correr e amparar Gabriel:- Senhor? O que está acontecendo?- Dor de cabeça! - Gabriel tinha o rosto contorcido, rangendo os dentes. - Chame o Cláudio.- Primeiro, deite-se. Vou chamá-lo imediatamente.A cabeça de Gabriel doía como se estivesse prestes a explodir, como se algo estivesse puxando seus nervos, impedindo-o de lembrar.A dor o fez cair da cama diretamente no chão, abrindo suas feridas e manchando suas roupas de sangue.Quando o Clá